16 dezembro 2011

J.M. Fernandes e o euro

E que tal um pouco
de seriedade e memória ?



Os leitores mais fiéis ficam avisados que até podem passar rapidamente à frente porque este post é a pura repetição, no essencial, de um  anterior sobre o mesmo assunto. É um velho problema que estou cansado de evocar aqui : ou seja, como há quem repita imperturbavelmente as mesmas coisas que já foram desmascaradas ou criticadas, então eu também de me sinto no direito de não inovar e voltar a insistir no que já insisti, quanto mais não seja para provar que não me vencem pelo cansaço.

É o caso de José Manuel Fernandes que, em artigo no Público de  hoje, volta a exprimir as suas (recentes) discordâncias e reservas à forma como oi criado e arquitectado o euro. E o facto de a sua actual principal crítica ter que ver com a simultânea falta de uma união fiscal e de uma união política (isto é, dose reforçada de federalismo) não mata  algumas perguntas cruciais: importa-se J. Manuel Fernandes de nos exibir as reservas e críticas que publicamente enunciou nas páginas do Público aquando da criação da moeda única e as provas de que não embarcou no endeusamento e nos festejos da época ? Atribuiu então J. M. Fernandes alguma importância ou signicado quando um Eurobarómetro chegou a situar nos 47% a oposição dos europeus ao euro ? Custará assim tanta a esta gente reconhecer humildemente mas com naturalidade que pensaram, coisa diferente do que pensam e dizem hoje ? Não será tempo dos comentadores e jornalistas que, volta não volta, clamam contra a impunidade dos políticos se olharem ao espelho e admitirem que as suas antigas e diferentes  opiniões não podem ser rasuradas e ficar politicamente impunes ?.

E, finalmente, para se ter um filme mais completo de como elas que se fazem e ir à imprensa da época e ver como eram tratadas as opiniões e advertências formuladas pelo PCP, por exemplo neste dossiê sobre o euro publicado em Maio de 1998 e do qual extracto a seguinte pergunta e resposta :


(...) 2. O que vai significar o estabelecimento da moeda única face às diferenças de produtividades existentes entre Portugal e os outros países aderentes à moeda única?

