me submeto, faço frente à vaga
Como era de esperar, vai forte e alterosa a vaga de paleio desproporcionado e absurdamente generalizador sobre o «novo fenómeno» dos ditos «independentes». Um jornal escreve mesmo que se tornaram uma «potência» (potência? Ou salada russa que vai desde o herdeiro de Isaltino a pessoas de esquerda que concorreram em lista própria em Coimbra, sem aliás afectar o crescimento aí da CDU ?) e em quase tudo o que se escreve a este respeito há um endeusamento acrítico da vontade dps eleitores em certos munícipios, no esquecimento da boa regra de que os eleitores têm sempre as suas razões mas não têm sempre razão. Para já não falar de que o que antes era crismado de casos de caciquismo e populismo aparece agora largamente santificado...
E, neste quadro de pensamento-espumante, não faltam mesmo agora reputados politólogos que vêm fazer a defesa da possibilidade legal de candidaturas de ditos «independentes» à Assembleia da República, esquecidos de que, se assim fosse, na esquina a seguir, estariam eles mesmos a chorar sobre a «balcanização» do Parlamento e a correspondente instabilidade política e governativa e a execrar a vergonhosa reabilitação póstuma do danielcampelismo.
E, dito isto, saibam os leitores que seis meses depois ainda continuo à espera que, sobre este tema, alguém me responda a isto (escrito a seguir a isto):
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