07 fevereiro 2022

Um estudo de Eugénio Rosa

 Sobre inflação e gastos
da segurança social

« (...) Se se mantiver este ritmo de crescimento homólogo dos preços (a comparação é feita com o mesmo do mês do ano anterior), utilizando um método estatístico adequado, conclui-se que os preços médios de 2022 serão superiores aos preços médios de 2021 em 5,1%. Comparamos este aumento de preços com a subida das remunerações dos trabalhadores da Administração Pública em 2022 (+0,9%), dos trabalhadores da CGD este ano (+0,9%), e das pensões quer da Segurança Social e da CGA em 2022 (a subida das pensões variou entre 1% para pensões até 886,4€ e 0,24% para pensões superiores a 2659,2€), conclui-se que a perda de poder de compra em 2022 de cerca de 3 milhões de pensionistas e de 725.000 trabalhadores será de 4% se não se verificar qualquer medida corretora por parte do novo governo maioritário do PS. Em relação aos cerca de 30% trabalhadores que recebem o salário mínimo, cujo valor aumentou, em 2022, 6% pois passou de 665€ para 705€, o aumento do seu poder de compra fica reduzido, devido à inflação estimada para 2022, apenas a 0,95%. Em relação aos restantes trabalhadores do setor privado, é de prever que poucos terão subidas nas suas remunerações superiores a 5%, portanto é de prever que a maioria perca poder de compra. (...)»

De acordo com a Síntese da execução orçamental de dezembro de 2021, divulgada pela DGO do Ministério das Finanças, em 2021 a Segurança Social teve de pagar despesas referentes a medidas excecionais devido ao COVID no montante de 1.919,5 milhões € a que adicionam mais 249,78 milhões de perda de receita causada pelas isenções de pagamento de contribuições aprovadas pelo governo pela mesma razão, totalizando assim 2.169,2 milhões €. Este encargo devia ser suportado pelo Orçamento do Estado através de transferências para a Segurança Social como aconteceu em 2020, pois são medidas que não caiem no âmbito das responsabilidades desta. No entanto, o governo em 2021 só transferiu do O.E. para a Segurança Social 1.545,46 milhões € como consta da Síntese da execução orçamental de dez.2021 criando assim um “buraco” de 623,77 milhões € nas contas da Segurança Social tendo sido suportado pelos descontos dos trabalhadores e pelas contribuições das empresas para o Regime contributivo da Segurança Social, o que é manifestamente ilegal. E depois o governo diz que não há dinheiro para pagar pensões dignas, e faz aumentos de miséria em 2022.

Estudo integral aqui

05 fevereiro 2022

03 fevereiro 2022

Questão de higiene

Um ex-bombista não pode
ser vice-presidente da AR

Ventura declarou que Pacheco de Amorim “tem provas dadas na sua vida, de presença democrática, no Portugal democrático, em vários partidos absolutamente democráticos”.

Até a Wikipédia conhece o passado de Pacheco de Amorim : «Pacheco de Amorim foi um antigo membro do Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), e ex-assessor do antigo presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Diogo Freitas do Amaral, e antigo chefe de gabinete de Manuel Monteiro.[4]

Fez parte de movimentos estudantis integracionistas da sua época, que contestavam a descolonização e defendiam Portugal e as províncias ultramarinas como um todo. Exilou-se para Madrid para fugir do COPCON. Passou ainda por partidos como o Movimento para a Independência e Reconstrução Nacional (MIRN), do polémico general Kaúlza de Arriaga, e mais tarde pelo CDS-PP e Nova Democracia, partido de que foi ideólogo, juntamente com Manuel Monteiro.[5]»

Ao que ele chegou

 Carvalho pede «diálogo»
 com a extrema-direita

O director do «Público» que há bem pouco tempo festejou deslumbrado o fim da «geringonça» acaba de escrever que «Tanto como reaprender a lidar com um governo maioritário, os deputados desta oposição traumatizada terão de aprender a dialogar com a extrema-direita».

Fica escrito e repetido para que se saiba o que certos contentamentos têm por detrás.

1932-2022

Arrivederci Monica

31 janeiro 2022

Tudo contra-reformas

Eles não perdem tempo

Triste noite

Alguém viu a «onda laranja»
e o «empate técnico» com
que os media nos massacraram ?



Não, ninguém viu porque o PSD teve o mesmo resultado que em 2019 (27,80 %).Mas esta campanha de susto teve os seus efeitos devastadores sobre a votação do BE e da CDU. Tirando o facto de a direita não ter a maioria, tudo nos resultados é triste e motivo de preocupação.

27 janeiro 2022

As escolhas do «Público»

Caderno de encargos 

O «Público» achou que, a três dias da votação, o que estava a fazer falta era dar voz a António Saraiva, Presidente da CIP, que é claro, como acima se vê, logo aproveitou para adensar o seu caderno de encargos para a próxima legislatura.
Porém, não explicou António Saraiva se está pensar nos professores quando se sabe que até ao fim da década vai ser preciso contratar 40 mil, se está pensar nos médicos e enfermeiros, se está pensar nas forças de segurança, se está a pensar nos trabalhadores das autarquias que até vão ver reforçadas as suas competências. Não importa. Saraiva acha que o vento está de feição e isso lhe basta.
Mas no próximo domingo talvez os trabalhadores da função pública possam derrotar os anseios dos saraivas deste mundo, designadamente votando naqueles que sempre denunciaram a sua perda de poder de compra ao longo de 10 anos e sempre criticaram o aumento de 0,9% (abaixo da inflação) previsto para 2022.