Segundo os dados estatísticos conhecidos, há uma diferença significativa entre as produtividades (aparentes) do trabalho, de Portugal e dos nossos principais parceiros da União Europeia: 61% face à
Alemanha, 48% face à França, 21% face à Espanha...
Isto quer dizer que se, por exemplo, numa hora de trabalho se produzem 100 dólares de valor acrescentado em Portugal, na Alemanha produzem-se 160 dólares, 148 dólares em França, 121 dólares na Espanha,...
Esta diferença de produtividades é a causa da acumulação de défices da Balança Comercial pelo país. Défices compensados, ao longo destes anos, pela sobre-exploração dos trabalhadores portugueses — que continuam a ser a mão-de-obra mais barata da União Europeia — pela redução drástica de rendimentos de outras camadas, como agricultores (desde 1986 a 1995 sofreram uma quebra de 25% no seu rendimento) e pequenos e médios empresários, pelas remessas de emigrantes, pelas receitas do turismo, pelo investimento estrangeiro (compra de empresas e terras) e também por algumas desvalorizações da moeda, feitas antes de se ter iniciado o processo de adesão à moeda única com a integração de Portugal no Sistema Monetário Europeu.
Pode a moeda única contribuir para Portugal (e outros países) vencer estas diferenças e dificuldades da sua estrutura produtiva? Os dirigentes alemães já responderam a esta questão: segundo eles, a moeda única não se destina a ajudar os países da União Europeia a vencer o seu atraso. Estes não têm outra  solução que não seja a adaptação à realidade da moeda única. O que é que isto quer dizer?  Quando desaparecer a moeda nacional (logo, não haverá mais política cambial) os países que farão parte da União Monetária, privar-se-ão de decisivos instrumentos de política económica que lhe garantem alguma margem de manobra. A sua política monetária será conduzida ao nível Europeu pelo Banco Central Europeu e alinhada pelo país ou grupo de países dominantes. A sua política orçamental deverá visar o objectivo do equilíbrio orçamental (Despesas igual a Receitas) a partir da lógica de redução das despesas, nomeadamente das despesas sociais. 
Em tais condições os factores de ajustamento (adaptação) serão os empregos, os salários, os impostos sobre os trabalhadores e outras camadas populares e as despesas sociais — educação, saúde, segurança social. É assim que os países se adaptarão à realidade da moeda única.
Os capitais — cuja circulação já livre será acelerada pela moeda única — dirigir-se-ão para os «nichos de produtividade» (países e áreas geográficas onde a produtividade é maior) para ganhar maiores lucros. Só se dirigirão para países como Portugal, caso aqui encontrem mão-de-obra «dócil» (pouco reivindicativa e pouco virada para os sindicatos) e sobretudo barata, com um mercado de trabalho flexível e fortes incentivos financeiros do Estado português. Guiados pela lógica ultraliberal da construção comunitária, os países devem melhorar a sua atractividade: via privatizações escandalosamente vantajosas para os compradores; através de benesses fiscais e outros apoios financeiros vultuosos (fundos comunitários e nacionais); aumentos da produtividade do trabalho por despedimentos massivos e pressões sobre os custos salariais. Os países e as regiões menos produtivos serão empurrados (na impossibilidade de proteger o seu mercado interno e de tempo para o desenvolvimento e modernização das suas estruturas produtivas) para o corte dos salários, a flexibilidade, polivalência e longas jornadas de trabalho, um mercado de trabalho à medida do grande capital. Esta política não cria condições de um verdadeiro desenvolvimento dos países atrasados, ela «congela» o subdesenvolvimento (relativo) dos mais débeis e arrasta os assalariados desses países para uma guerra económica impiedosa contra os seus camaradas dos outros países na concorrência salarial e na «venda de direitos sociais. Dentro da mesma lógica, esta política exacerbará as desigualdades regionais dentro de cada país e acentuará ainda mais em Portugal, um perfil produtivo assente na indústria intensiva em mão-de-obra pouco qualificada e de baixos salários, e na liquidação da pouca produção de média e alta tecnologia que o país tem.
Os adeptos da moeda única defendem (mais ou menos explicitamente) a velha tese liberal «deitam-se as empresas (há quem prefira os empresários) ao mar, as que souberem nadar, salvar-se-ão... e depois o país será reconstruído com unidades novas, modernas, tecnologicamente apetrechadas e economicamente competitivas... Não é por acaso que falam para o curto prazo de «sacrifícios» e «purgatórios» com a esperança de a médio prazo alcançarem o «paraíso»!  (...)

P.S.: Vale a pena lembrar que, há 13 anos, mais precisamente em Maio de 1998, ocorreu por toda a Europa e com grande impacto na imprensa portuguesa uma coisa chamada a «Festa do Euro» que então comentei como se pode ler aqui.

15 dezembro 2011

Pergunta sobre retirada dos EUA do Iraque

Não querendo estragar a festa ...


... só quero perguntar se, em 31 de Dezembro, os cerca de 50 mil (segundo os dados da Administração americana) «contractors» civis (mercenários contrataados pela ex- Blackwater e outras e pagos pelo Tesouro dos EUA ou pelo petróleo iraquiano) também saem do Iraque ?

Dados de Outubro de 2011 do
Departamento de Defesa dos EUA aqui

mas, em Junho de 2011,
podia ler-se aqui


O governo e os feriados do 1º Dez. e do 5 de Out.

De direita sim mas também
muito patetas e ignorantes


Em texto hoje dado à estampa no Público, cerca de 40 historiadores arrasam a proposta governamental de eliminar os feriados do 1º deDezembro - restauração da independência - e do 5 de Outubro - implantação da República.

