(1943-2012)
O Medo
Ninguém me roubará algumas coisas,
nem acerca de elas saberei transigir;
um pequeno morto morre eternamente
em qualquer sítio de tudo isto.
É a sua morte que eu vivo eternamente
quem quer que eu seja e ele seja.
As minhas palavras voltam eternamente a essa morte
como, imóvel, ao coração de um fruto.
Serei capaz
de não ter medo de nada,
nem de algumas palavras juntas?
in "Nenhum Sítio"
Ninguém me roubará algumas coisas,
nem acerca de elas saberei transigir;
um pequeno morto morre eternamente
em qualquer sítio de tudo isto.
É a sua morte que eu vivo eternamente
quem quer que eu seja e ele seja.
As minhas palavras voltam eternamente a essa morte
como, imóvel, ao coração de um fruto.
Serei capaz
de não ter medo de nada,
nem de algumas palavras juntas?
in "Nenhum Sítio"
Grande choque!!!!!! Sabia-o doente, mas não tanto.
ResponderEliminarUm beijo triste!!!! Outro HOMEM que se perde
Não tinha percebido os motivos da suspensão da sua coluna na última página do JN.
ResponderEliminarÉ, sem dúvida, uma triste notícia e uma enorme perda para a cultura.