Aprendizes
com farda e à civil ?
com farda e à civil ?
Peço desculpa pelo atrevimento mas o antigo e fracassado estudante de direito que sou, lendo este título tem as maiores dúvidas de que um despacho de acusação tenha de incluir considerações que são obviamente políticas.
Esta observação não é em nada contraditória com o facto de reconhecer que naturalmente o Exército e o governo tinham todo o interesse em que as armas roubadas fossem recuperadas.
Mas, se assim era, o que já me parece espantoso é que alguém tenha pensado que a simples recuperação das armas matava o caso «assalto aos paióis de Tancos». Ou seja, que achadas as armas ninguém perguntaria como tinham sido achadas, quem afinal as tinha roubado e onde estavam e o que tinha acontecido aos ladrões.
Peço desculpa outra vez mas não consigo fugir à sensação de haver na conduta de diversos intervenientes uma infantilidade e uma ligeireza de bradar aos céus que o famoso «espírito de corpo» e «sentidos de honra» do Exército (que naturalmente teria contagiado o Ministro da Defesa) não me parece bastarem para justificar. Siga a dança.
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