Imodéstia à parte, nem precisava de ler o artigo de Paulo Rangel hoje no Público para saber que argumento fundamental iria usar para tentar justificar um tão escabroso título: nem mais menos que os EUA são uma República Federal, daí o Colégio Eleitoral e, no fundo, uma espécie de eleição indirecta Presidente. Mas tem azar Paulo Rangel: é que, por exemplo, o Brasil também é um República federal e não consta que lá alguma vez o segundo mais votado tenha sido eleito Presidente. Bem no fundo, Paulo Rangel, tal como outros, refugia-se num formalismo seco onde a vontade real e maioritária dos votantes é um pormenor a esquecer depressa, onde o principio fundador de um homem - um voto é esmagado por obsoletas e velhas regras com 186 anos e através do qual aqueles que atiram para o lixo dois milhões de votos são capazes depois de perorar candidamente sobre o desencanto dos cidadãos com a política.
Em Portugal eleitoralmente NÃO temos um eleitor, um voto. Escreva lá uma criticazinha sff.
ResponderEliminarDesculpe a minha insistência, com o video de Jimmy Dore:
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=4nvIxs3HoCo
Paulo Rangel ainda não percebeu que o sistema de colégios eleitorais foi feito por proprietários de escravos, no tempo da escravatura.
Para o totó das 19:13
ResponderEliminarO VD fala do princípio fundador um homem um voto, no qual se baseiam os principais sistemas eleitorais. Desde Keneth Arrow que se sabe que não pode haver sistemas eleitorais perfeitos, sendo a transformação de votos em mandatos um problema complicado, podendo dar origem a mais ou menos distorções. Agora, seja qual for o sistema eleitoral, se ele permitir que o candidato vencedor seja o menos votado, então nem o princípio fundador se salva.
Claro que é sempre preferível ser engraçadinho e mandar umas bocas.
Este comentário foi conseguido através do site: https://terisrandomthoughts.wordpress.com/
ResponderEliminarMais concretamente de um comentário do autor deste site a um blogue com o nome «Willy Loman Wordpress».
Diz o seguinte:
«I have read in the Federal Register page about the Electoral College that the deadline for any recounted tallies is 13 Dec, so that the results can go to the Electoral College before they officially vote a few days later. Further, I have read that if a state has agreed to a recount, but the recount is not completed in time, that state’s EC vote is nullified (i.e., that state would get zero EC votes; those EC votes go to neither Clinton nor Trump).
If all 3 of the states that Stein is asking to be recounted agree to do a recount, and they can’t complete it by Dec 13, Trump would no longer have the majority of EC votes (because those 3 states’ EC votes would be taken from his total) and the decision of who is president and who is vice president would go to the House and Senate.
Maybe that’s the whole reason for pushing for a recount – running out the clock, and hoping that a recount just doesn’t happen in time. Totally throw the election results over to Congress, who don’t even have to elect someone who was running for the presidency in the first place.
Anyway, doesn’t one of these states have no paper ballots at all and votes are done entirely on paperless machines? How do you do a “recount” – just ask the voting machines to cough up their results again? That’s not verifying anything.
Stein talks about wanting a fair accounting, blah, blah, blah, but she’s the one screwing around with the system and using it in a blatantly partisan way. (I voted for her. I’m disgusted with her now. Just another political hack, after all.)
I’d note that anyone could mess with the elections this way, but it does take money, and I’d guess the reason it isn’t done on a regular basis is that the intent might be a tad obvious. In 2000, when a recount was demanded in Fla., we don’t know what the results might have been because the recount was arbitrarily and improperly stopped by the Supreme Court. But I’ve wondered if the original intent wasn’t to nullify Fla’s EC vote.»
Ou seja, se os 3 estados forem retirados da contagem, Hillary será presidente no dia 20 de Janeiro de 2017.