20 fevereiro 2020

Eu sei que não é o assunto do dia

A longa vida de uma
 história da carochinha

No «Público» de hoje, na entrevista a Isabel Camarinha, há uma pergunta-afirmação assim :


Deixando de lado a propensão radical dos entrevistadores para o «deitar abaixo o governo» e pedindo desculpa pela velhice deste assunto, só cabe lembrar que o PCP votou a sua proposta, votou a proposta do Bloco e até teria votado a proposta do PSD se ela não tivesse sido retirada. 
Queiram oa estimados perguntadores explicar o que mais podia o PCP ter feito.

P.S: Isabel Camarinha não respondeu directamente a esta afirmação dos jornalistas. E, quanto a mim, fez bem. Aliás, em minha opinião, em entrevistas que dê na qualidade de secretária-geral da CGTP não deve responder a perguntas que pedem uma resposta de militante do PCP.

18 comentários:

  1. Já agora, sobre o assunto do dia - a descriminalização da eutanásia - como interpretar o teu silêncio ensurdecedor ?
    Acho que deves uma explicação política e cívica a todos os teus leitores.

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  2. É fácil de interpretar : pertenço ao numeroso número de portugueses que em boa verdade não conseguem ter opinião sobre o assunto, se sentem divididos e até nem gostam de pensar no assunto. Dito isto, tenho porém de acrescentar que a intervenção hoje na AR do António Filipe foi de uma grande elevação-

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    1. Acha que a intervenção do António Filipe foi de uma grande elevação ? Pois eu acho exactamente o contrario.

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    2. Sim, de grande elevação!
      Quando disse que «a morte é uma inevitabilidade; não um direito fundamental».
      Acertou em cheio na frase e arrasou por completo a vossa estúpida mania de atacarem o PCP sobre esta questão.

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  3. Está explicado e, obviamente, só tenho de respeitar as tuas razões.
    Mas, aproveitando estar aqui, não quero deixar de sublinhar a tua posição pública sobre a morte do Pina Moura, que subscrevo.

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    1. As minhas desculpas, Sr. Fernando Oliveira, mas tal como em tempos idos, vimos os perseguidores dos comunistas (PIDE, Salazaristas...); hoje vemos os perseguidores dos comunistas por estes não seguirem a agenda política do Bloco de Esquerda, do PAN e do PS.
      Não deixo de sentir uma grande desilusão quando o vejo a perseguir ou a pressionar (de forma até «pidesca» nas palavras) um camarada e um amigo, como é o Vítor Dias.

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    2. Embora um cobarde anónimo não deva merecer resposta, não posso resistir a dizer-lhe duas ou três coisas :
      1º - Sou comunista desde 1971, quando tinha 19 anos, filho de um comunista preso e torturado por
      duas vezes, neto de um pedreiro que trabalhava em Lisboa e que aderiu ao Partido logo após a sua fundação.
      2º - Como marxista convicto, fiel às 3 leis do materialismo dialéctico funcionário do Partido durante os 11 mais pujantes anos da minha vida. Dei tudo de mim à luta e só com essa experiência me tornei no homem que me orgulho ser. Só abandonei o Partido no final de 1991 por razões que expliquei por escrito. Assim rechaço com toda a firmeza a visão sectária e estúpida de reduzir o debate política a agendas políticas ou a concorrências de identidades, seja de quem for.
      3º - Só um provocador não identificado pode ter o desplante de considerar que vejo no Vítor Dias algo que não seja um camarada e amigo, só porque exerço a liberdade que ajudei a conquistar para dele poder discordar, e não perseguir, mas dando o nome. Sobre o epíteto de "pidesco" só me apetece escarrar.

      Saia do anonimato cobarde, dê o nome, venha ao debate comigo, cara a cara, olhos nos olhos, onde quiser, como é ou devia ser atributo de um indivíduo que se pretende afirmar de COMUNISTA.

