16 janeiro 2015

O assunto é sério mas...

Sequência em três actos



notícia no i de ontem

Ora bem

Uma velha piada agora
em formato União Europeia



«Naturalmente não quero influenciar as eleições gregas, mas não posso deixar de dizer que as ideias avançadas por alguns partidos relativamente aos programas [de ajuda financeira] em curso são simplesmente inaceitáveis", declarou Stubb ao Financial Times. "Continuaremos a ser duros. E quero ser muito claro que a nossa resposta a qualquer pedido de perdão da dívida será um rotundo não", garantiu Alex Stubb, sem se referir directamente às propostas para a reestruturação da dívida pública defendidas pelo Syriza.»
A velha piada costumava rezar assim:



14 janeiro 2015

Imperdoável !

O «indignado» Labrincha esqueceu-se do Terramoto de 1755, do afundamento do
Titanic e do golpe de 28 de Maio de 1926



No «cinco dias», João Labrincha (ver um antecedente aqui), pelo meio de ajuste de contas com Joana Amaral Dias e Nuno Ramos de Almeida a respeito de projectos políticos em que andaram ou andam associados, resolveu meter-se com o PCP em termos que mais do que comentário sério merecem divulgação acompanhada de um solene desprezo perante tanta dose de infâmia.  Afirma designadamente o conhecido «indignado»:
Face a isto, eu poderia interrogar-me sobre esse mágico poder de o PCP «asfixiar» tudo e estranhar que os outros deixem (mas deve ser a falta que lhes fazem os «carregadores de pianos»!). Poderia invocar que este post de Labrincha é tão desonesto que o link que faz para a aliança do PCP com o PS é para para um curto (e altamente deturpador das afirmações de Álvaro Cunhal) resumo noticioso de um debate com Mário Soares realizado em 1997 salvo erro no Instituto de Defesa Nacional de que sou testemunha presencial. Poderia também informar que o link que Labrincha faz para Eanes diz respeito essencialmente ao apoio do PCP nas presidenciais de 80 em que Eanes era hostilizado pelo PSD e CDS e por Mário Soares e poderia mesmo perguntar ao «indignado» de serviço se lhe conviria mais a eleição de Soares Carneiro. Podia fazer isto e muito mais mas Labrincha não merece mais do que o seguinte comentário rasteiro e personalizado: «porra, se o PCP também pertence à casta eu, que fui dele funcionário 29 anos e dirigente durante 26 anos, exigo a revisão imediata do valor da minha reforma !».

Francisco Assis ou...

... como a inteligência não resolve tudo


(...)

Ou por ressaca das festividades de fim de ano ou por causa dos estilhaços de Charlie, deixei injustamente passar em claro este artigo de Francisco Assis no Público de passado dia 8 que considero um exemplo soberbo do que se diz no título deste post.
Atenção, aviso e juro que as citações acima transcritas não têm nenhuma dose de manipulação minha. Na verdade, foi Francisco Assis que expressamente escolheu o caso do aumento do salário mínimo na Alemanha para fazer a demonstração das alegadas vantagens que a sua cabeça vê nas «grandes coligações ao centro».
Ora, sobre este caso, importará anotar três coisas bastante simples mas que terão escapado à notória e reconhecida inteligência de Francisco Assis:

A primeira é que ele não se deve ter dado conta do reflexo nacional que é escolher um exemplo de uma «grande coligação ao centro» em que a CDU de Merkel ocupa a posição dominante e o SPD a posição menor para não dizer «subalterna».

A segunda é que Francisco Assis escolheu o aumento do salário mínimo como principal exemplo das vantagens das coligações «ao centro» por que suspira e esqueceu-se de nos contar alguma coisa sobre os sapos que gostosamente o SPD terá em contrapartida engolido sobretudo em matéria de política europeia com graves reflexos, como é sabido, nos países da periferia, como é o caso de Portugal.

A terceira é que, em projecção para Portugal, dificilmente poderia haver exemplo mais disparatado do que este do aumento do salário mínimo porque, para ele, um PS hipoteticamente governo nem precisará de coligações.

09 janeiro 2015

Mas nunca vão aprender !

E, depois, as armas, azar do destino,
ficaram nas mãos do pessoal do Califado



aqui

E se, por acaso ou bambúrrio, pelo número de série, se viesse a apurar que as armas que semearam o sangue a morte na redacção do Charlie Hebdo pertenciam aos lotes fornecidos pela França aos «rebeldes» sírios,
então talvez ecoasse em França a exigência 
"Hollande, demission !"

