03 junho 2019

SEM ÓDIO MAS COM MEMÓRIA

BREVE CONTRIBUTO
PARA "DIMENSÃO HISTÓRICA"
 DE JONAS SAVIMBI

«David Bernardino, médico pediatra, nasceu a 23 de Março de 1932 e morreu no Huambo, assassinado pela UNITA de Jonas Savimbi, a 4 de Dezembro de 1992. O assassinato já havia sido mandado a partir do topo da organização, e ele sabia-o, mas não quis abandonar o seu posto, o seu centro de saúde, onde sentia que era preciso. Foi lutador anti-fascista, foi presidente da Casa dos Estudantes do Império, fez um jornal que não agradou propriamente a nenhum poder e foi assassinado pela UNITA aos 60 anos. Plantou hortas, porque precisava de melhorar o estado nutricional dos seus doentes. Cantou no Coro Lopes Graça. Deu boleias sem fim aos putos do bairro na caixa aberta da sua carrinha. Correu com bebés nos braços pelas casas e jardins, "porque eles gostam", deixando os pais atordoados.  (...)» (Sandra Monteiro no Facebook)

01 junho 2019

Sim, há alcatruzes da nora

O estimado
(adjectivo sincero)
Daniel Oliveira há dias
 escreveu isto(*) no «Expresso»...




(clicar para aumentar) ´

...mas, em Maio de 2014,
não me passou pela
cabeça escrever algo assim :



(*)  Esclareço que não li todo o texto de Daniel Oliveira mas apenas a parte que está acessível no site online do «Expresso». E, para obstar a precipitações de comentários, esclareço também que, segundo me disseram, Daniel Oliveira não exprime qualquer satisfação pelo resultado da CDU mas sim preocupação.


Está-lhe na massa do sangue

Marcelo interrompeu
a Presidência e voltou
a ser comentador da TVI



"O Presidente da República disse esta sexta-feira que são preocupantes os sinais claros de crise no centro-direita em Portugal.
Num encontro promovido pela Fundação Luso-americana, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que, neste contexto, o papel do Presidente é fundamental para garantir o equilíbrio do poder."

(SIC Notícias, ontem)

Com mais uns pózinhos foi isto que (sem admiração) ouvi e vi ontem na SIC com o Presidente da República a falar inglês no famoso Clube Americano. E, nos tempos que correm, não é inútil ou inapropriado dizer que um PR não tem de pré-anunciar a crise partidária de ninguém e muito menos dizer algo que traduzido para português e trocado por miúdos quer dizer . « PSD e CDS estão fracos e tenho em Belém de  os substituir».

Porque hoje é sábado ( )

Christelle Bofale





31 maio 2019

À atenção do Sindicato dos Jornalistas

 Já sabia que há quem pense
 assim mas não sabia que
 havia quem fosse
capaz de o escrever
num Estatuto Editorial

Sobre isto, por sentido
 imperativo de consciência, apenas

quero dizer três coisas:

1.
Não foi para isto que, dentro do
seu combate geral pelas liberdades
(incluindo a de ter partid0)
 tantos jornalistas portugueses
se bateram contra o fascismo
.

2.
Não percebo qual é a diferença,
 para efeitos do exercício da profissão 

no Polígrafo, entre ser-se votante, simpatizante ou militante
 de um Partido
.


3.
Considero convictamente
que esta norma do Estatuto
Editorial do Polígrafo é
descaradamente inconstitucional:


Artigo 13.º
Princípio da igualdade
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.


2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.


Para quem se interessar por estas coisas

Sondagens como esta
é que faziam falta cá






30 maio 2019

Ai, ai, a crise da memória !

As benévolas comparações
que PSD e CDS andam a fazer
com o seu resultado conjunto

nas europeias de 2014 justificam
esta viagem aos arquivos

(post de 26 de Mao de 2014)


E, já agora, reparem que há
 um partido de que não falei.

29 maio 2019

Mansamente a ver se nos entendemos



A imagem acima corresponde ao destaque que o Público» decidiu atribuir a uma passagem do artigo de Luís Aguiar-Conraria  na sua edição de hoje.

Acontece que essas 21 palavras me levam às seguintes perguntas :


.
1.
Quererá porventura o não comunista Luís Aguiar-Conraria explicar a este velho comunista a que «princípios» do PCP se refere ?
2. 
Será que L.A-C. não sabe que, para só falar do pós-25 de Abril ,não há nenhum «princípio» do PCP que vá no sentido de excluir por sistema entendimentos ou convergências com o PS »
3. 
Será que L.A-C. não descortina a diferença entre viabilizar um governo do PS e «apoiar» (como diz) um governo do PS ?

4.
Será que L.A-C. entende que conforme aos «princípios» do já teria sido antes, em Outubro de 2015,  o PCP ter deixado os do PAF (que tinham perdido 800 mil votos) continuar a governar e prosseguirem a sua calamitosa e cruel obra de destruição ?
5.
Será que L.A-C. acha que por causa das orientações erradas e negativas neles contidos ( e que qualquer governo de direita adoptaria), o PCP deveria ter chumbado todos os Orçamentos de Estado e deitado para o lixo todas as numerosas medidas positivas para os trabalhadores e o povo que, com a decisiva contribuição do PCP, foram alcançadas ?

6.
Será que L.A-C pertence ao grupo dos bem instalados na vida para quem (a lista seria muito mais longa) o fim dos cortes e das sobretaxas, a melhoria dos escalões do IRS, a subida do salário mínimo e das pensões, a gratuitidade dos manuais escolares, o alargamento e embaratecimento dos passes sociais são amendoins ?
7. 
Será que L.A-C. não adivinha que se o PCP tivesse feito tudo ao contrário, possivelmente ele já teria escrito algum artigo fustigando o «sectarismo», o carácter meramente «tribunício e de protesto» a as suas «atitudes filhas de uma «política de quanto pior, melhor» do PCP (ou da CDU) ?

Uma pergunta oportuna

Digam-me honestamente
quem mais combateu o sistema,
os interesses, as orientações e 
as decisões que conduziram
a esta 
calamidade
e crime