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    3. Posso ser anónimo, mas não sou cobarde nas palavras.
      Estas são lançadas a si, por abuso e porque repete tudo aquilo que os inimigos do PCP dizem todos os dias (ou na televisão ou nas páginas dos jornais).
      Por outro lado, estou com aqueles que ficaram no partido desde 1921, até 1974, passando por 1991, esse ano que o senhor e muitos outros oportunistas saíram, para aderir ao capitalismo do PS, como foi o caso de Pina Moura, um «vira-casacas», nessa altura, elogiado pelo presidente da Associação dos Empresários Portugueses (este até disse que Pina Moura já havia passado pelo inferno, vivendo no purgatório, como ministro do PS).
      Infelizmente, não creio que o Fernando Oliveira seja marxista. Para mim, é um idiota. Só um «idiota convicto» é que abandona um maravilhoso colectivo humano (como é o caso do PCP) para seguir outro rumo (ainda por cima naquelas circunstâncias tão cheias de equívoco e traição, como foi o caso de 1991).
      Sobre a sua saída pergunto: Que tem a dizer daqueles que ficaram e continuaram a lutar?
      Sobre oportunistas e traidores, para mim, é sempre bom voltar a ouvir «O Fado do Operário Leal» com letra de José Carlos Ary dos Santos. Por isso, até pergunto o que levou o Fernando Oliveira a trair essa lealdade a um colectivo de amigos, dedicados à defesa dos trabalhadores e do trabalho com direitos? Alguma vez, o PCP traiu os trabalhadores? Infelizmente, o Fernando Oliveira traiu o partido.
      Para mim, pode continuar a mandar as referências que achar oportunas, porque as provas de idiotia e estupidez concretas já estão expressas nos três comentários que deixou aqui estampados na caixa de comentários deste «post» do Vítor.
      Mantenho o epíteto de «pidesco» às suas palavras persecutórias em relação a este «blog» e isto porque não aceito que os comunistas de hoje sejam vistos como fascistas e conservadores.

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  4. Com "brutates não labutates", dizia o meu avô e tinha razão.
    Não vou gastar mais escova, sabão e água com alguém que não passa de um crente fanático, metafísico, alérgico e medroso quando desafiado para um debate cara a cara, olhos nos olhos.
    Alguém desqualificado que, à falta de argumentos, só lhe resta recorrer aos insultos mais soezes e a processos de intenções.
    Não vou descer a nível da fossa séptica. Nunca.
    Nem vou conspurcar "esta casa" do Vítor Dias, que nunca persegui, nem ofendi.
    Limitei-me, a espaços muito largos, a manifestar uma ou outra opinião e, sobretudo, a apelar "ao tocar a reunir dos comunistas".
    Porque achava e acho que todos somos poucos para continuar uma luta sem tréguas pelo socialismo, passadas as experiências dolorosas de ver um trágico colapso perante a passividade total de milhões de trabalhadores que deviam dar a vida por uma sociedade que, supostamente, sentiriam como sua.
    A partir de agora, só cara a cara, sem anonimatos cobardes.
    Ponto final.

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    1. Aqui estou novamente para responder às tonturas, nervos, implicações e demasiada agressividade (sem ser construtivo) do dito Fernando Oliveira.
      Na verdade, sinto que fez bem em sair do partido em 1991.
      Uma cabeça como a sua não vale o intenso esforço que se faz na construção de um colectivo.
      Pode continuar a barafustar e até a «zurrar» toda a sua dialéctica que, no fundo, só deu para desistir de uma causa.
      Diz que se limitou «ao toque a reunir dos comunistas». No entanto, o que vi e testemunhei aqui foi a mais simples das provocações.
      Na verdade, quem vai entender a cabeça de um «desistente»? Quem vai entender a forma de pensamento de alguém que desistiu de uma causa e quer que o PCP seja feito à sua maneira?
      É a natureza de alguém que adere a uma «terceira via»; de um oportunista e também de um homem derrotado.
      Aqueles que se mantêm no PCP continuam a lutar e a sonhar numa outra sociedade e não precisam de gente como o Fernando Oliveira para nada.

