12 outubro 2016

Cego pelo preconceito

As vistas curtas e ouvidos
tapados de um director de jornal


Não tem mistério que, em termos gerais, seja sempre mais impressivo o «homem que mordeu o cão» do que «o cão que mordeu o homem». Entretanto, pensava eu que o exercício da profissão de jornalista e, por maioria de razão, de director de jornal obrigassem a um esforço de distanciamento, equilíbrio e isenção nas descrições que se escrevem. Mas não. Para David Dinis, não houve as dezenas de declarações de profissionais do táxi firmes mas serenas que eu vi, não houve os argumentos estruturados que  que representantes do sector apresentaram no «Prós e Contras», em sequer houve a indignação genuína que os manifestantes  exibiam e que, mesmo discordando deles, deviam merecer algum respeito.Nada, zero, nicles. Apesar disso, não vou passar a dizer que todos os jornalistas portugueses são do calibre de David Dinis.

11 outubro 2016

Influência sobre os resultados ?

 Viva o reino das aplicações!

Consequência de já não ver o «Prós e Contras» há muito tempo, só ontem descobri que, para conhecer a opinião dos telespectadores, o programa já não recorre às chamadas telefónicas, antes os remetendo para um site onde devem fazer o download de uma aplicação que depois lhes permite votar. Coisa prática e muito acessível para a maioria da população, não é ?



09 outubro 2016

Novo critério de Estado

Sr. Ministro: se agora é
«à vontade do freguês» ...


 ... lembre-se que milhões de clientes desejariam só pagar a electricidade que realmente consomem e não a carrada de taxas que lhe aparecem nas facturas.

Para o seu domingo, via «Babelia»

Lembrando os
Epic Soundtracks

 
(Paul Godfrey)



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07 outubro 2016

A última intoxicação em curso

Como elas se fazem

Público


Uma coisa, perfeitamente legítima é ter dúvidas ou reservas em relação à medida adoptada pelo governo, outra é chamar-lhe «perdão fiscal». De facto, desde quando é que cobrar a integralidade da dívida mas permitindo o seu pagamento em prestações com isenção de custas e juros (como fez o governo PSD-CDS em 2013) é um perdão fiscal ?

05 outubro 2016

01 outubro 2016

Porque hoje é sábado ( )

Dave Liebman

A sugestão musical deste sábado vai para
o saxofonista e compositor norte-americano
Dave Liebman.


.

Só para quem tiver paciência de ler

Como é difícil formar
um sindicato nos EUA


A charter school is a U.S. and Canadian term for a school that receives government funding but operates independently of the established public school system in which it is located
Ler aqui

25 setembro 2016

Fim de domingo com

Shirley Collins



"Shirley Collins – la legendaria cantante de folk, y una de las compositoras más respetadas de Inglaterra – acaba de anunciar su retorno después de 35 años: el 4 de noviembre verá la luz su nuevo disco, Lodestar.

“Death and the Lady" es la segunda canción de este nuevo trabajo, una canción que la propia Shirley explica: “Es una canción muy antigua, de otra época, que me recuerda a una escena maravillosa de “El séptimo sello” - película de Ingmar Bergman – en la que un caballero juega una partida de ajedrez con la muerte; en una batalla que, por supuesto, no puede ganar…”. El vídeo está dirigido por Nick Abrahams." (El País)


Em "The Nation"

Recordando o assassinato
de Orlando Letelier


24 setembro 2016

Porque hoje é sábado ( )

Bob Weir

A sugestão musical deste sábado vai para
o cantor norte-americano Bob Weir que,
após 10 anos, lança agora o novo
álbum Blue Mountain.



Esquecimentos

Pena que não se tenha
arranjado um espacinho
para as excepções



Tal como já se tinha lido em tudo o que é órgão de informação, o Público também pega hoje num estudo internacional sobre o financiamento dos partidos e assinala que «Indo directamente aos dados para comprovar o que diz, Marina Costa Lobo salienta que, no que toca ao financiamento, em Portugal os partidos dependem em 74,17% do financiamento público».

Acontece que a investigadora portuguesa, que não pode deixar de o saber, não se lembrou de acrescentar que não é o caso do PCP em cujas contas o financiamento público público só pesa entre 11 a 13%. 

