Uma resposta bem dada
Extracto do artigo, intitulado «Uma falsa questão» de Luísa Tiago de Oliveira no Público de hoje em resposta ao artigo (título acima) de Duncan Simpson no Público de 14,2.2o21 :
«Ao querer chamar bombasticamente a atenção do leitor através de um absurdo lógico (como se alguma vez um povo pudesse ser todo ele cúmplice de uma polícia política), o autor poderia apenas estar a arranjar um título apelativo.
«Ao querer chamar bombasticamente a atenção do leitor através de um absurdo lógico (como se alguma vez um povo pudesse ser todo ele cúmplice de uma polícia política), o autor poderia apenas estar a arranjar um título apelativo.
No entanto, a dicotomia “vítimas” e “cúmplices” é reforçada quando se opõe a minoria de opositores ao vasto “resto da população”, o que resulta em sugerir que uma grande maioria de portugueses aderiu e até manipulava a PIDE. As “vítimas” seriam os poucos que se teriam oposto ao Estado Novo; os “cúmplices” a grande maioria da população: esta é a visão de Duncan Simpson. Trata-se, no mínimo, de uma visão cor-de-rosa do Estado Novo.»
A totalidade do artigo está disponível na página do Facebook de Luísa Tiago de Oliveira. Por mim, só quero acrescentar acessoriamente que Duncan Simpson atribui relevante importância às 526 cartas que encontrou de cidadãos a fazer denúncias à PIDE cabendo-me a mim lembrar que muitos mais foram os democratas signatários de abaixos-assinados contra a ditadura, imensamente mais os 50 mil portugueses que assinaram as chamadas «listas do MUD» ou a centena de milhar que acolheu Humberto Delgado no Porto. E permito-rematar ainda que à pergunta de Dincan Simpson os portugueses responderam «Vítimas !» n0 1º de Maio de 1974 por todo o país.
Os neoliberais e novos fascistas (dentro da comunicação social), querem fazer prevalecer a opinião que o regime de Salazar não era tão mau assim. Querem branquear a história e fazer de Salazar um santo, tal como na opinião do historiador José Hermano Saraivo e do escritor Fernando DaCosta. Querem novamente calar as vozes daqueles que lutaram e fizeram o 25 de Abril.
ResponderEliminarNão podemos deixar que isto aconteça.