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  5. Caro camarada Vítor Dias,

    Apenas pretendo fazer-te uma pergunta : Alguma vez entendestes os meus raros escritos aqui no teu blog, dando meras opiniões pessoais ou fazendo apelos à reunificação dos comunistas, como persecutórios, como provocatórios e assumindo formas ou linguagens "pidescas" ?
    Porque afinal, alguém aparece como teu advogado de defesa contra um traidor anticomunista.
    E como entendo que te sabes defender de tão abjectas e condenáveis acções, como estás no centro desta lamentável troca de comentários, ninguém melhor do que tu para confirmar ou desmentir se te sentiste acossado nos termos em que o dito anónimo se refere.
    Espero, sinceramente, que sejas frontal e que, se necessário, republiques todos os comentários que aqui fiz até hoje.

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  6. Face à significativa e premeditada ausência de resposta às perguntas que fiz, não será legítimo presumir (diferente de afirmar categoricamente) que estive a trocar mensagens com Vítor Dias e o seu conveniente heterónimo ANÓNIMO ?

    Sendo verdadeiro ou falso, fica com a consciência e o carácter de alguém. Porque há um praticante.

    Mas de uma coisa "podem" estar certos : não sou um inimigo e muito menos um traidor. A minha vida sempre respondeu e responde a essa calúnia ignóbil que só emporcalha o seu miserável autor, seja ele que for.

    Traidores, objectivamente traidores, procurem-nos até nos actuais organismos executivos do Comité Central. Vão aos arquivos, vasculhem e lá encontrarão apontamentos sobre as suas condutas indignas de comunistas, um deles até numa situação revolucionária onde a coragem ou a falta dela só podia ser prova de têmpera.

    Continuem no vosso casulo, fechados, imunes à vida e à história, contemplando o umbigo untado.

    Este comentário pode não ser publicado aqui. Mas está copiado, tal como toda a sequência do "vosso" discurso odiento.

    Se a censura ditar a sua lei, tudo verá a luz do dia no momento oportuno, quando os auto-convencidos guardiões do templo virarem a casaca com o maior desplante.

    Porque a história não anda para trás.

    E a história do Partido está cheia de supostos "traidores e provocadores", com nomes publicados no Avante clandestino e que vieram a ser reabilitados, alguns já depois de morrer, mas sem que houvesse uma palavra honrada de desagravo nas páginas do mesmo jornal onde se viram dolorosamente "mortos e enxovalhados"

    A História real do Partido está por fazer e no dia em que for feita, porque isso vai ter de acontecer, vão aparecer muitas surpresas boas - de coragem, de dedicação, de heroísmo de muitos camaradas quase anónimos - como outras, más, que revelarão coisas inconcebíveis e condenáveis, até por terem sido escondidas, omitidas e conscientemente deturpadas e/ou manipuladas.

    Desconfiem dessa patética e trágica teoria de que foram saído os piores, a ganga, as "folhas secas" e que os que ficaram são os bons, os puro sangue, os revolucionários dignos de figurar em catálogos.

    Interroguem-se perante a objectiva realidade de um caminho cujo lema foi e continua a ser o célebre "de derrota em derrota até à vitória final".

    Interroguem-se sobre as razões que levaram a que o Partido tenha caído de um máximo de 23% de votos dos Portugueses para os actuais e "honrosos 6%", na iminência de poderem ser ultrapassados pelo actual partido fascista.

    Se a táctica da luta antifascista e a política de alianças tivesse sido a que há muitos anos prevalece no PCP, ainda hoje tínhamos a ANP no poder, liderada por um qualquer filho ou neto, de apelido igual aos velhos serventuários de Salazar e Caetano.

    Vítor Dias sabe que no III Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro, apesar da liderança de democratas consequente e corajosos como Tengarrinha e Lino Lima, entre outros, a unidade antifascista conseguiu ir até Barrilaro Ruas, monárquico integralista.

    Acorda Vítor Dias, dá um safanão nesse heterónimo ANÓNIMO.

    Desce da tua torre de marfim, vai ouvir os trabalhadores portugueses, na rua, nos mercados, no centro de saúde, no hospital, no supermercado, nas manifs, em todo o lado.

    Desce ao mundo real, deixa as tuas abstrações. Deixa de viver em circuito fechado.

    Deixem de se ver como os iluminados que contemplam UMA COUTADA DE PARVOS, de imbecis e outros mimos.

    Porque só ridicularizam.

    O marxismo não é dogma, não é religião.
    É dúvida, é procura constante, é anti-dogma, é a teoria e a cola dos revolucionários.