Entre outros aspectos, os signatários vêm, em boa hora, lembrar, de forma argumentada, que a proposta 
«assenta numa evidente demagogia: ao contrário do que o governo, pela mão so seu ministro da Economia, vem atabalhoadamente explicar ao país, a produtividade e a competitividade da economia  da economia nacional não dependem em nada de essencial do número de feriados em vigor».  E sobretudo sublinham que «os feriados nessas datas representamn, há um século, a forma como a sociedade escolheu lembrar e homernagear acontecimentos que reoputa de transcendente importância na História do país. Nem a ditadura salazarista se atreveu a pôr em causa esses feriados e, com eles, o significado que encerram».

Talvez alguns digam que tudo isto dos dois feriados é uma pequena coisa no cruel maremoto de agressões, ataques  e retrocessos que estamos a sofrer. Mas, como dizia o outro, isto anda tudo ligado e este caso dos feriados vem transparentemente trazer ao primeiro plano da cena política a imagem de que hoje estamos governados por gente que não é apenas de direita, antes é também esplendorosamente pateta, ignorante, historicamente inculta e nacionalmente desenraizada.

14 dezembro 2011

Bem precisamos !

Hope com Brandon Marsalis




Mais aqui a não perder.

Aumento de desemprego, upa, upa e mais upa !

Telegrama de hoje da troika

«Ao governo de Portugal:
Com conhecimento: Partido Socialista

Face à divulgação de novos dados sobre um significativo aumento do desemprego em Portugal, consideramos oportuno lembrar que, durante todo o período de elaboração do memorandum de entendimento, insistimos repetidas vezes que as medidas de saneamento financeiro tornadas necessárias implicavam necessariamente um aumento do desemprego.

Neste quadro e neste contexto, o Comissão Europeia, o BCE e o FMI só podem concluir que o aumento do desemprego em Portugal é um bom e positivo sinal e indicador de que estão a ser firmemente aplicadas as políticas acordadas no memorandum de entendimento.

Comunicamos ainda que outras urgentes responsabilidades impedem os representantes do Comissão Europeia, do BCE e do FMI de se deslocarem neste momento a Portugal com vista a colaborarem estreitamente com o governo português na irradiação de uma boa e correcta interpretação do significado destes dados sobre o aumento do desemprego. »

10 dezembro 2011

Conversa acabada

Memórias de Adriano

 (copiado de aqui)

Parece pois que Adriano Moreira terá ripostado (ver vídeo aqui) que, quando foi Ministro do Ultramar, já não havia o Campo do Tarrafal. Cometeu-se assim, pelos vistos, uma grande injustiça e calúnia: Adriano Moreira não reabriu Tarrafal nenhum, limitou-se a abrir um «campo de trabalho» no Chão Bom que, só por puro azar ou acaso, ficava na mesma ilha, localidade e sítio que o campo de concentração do Tarrafal. Aguarda-se agora que outros idosos ex-servidores do regime fascista venham dizer que nunca trabalharam na PIDE mas sim na DGS e nunca trabalharam na Censura mas sim no Exame Prévio.


Para cá e para lá do Canal

O túnel não resolveu

No dia seguinte à última Cimeira, dezenas  e dezenas de jornais europeus «manchetearam» sobre o isolamento do Reino Unido. Mas já o The Times britânico, embora sob o  título de 1ª página «UK stands alone», anexava-lhe este elucidativo desenho. Não há volta a dar-lhe, o túnel não resolveu o principal.

Porque hoje é sábado (314)

Chris Carraba e
The Dashboard Confessional

A sugestão musical de hoje destaca
o cantor norte-americano Chris Carraba
 
e a sua banda
- The Dashboard Confessional


I'm in Love With a Girl



The Cape

08 dezembro 2011

"NPR music's 50 favorites albums of 2011"

De A (de Adele) ...







