01 junho 2018

Quando certos enervamentos assassinam a história

José Pacheco Pereira errou
e está atrasado 34 anos !

Ontem, na «Quadratura do Círculo», por duas vezes, na ânsia de provar o alegado  e antigo «conservadorismo»  do  PCP, José Pacheco Pereira disse qualquer coisa como que «o PCP tinha chegado atrasado à questão do aborto».

Ora, neste particular, JPP está imperdoavelmente desmemoriado.  Com efeito, mesmo deixando de lado a tese de licenciatura de Álvaro Cunhal (1940 !), a verdade é que o PCP foi o primeiro partido a levar a votos na AR  em 1984 um projecto de lei de despenalização da interrupção voluntária da gravidez e participou empenhadamente nas campanhas dos dois referendos posteriores.

Assim não vale. Espero rectificação na próxima «Quadratura» !


6 comentários:

  1. Não vai rectificar, porque José Pacheco Pereira além de anti-comunista, é um oportunista, amigo do partido dos capitalistas deste país (PSD), como também seu assinante e tribuno. Para quem o já conhece dos tempos das eleições autárquicas em Aveiro (e da enorme tentativa de auto-promoção pessoal com os livros mentirosos sobre a vida de Álvaro Cunhal, lidos e muito apreciados pelos seus amigos do PSD), José Pacheco Pereira não é mais que um «Pavão de Monco Caído».

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  2. Verdade. Mas também, a meu ver, isso torna agora mais estranha a posição sobre a morte assistida.

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    1. Caro João, estás equivocado : a eutanásia não tem nada a ver com a IVG. Além do mais, porque os defensores da despenalização jamais aceitaram que até às 10/12 semanas já houvesse um SER vivo.

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  3. Ou me engano muito, ou Cunhal fartou-se de dar voltas no túmulo pelo voto do PCP sobre e eutanásia!...

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    1. O Anónimo do dia 1 de junho (das 19:37) é mais um que não leu o documento do PCP sobre este tema; provavelmente também se enquadra no exagero estúpido provocado pelo apresentador de televisão, Malato, e as suas mensagens ridículas e de teor imbecil publicadas na «Facebook». Haja paciência e senso comum. O português, em muitos dos casos, não é fácil, mas a luta continua.
      MB

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  4. Julgo que a posição tomada pelo PCP é a posição de todos aqueles que acreditam no bom senso e na razão. Como disseram e bem, «a legalização da eutanásia não pode ser apresentada como matéria de opção ou reserva individual». Verifico que neste debate, foram muitos aqueles que não leram os documentos apresentados pelos partidos políticos na AR. Infelizmente, verifiquei que perante uma tomada de decisão do PCP perante um tema complexo, houve intolerância, desrespeito e censura de partidos e independentes que se dizem de «esquerda» e democratas. No entanto, já não vejo essas mesmas pessoas defenderem as posições políticas do PCP, sempre que este defende os trabalhadores.
    Miguel

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