Na massa do sangue





A frase acima é o início de uma espécie de triste litania escrita por José António Saraiva no Sol a propósito do 10º aniversário do jornal e que bem se podia intitular «O Nascimento e Queda do Sol». Amen.

Como o tempo passa depressa

Há 25 anos, 
Nevermind dos Nirvana

 

20 setembro 2016

Ainda e sempre, a raiva do 4 de Outubro

Onde estavam os da gritaria
actual quando o governo
anterior decretou isto ?

Imposto do Selo:
Este imposto tem um âmbito alargado de incidência, abrangendo todos os actos, contratos, documentos, livros, papéis e outros factos previstos na Tabela Geral do Imposto do Selo.
- Sobre o valor de aquisição onerosa do imóvel – 0,8%
- Sobre as garantias sem prazo ou de prazo igual ou superior a cinco anos, como o caso das hipotecas, a taxa é de - 0,6%.
- Sobre os Imóveis de valor patrimonial superior a 1.000.000 euros, incide o imposto de selo de 1% do referido valor ou 7,5% em caso de residência fiscal do proprietário em paraíso fiscal.



Estou perfeitamente à vontade para lembrar isto porque já aqui salientei o perfeito desconchavo e infantilidade da forma como alguém atirou para o debate público um novo imposto sobre imóveis a um mês da apresentação do Orçamento.

18 setembro 2016

O «Público» anda distraido

Olhem que não,
olhem que não


 editorial do Público hoje

É que somos muitos,
mesmo muitos, a não dar
para esse peditório

Longe vá o agoiro mas...

... por acaso,  
já me tinha lembrado disto



«À l'heure actuelle, si un candidat peut l'emporter au sein du collège électoral tout en étant minoritaire au plan national, c'est le Républicain.
Pour les Américains qui craignent que Donald Trump soit élu le 8 novembre, il existe un scénario horrifique: que le candidat républicain soit élu sans recevoir les suffrages d'une majorité d'électeurs, comme cela avait été le cas pour George W. Bush en 2000. Rappelons en effet que l'élection se joue au niveau des États, et qu'il est tout à fait envisageable pour un candidat d'en remporter suffisamment pour atteindre la majorité absolue (270 grands électeurs) en recueillant moins de voix que son adversaire.
Le site FiveThirtyEight, qui mouline chaque jour une impressionnante quantité de sondages et de données, estime que la probabilité que Trump soit élu de cette façon est de 6%. Le journaliste David Wassermann explique que cela est dû au fait que les catégories de population où Trump est très impopulaire (les électeurs blancs diplômés, les minorités raciales...) sont concentrées dans des États où le candidat républicain est d'ores et déjà sûr de gagner ou de perdre. Par exemple, les trois États où les Hispaniques sont les plus présents sont la Californie et le Nouveau-Mexique (que Trump perdra) et le Texas (qu'il gagnera). Un exemple caricatural de ce phénomène, cité par Wasserman, est le vote de l'électorat mormon, très opposé à Trump: cela ne l'empêchera pas de gagner l'Utah, remporté avec cinquante points d'avance par les Républicains en 2012, mais cela peut faire baisser son total national de plusieurs centaines de milliers de voix.
En revanche, Trump a l'espoir de mobiliser beaucoup plus que d'habitude l'électorat blanc populaire, décisif dans les swing states du Wisconsin, d'Ohio, de Pennsylvanie... Déjà, en mai, le magazine Politico avertissait: «2016 s'annonce comme un duel qu'une campagne Clinton peut perdre État par État, même en engrangeant le vote national grâce à la Californie et d'autres endroits gagnés d'avance.»

.Comme l'explique le New York Magazine, un tel scénario se révélerait encore plus dévastateur pour les États-Unis que celui de l'an 2000, déjà car le pays est plus divisé, ensuite car, étant donné la force des «petits» candidats cette année, Trump l'emporterait sans doute avec un pourcentage du vote national bien inférieur à celui de Bush Jr. à l'époque (47,9%).

La mort annoncée du collège électoral?