A ouvir aqui.


... a W (Wye Oak)






A ouvir aqui.

A minha alma está parva

Até a ti, Alfredo ?



Via e-mail, chega-me um esclarecimento público, que me parece autêntico, de Alfredo Barroso (meu estimado colega na direcção da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa em 67/68), relativamente a erros contidos no recente livro de Mário Soares e que sobretudo comporta um sofrido queixume pessoal sobre a forma como um tão longo e dedicado colaborador de Mário Soares é esquecido no citado livro. Os esclarecimentos e o lamento estão aqui e, por mim, só quero acrescentar que, quando isto acontece entre Alfredo Barroso e Mário Soares, é sinal que, naquela família política, os ares estão um bocado turvos e a gratidão anda um bocado por baixo.

Tão amigos que nós éramos...

Não tivesses abandonado
o barco e outro galo cantaria



Hoje no DN.

O ataque ao valor do trabalho

Contra a corrente e muito bem


Manuel Loff que, espero que apenas por escolha própria,  infelizmente só escreve quinzenalmente meia página no Público enquanto Francisco Assis, Correia de Campos (e vão dois) e Paulo Rangel escrevem semanalmente uma página inteira, entre outras, deixa-nos hoje estas lúcidas palavras: « A supressão dos feriados levanta uma infinidade de questões. Para começar, um problema social e ético: o da justa remuneração do trabalho. Se o nosso salário corresponde a um determinado número de dias de trabalho, aumentar esse número significa baixar o valor do trabalho. A solução parece estar na moda, mas esperem até ver o seu corolário: quem aceitar que se retirem feriados ao seu descanso, porque não aceitaria que lhe sejam retiradas férias e/ semanais ?  (...) Uma das consequências  da transformação de feriados em dias normais de trabalho é a supressão desses acréscimos de salários - isto é, o duplo embaratecimento do trabalho. Não há dúvida possível: o que se propõe é uma regressão histórica que nos aproxima  do tempo em que se trabalhava de sol a sol, sem qualquer interrupção, ou com uma única interrupção semanal que excluia quaisquer férias pagas. A pobreza salazarenta, ou mais arcaica ainda, reproposta como modernidade económica ! (...)».

Ou crês ou morres

O título da mentira

É com títulos destes que os que nos vêem como um rebanho nos querem levar alegremente para o matadouro. Uma outra visão sobre o que realmente se prepara já tinha ficado aqui.
E já agora, amanhã comparem as decisões da cimeira com o que os europeus disseram no Eurobarómetro de Agosto sobre as medidas que desejam quanto aos «mercados financeiros»:
ver em tamanho natural e legível aqui
na página 25.

07 dezembro 2011

E agora

Emmy The Great



(Emma-Lee Moss)

Revista musical do ano

Joyce DiDonato em "Diva/Divo"


“Diva/Divo”
:
Árias de Massenet, Mozart, Gluck,
Rossini, Gounod, Berlioz, Bellini, Strauss,
 com  Joyce DiDonato, Kazushi Ono
e a  Lyon Opera Orchestra

(ed. Virgin Classics)
- considerado pela
The New Yorker um dos melhores
discos de música clássica de 2011

06 dezembro 2011

Tempo de dizer basta !

