06 junho 2019

Uma certa cassete qinquenal

Honre-se a memória
e o sacrifício dos que
combateram na Normandia
 mas não se reescreva a história


Público, hoje

DN, há cinco anos



«É certo que naquela data sete milhões de soldados soviéticos já tinham morrido e que só na decisiva batalha de Kursk ( que, com a de Stalinegrado, é que mudou o curso da guerra) o Exército Vermelho perdeu 178 mil homens enquanto o desembarque na Normandia custou 30 mil vidas às forças aliadas ocidentais. Mas isso não pode apagar a  homenagem devida à coragem e heroismo dos que desembarcaram nas praias na Normandia em 6 de Junho de 1944 numa operação militar de extraordinária complexidade. E, por um momento, guardemos um particular respeito por aqueles que embarcaram para o combate depois de ouvirem um seu comandante lhes dizer na parada, em «táctica de choque» como relata Anthony Beevor na página 49 de«El Día D - La Batalla de Normandía»: «Olhem à vossa direita e à vossa esquerda.  Só um de vós continuará vivo depois da primeira semana na Normandia». Ocasião também para lembrar  os 2o mil civis franceses vítimas dos bombardeamentos aliados (é o lado feio  de todas as epopeias) e para não deixar que fique na sombra a útil e sacrificada contribuição (que não pode ser medida em termos estritamente operacionais) que a Resistência francesa deu para o êxito desta operação, com destaque naquela região para os FTP (Franc-Tireurs Partisans). »

- otempodascerejas, 6.6.2014

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