03 maio 2019

Preso por ter cão, preso por não o ter

Com estes truques,
estamos sempre feitos ao bife !


O director do «Público» escreve hoje em editorial que «quando o Bloco e o PCP tiveram uma real oportunidade de garantir a contagem integral do tempo de serviço dos professores exigindo-a como contrapartida para aprovarem o Orçamento de Estado deste ano -tergiversaram- contentaram-se com uma anódina imposição ao governo  de negociar com os sindicatos dos ptofessores».
Ora não é preciso ser um Nostradamus  para imaginar que editorial teria Manuel Carvalho escrito caso, segundo a sua ilustre lição, PCP e Bloco tivesse chumbado o OE 2018 por causa das reivindicações dos professores.
No mínimo, vituperaria o radicalismo de provocar uma crise política de imensas consequências só por causada contagem do tempo dos professores.
E, no máximo, talvez até fustigasse sem dó nem piedade o PCP e o Bloco por, chumbando o OE terem deitado para o lixo uma série de medidas positivas nele contidas, a começar pelo alargamento e  e redução dos preços dos passes sociais que beneficiavam milhões de portugueses.

29 abril 2019

Não, não deixo passar!

O turvo casamento
da infâmia com a senilidade



Vasco Pulido Valente no Público de sábado: «Vieram à televisão uns militares caducos parecendo ofendidos por se chamar "selvagem" à assembleia de 11 de Março. E tentando esconder os fuzilamentos que lá propuseram  personagens de peso, milicianos, anónimos, e um grupo extraviado do MRPP. Peço desculpa, ainda me lembro der Álvaro Cunhal num excitado comício prometendo aos camaradas, que gritavam «uma só solução, fuzilar a reacção", que não perdiam pela demora. (...) Os militares não tinham absolutamente nada de democrático. O 25 de Abril não se fez pela liberdade; fez-se para a tropa voltar para casa.E uma bela manhã, Álvaro Cunhal desembarcou em Lisboa, imitando deliberadamente  a chegada de Lenine à estação da Finlândia».

Sobre esta reles provocação apenas duas notas :

1 . Jamais num comício do PCP se gritou tal coisa e é preciso não ter dois dedos de testa para imaginar Álvaro Cunhal a dar corda a tal «slogan».

2. Quanto à alegada imitação de Lenine, já expliquei ene vezes. por exemplo aqui, que « nem Álvaro Cunhal nem Domingos Abrantes (que com ele viajou de Paris) faziam a mais pequena ideia do que se ia passar uma vez transpostas as portas do aeroporto e de que sítio iria Cunhal falar e já contei, como testemunha visual, que foram os militares (chefiados quanto a mim por Jaime Neves) que propuseram a Álvaro Cunhal que subisse para cima da chaimite.»

28 abril 2019

26 abril 2019

O «Público» nos 45 anos do 25 de Abril

E depois queixem-se
de que estão a perder leitores

Como muitas dezenas de milhar de pessoas sabem e viveram, a tradicional manifestação do 25 de Abril na Avenida da Liberdade constituiu uma imensa, poderosa e exaltante expressão da vitalidade dos valores de Abril. Passadas duas horas e meia do seu arranque, às 18 hs. nos Restauradores, ainda faltava passar  muita manifestação. Pois bem, no «Público de hoje, nem uma foto com uma legenda, nem uma linha, zero, nada. nicles. Não esquecemos nem perdoamos.

( o mesmo aconteceu com a inauguração
do memorial na Baixa Chiado e com os
actos em Peniche de inauguração de
 primeiros elementos do novo Museu.
E palpita-me que o mesmo vai acontecer
 com a grande jornada democrática
de amanhã também Peniche.)

25 abril 2019

Sempre Abril



15 hs
Av. dos Aliados - Port0
Marquês de Pombal -LIsboa
(...)
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse 

um menino que sorriu 
uma porta que se abrisse 
um fruto que se expandiu 
um pão que se repartisse 
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse 
e entre vinhas sobredos 
vales socalcos searas 
serras atalhos veredas 
lezírias e praias claras 
um povo que levantava 
sobre um rio de pobreza 
a bandeira em que ondulava 
a sua própria grandeza! 
(...)
José Carlos Ary dos Santos
in «As Portas que Abril Abriu»