Ils sont fous ces merdozys


Aí está, despudorada e arrogante, uma deriva tão insensata quanto nada inocente: Merkel e Sarkozy querem agora um novo Tratado e a mata-cavalos (até Março) que institucionalize à escala europeia os seus poderes e interesses, que obrigue a que cada país inclua na sua Constituição um limite de 3% do défice, que estabeleça um visto prévio aos Orçamento nacionais e que, se necessário for,  estabeleça uma ruptura até aqui impensada entre os membros da UE que pertencem ao euro e os que não pertencem. Debaixo da ameaça da crise e da bancarrota e contando com esse efeito, o que acabam de propor é, de facto, a redução de todos os outros países a protectorados e a liquidação  dos últimos resquícios de  soberanias nacionais dignas desse nome. Que ninguém menospreze o que está em jogo nem o alcance da áspera batalha que se desenha e na qual também se joga sabermos se ainda emos governo, democracia real e soberania popular ou se ou se o nosso destino é ser uma moderna colónia de um liofilizado IV Reich. Por minha exclusiva conta e risco, aqui escrevo hoje: espero que não tenhamos de chegar lá porque, de contrário, no mínimo, creio vir a ser necessário gritar bem alto que, desta vez, vão mesmo de ter fazer o referendo que antes sempre nos negaram em matéria europeia.

Nem défice nem dívida....

... se nos tornarmos num
baldio de 92 090 Km2


média diária de 2009 e 2010, segundo o CM de hoje.

05 dezembro 2011

Desigualdades na Europa

O nosso verdadeiro
"pelotão da frente"





Relatório aqui

Tranferência dos fundos de pensões da banca

Descobrir agora em vez de
descobrir só daqui por 10 anos



Já aqui chamei a atenção, através de comunicado do PCP, para a gravidade deste assunto. Acontece porém que a generalidade da comunicação social continua a apresentar a transferência dos fundos de pensões da banca para o Estado como a coisa mais inocente e até bastante jeitosa. É claro que os distraídos de hoje, como tem acontecido com tantas outras matérias, vão descobrir daqui por 10 anos tudo aquilo que não quiseram descobrir agora. Por isso, quem estiver interessado em não os imitar, deve ler aqui o estudo de Eugénio Rosa sobre o assunto.

Legislativas na Rússia

PC da Rússia duplica votação



em L' Humanité


No Libération

Um fascinante projecto da BBC e do Brittish Museum

A história do mundo
através de 100 objectos




A ver demoradamente aqui.

04 dezembro 2011

E, para a sua tarde de domingo, o brasileiro

Marcelo Camelo




Doce Solidão


Liberdade

1954-2011

Morreu o Sócrates
de que todos gostávamos


A elegância, a classe e a filigrana no futebol,
a coragem da oposição à ditadura militar brasileira
e também, para quê escondê-lo,
um dos futebolistas na
época mais admirado por tantas mulheres no mundo.

Mundial de 1982: golo contra a Escócia

mais aqui.

03 dezembro 2011

Um grande poeta chileno

Nicanor Parra
(Prémio Cervantes 2011)


EL HOMBRE IMAGINARIO
El hombre imaginario
vive en una mansión imaginaria
rodeada de árboles imaginarios
a la orilla de un río imaginario

De los muros que son imaginarios
penden antiguos cuadros imaginarios
irreparables grietas imaginarias
que representan hechos imaginarios
ocurridos en mundos imaginarios
en lugares y tiempos imaginarios

Todas las tardes imaginarias
sube las escaleras imaginarias
y se asoma al balcón imaginario
a mirar el paisaje imaginario
que consiste en un valle imaginario
circundado de cerros imaginarios

Sombras imaginarias
vienen por el camino imaginario
entonando canciones imaginarias
a la muerte del sol imaginario

Y en las noches de luna imaginaria
sueña con la mujer imaginaria
que le brindó su amor imaginario
vuelve a sentir ese mismo dolor
ese mismo placer imaginario
y vuelve a palpitar
el corazón del hombre imaginario