    Como já escrevi uma vez, dolorosamente me despeço de quem não tem coragem para o debate ideológico sério e se limita a mandar uns bitaites, a ser um oficioso.

    Eu continuarei comunista e íntegro, como bem sabem e expressamente o vão reconhecendo (quando me encontram) muitas centenas de comunistas e outros democratas da minha região e da minha terra.

    Nunca virei nem virarei o bico ao prego.

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    1. Não lhe admito a insolencia que cometeu ao atrinuir-me a autoria dos comentários do «anónimo». Conhece-me mal para se atrever a tal javardice. Eu sou muito liberal na publicação de comentários mas, pura e simplesmente, resolvi não me intrometer nem fazer juizos sobre uma polémica que não provoquei e a que sou em absoluto estranho. Passar bem.

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  7. Diz o Povo e bem :

    "Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele..."

    Mas o certo é que o conveniente ANÓNIMO se ficou nas covas.
    Mas se voltar a investir, nada mais terá que desprezo.
    E a propósito de javardice, não dou pérolas a recos...

    De resto, a vida continuará a ser o real aferidor da coerência entre as palavras e os actos, Não será a pretensa sobranceria dos que, da sua torre de marfim, se julgam iluminados ou predestinados. Nunca !

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    1. Aqui estou, o Anónimo que investiu na sua casaca virada nos idos de 1991, juntamente com Judas e outros aventureiros e oportunistas.
      Antes que continue com essa sua «lengalenga» ou «choradinho» de que «sou um grande comunista» e aqueles que ainda lutam no interior do partido não são, perceba que os provocadores e oportunistas como o Fernando Oliveira ralham mais alto e são sempre os primeiros a apontar as críticas.

      Escreveu muito e conspurcou mais. Faço ideia aquilo que aconteceu em 1991 para fugir do partido e se aliar às causas daqueles que o traíram. O que diz daqueles que ficaram? Vai dizer que foram ingénuos e que o seu trabalho, a partir dessa data, foi desperdiçado? Ou vai dizer que o seu exemplo foi o mais sensato e, por ventura, o mais nobre?

      O seu papel na história é o da capitulação de classe e como diz um velho ditado nosso, «dos fracos não reza a história».

      Confesso que já li muita insolência junta, mas a do Fernando Oliveira é própria de um «ressabiado» que se julga gigante por dentro, mas que na verdade é um anão, comparado com aqueles que ainda estão e lutam no PCP.

      Perdeu muito tempo em escrever o seu auto ou «confissão». Só demonstrou com isso um pesar de consciência que nada se revela construtivo à sua integridade moral.

      Não vou mais longe, porque não quero desperdiçar mais palavras com gente que desiste de verdadeiras causas.

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    2. Resposta ?
      Querias...
      Desprezo total !!!
      Todas as minhas forças serão dedicadas ao combate à direita, incluindo a travestida.
      Mai nada !

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  8. Muito se esforçou o Fernando Oliveira neste debate.
    Agora, está na hora de descalçar as luvas de boxe e aguentar os ganchos dados pelo anónimo «Estrela Vermelha».

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  9. AhAhAhAhAh !!!
    As brigadas da reacção italiana, para parecerem o que não eram, também se designavam "Brigadas Vermelhas". Só não sei se se assumiam como "boxeurs"...
    A hipocrisia e desfaçatez de um cobarde provocador que, desafiado para o debate cara a cara, olhos nos olhos, se escondeu sempre atrás do anonimato ou do conveniente heterónimo.
    E, em abono da verdade, nada argumentou, nada foi capaz de contestar com objectividade.
    Apenas mijou chavões que decorou, vinagre, ódio e calúnias.
    E é o último balde de palha que te dou. Acabou-se !
    Podes rascunhar o que quiseres, podes continuar a zurrar.
    Não terá mais nenhuma resposta, apenas o desprezo que merecem os convencidos patetas que teimam em soletrar "verdades" desmentidas pela vida e por trágicas derrotas para os trabalhadores de todo o Mundo.
    Vai-te catar !!!
    Refocila-te na pocilga mais próxima !
    ACABOU !!!

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