Ces dernières années, les «espoirs» d'un scénario de ce genre se retrouvaient généralement plutôt chez les Démocrates, avec la théorie très contestée du «mur bleu», qui supposait que leur force géographique leur donnait de bonnes chances de gagner l'élection présidentielle même en cas de courte défaite au plan national. Mais cette année, FiveThirtyEight estime qu'un scénario où Hillary Clinton est élue tout en perdant le vote national n'a que 1,5% de chances de se produire.

«Nous pourrions nous arrêter un instant pour nous interroger: la démocratie a-t-elle vraiment besoin d'être plus compliquée que “celui qui reçoit le plus de votes gagne”?», se demandait récemment le site Scientific American.
Un scénario où un des deux candidats l'emporterait avec moins de voix que son adversaire ranimerait à n'en pas douter le débat enflammé sur l'intérêt du système du collège électoral, qui fait qu'à l'heure actuelle le vote de certains électeurs américains pèse beaucoup plus lourd que d'autres: Sam Wang, chercheur à Princeton, estime ainsi que le vote d'un électeur du New Hampshire (un État petit, très disputé et décisif en cas d'élection serrée au plan national) vaut dix mille fois plus que celui d'un électeur du New Jersey (un État grand et gagné d'avance pour les Démocrates)!

«Je crois fermement que dans une démocratie, nous devrions respecter la volonté du peuple, et pour moi cela signifie qu'il est temps de nous débarrasser du collège électoral et de passer à l'élection directe de notre président», déclarait, après le psychodrame de 2000, la nouvelle sénatrice de l'État de New York, une certaine... Hillary Clinton.»

17 setembro 2016

Aposto

Passos no livro do Arq. Saraiva:
mesmo que não vá dizer bem,
uma nódoa que nenhuma acetona lavará


A não ser que todo o PSD se tenha transformado num bando de lesmas, a esta hora tem de haver numerosas facas que estão a ser afiadas.

Porque hoje é sábado ( )

Ryley Walker


A sugestão musical deste sábado vai para
 o guitarrista norte-americano Ryley Walker.




16 setembro 2016

Não querem mesmo aprender

Como insistem na falsificação,
não tenho outro remédio se não repetir-me


Como,  a propósito desta última sondagem do Expresso, a SIC Notícias acaba de voltar a repetir que PS e BE, com estes resultados, teriam uma maioria absoluta de deputados, assim dispensando o PCP, resta-me repetir este meu post de 6 de Agosto, já que o dr. Oliveira e Costa pelos vistos não quer ensinar o pessoal que escreve e diz estes dislates:


E já agora, burrice por burrice, não se percebe porque é que não dizem que PS e PCP somados alcançam uma maioria absoluta, assim dispensando o BE.

P.S.: Manda a honestidade que se diga que, ao contrário do que aconteceu na edição de 6 de Agosto, no Expresso, na peça de Cristina Figueiredo não se repete hoje esta patranha.

Tiros no pé ou leviandade

Francamente,
qual era a pressa ?


Sim,  faltando um mês para a apresentação do Orçamento para 2017, não encontro qualquer vantagem, por mais voltas que dê, em que o BE, depois secundado pelo PS, tenham vindo já anunciar um novo imposto sobre património imobiliário quando nem sequer estão em condições de esclarecer todos os seus detalhes. Resultado: aí temos a direita, maribando-se na anunciada isenção até 500 mil euros, numa berraria cínica sobre «o assalto à classe média» e o editorial do «Público» a falar do de «mais este imposto-que-ainda-não-se-sabe-bem-como-vai-ser». E se alguém teve esta ideia na esperança de assim chegar a 15 de Outubro com esta discussão já esgotada é porque não conhece a direita que temos. Decididamente, anda por aqueles lados uma notória falta de inteligência táctica. Mas isto deve ser conversa de velho.

Poucos falam disto

Grécia: 1/4 do PIB
para privatizar



em "Marianne" de 14-21
de Setembro de 2016



15 setembro 2016

13 setembro 2016

Parada e resposta

Última hora (*)
("cacha" das "cerejas")

(*) Mea culpa, mea máxima culpa : este post é um disparate completo porque a afirmação de Merkel é de 4 de Novembro de 2014. É o que dá a gente ver um título no Facebook  e logo pensar que é coisa actual. Todas as desculpas do mundo.