Um livro estrangeiro por semana


Guantánamo
de Jonathan Hansen

Edição da Will & Hang, 448 pgs., 19,53 $

Apresentação do editor:«
An on-the-ground history of American empire :
Say the word “Guantánamo” and orange jumpsuits, chain-link fences, torture, and indefinite detention come to mind. To critics the world over, Guantánamo Bay, Cuba, is a striking symbol of American hypocrisy. But the prison isn’t the whole story. For more than two centuries, Guantánamo has been at the center of American imperial ambition, first as an object of desire then as a convenient staging ground.
In Guantánamo: An American History, Jonathan M. Hansen presents the first complete account of this fascinating place. The U.S. presence at Guantánamo predates even the nation itself, as the bay figured centrally in the imperial expansion plans of colonist and British sailor Lawrence Washington—half brother of the future president George. As the young United States rose in power, Thomas Jefferson and his followers  envisioned a vast “empire of liberty,” which hinged on U.S. control of the Gulf of Mexico and the Caribbean Sea. Politically and geographically, Guantánamo Bay was the key to this strategy. So when Cubans took up arms against their Spanish rulers in 1898, America swooped in to ensure that Guantánamo would end up firmly in its control. »

Porque hoje é sábado (313 )

Zulya e
the Children of the Underground

A sugestão musical deste sábado
incide na cantora russa Zulya Kamalova,
radicada na Austrália,
e na sua banda The Children of Underground.




02 dezembro 2011

Fundos de pensões da banca e segurança social

Para se perceber bem  a marosca...
... é fundamental ler aqui na íntegra a declaração hoje feita por Jorge Pires, da Comissão Política do PCP. Um extracto que já diz muito: «
Este é de facto mais um grande negócio para os banqueiros, apesar das suas reclamações. Desta forma teremos a Segurança Social a pagar as reformas a partir do próximo dia 1 de Janeiro – em 2010 o valor destas reformas totalizou mais de 600 milhões de euros -, mas nem um só euro dos fundos a transferir entrará nas contas da Segurança Social. Esta é mais uma operação de descapitalização da Segurança Social, cujas consequências não deixarão de ser utilizadas no futuro para justificar mais medidas restritivas nos apoios sociais. (...)».

Era uma vez a nossa juventude


Nos 70 anos de
Paul Simon e Art Garfunkel


Paul Simon nasceu em  13.10.1941
Art Garfunkel nasceu em 5.11.1941

Bridge Over Troubled Water

"J. Edgar" (Hoover)

Um novo filme de C. Eastwood
sobre um grandecíssimo sacana



Sobre o filme, aqui na revista In These Times,
o artigo «The Secrets, lies and elisions of J. Edgar»

Nos bastidores

Histórias de banksters


«Imagine you walked into a bank, applied for a personal line of credit, and filled out all the paperwork claiming to have no debts and an income of $200,000 per year. The bank, based on these representations, extended you the line of credit. Then, three years later, after fighting disclosure all the way, you were forced by a court to tell the truth: At the time you made the statements to the bank, you actually were unemployed, you had a $1 million mortgage on your house on which you had failed to make payments for six months, and you hadn’t paid even the minimum on your credit-card bills for three months. Do you think the bank would just say: Never mind, don’t worry about it? Of course not. Whether or not you had paid back the personal line of credit, three FBI agents would be at your door within hours.

Yet this is exactly what the major American banks have done to the public. During the deepest, darkest period of the financial cataclysm, the CEOs of major banks maintained in statements to the public, to the market at large, and to their own shareholders that the banks were in good financial shape, didn’t want to take TARP funds, and that the regulatory framework governing our banking system should not be altered. Trust us, they said. Yet, unknown to the public and the Congress, these same banks had been borrowing massive amounts from the government to remain afloat. The total numbers are staggering: $7.7 trillion of credit—one-half of the GDP of the entire nation. $460 billion was lent to J.P. Morgan, Bank of America, Citibank, Wells Fargo, Goldman Sachs, and Morgan Stanley alone—without anybody other than a few select officials at the Fed and the Treasury knowing. This was perhaps the single most massive allocation of capital from public to private hands in our history, and nobody was told. This was not TARP: This was secret Fed lending. And although it has since been repaid, it is clear why the banks didn’t want us to know about it: They didn’t want to admit the magnitude of their financial distress. (...)»( Ler o resto aqui na Slate.com)