08 janeiro 2015

07 janeiro 2015

Em Janeiro, já de vento em popa

Números ? Sim 
mas sobretudo vidas !


Este é o título na edição online do Público mas o título da edição impressa (bem melhor) é este:
E já agora convém não esquecer isto:


06 janeiro 2015

Uma espécie de prisão perpétua ?

Irrevogáveis são as vossas tias !

Não, não me venho ocupar agora da questão geral da pertença ao euro e das suas consequências para certos países e nem sequer da hipótese de saída de qualquer país em concreto da zona euro. Não, só venho sublinhar que o grande argumento da Comissão para aquela afirmação parece ser o mesmo que, salvo erro, Rui Tavares já sustentou em Portugal, ou seja que o Tratado de Lisboa não tem nenhum artigo sobre a saída de qualquer país do euro. Considero espantoso que haja quem, em desespero de causa, tenha de recorrer a um tal argumento. Porque se devia meter os olhos a dentro que uma coisa podem ser as consequências ou retaliações por uma saída unilateralmente decidida por qualquer país e outra, verdadeiramente absurda, é a ideia agora repetida de a vontade política de um país ficaria tolhida pela falta de explicito artigo sobre saídas nos Tratados em vigor. Aliás, é caso para dizer que os «cérebros» pagos a peso de ouro que na UE são capazes de, com recurso a uma admirável criatividade jurídica, arranjar maneira de contornar o «não» em referendos, também haviam de ser capazes de mostrar o seu valor no caso de uma saída do euro.

O que é preciso é lata, perdão, imaginação !

As pontes bifurcadas ou Portugal no
top da engenharia graças a um jurista



Na 1ª pág. do DN de hoje

Páginas de história ou ...

... o algodão não engana


para ler aqui

Sobre as pensões

Um importante esclarecimento
que não vejo na imprensa



comunicado do PCP aqui

05 janeiro 2015

Ai que medo ou ...

... este ano o Carnaval
começa mais cedo


Da forma que a vida está, dava mesmo jeito uma campanha presidencial em que um candidato nos falasse de pontapés no berço do bébé e outras delicias assim.

04 janeiro 2015

Atenção, muita atenção

A cristalina mentira que é preciso
combater mesmo quando a voz já doer


É isto que hoje no Público é escrito sobre o PCP pela jornalista São José Almeida no âmbito de uma longa peça intitulada «As caras que vão marcar 2015» Eu podia ficar-me pela observação de que esta experiente jornalista que se ocupa da política nacional nem sequer se deu ainda conta que as formulações usadas pelo PCP e pelo BE nesta matéria são bastante distintas (ela que descubra, não vou agora explicar) mas não é isso o essencial. O que é essencial e é significativo é que já vezes sem conta demonstrei aqui como esta ideia tem tanta de falsa e falaciosa como de conveniente para o PS.  Como se pode ler ou reler por exemplo:






Para o seu domingo

Por entre as brumas dos sons





E ainda  The Cure, Kate Bush, Suzanne Vega,
Chris Isaak, Rita Mitsouko, Peter Gabriel,
Century, George Michael, Duran Duran, Black, Depeche Mode, Propaganda e muitos outros.

03 janeiro 2015

Porque hoje é sábado (512)

Lucas Santtana





A sugestão musical deste sábado é
dedicada ao cantor brasileiro
Lucas Santtana que acaba de publicar 
                          
o novo álbum Sobre Noites e Dias                                                                                        



02 janeiro 2015

Mensagem de Ano Novo

Cavaco trocado por miúdos



«Caros cidadãos e cidadoas ( Maria no auricular: «é cidadãs, Anibal !), repito, caros cidadãos e cidadãs, o que acabo de vos dizer é que, votem como votarem, estão feitos ao bife porque, mais toque menos retoque, a política que tem sido seguida é para continuar por força da situação nacional e dos inultrapassáveis constrangimentos externos. Dirão alguns espíritos mais pessimistas ou mais rígidos que assim estaremos perante uma espécie de soberania popular limitada mas as coisas são o que são e não há volta a dar-lhe. EW,m a este respeito, lembro que, nos tempos presentes, já não é pouca coisa que aos eleitores reste escolher entre duas caras e dois estilos. Habituem-se.»

Selma - Um filme de Ava DuVernay

Esperemos que chegue cá 






"Ava DuVernay has proved that there is little she can't do. The publicist-turned-writer-director-distributor who was just invited into the Motion Picture Academy has already directed two micro-budgeted films that have garnered her critical acclaim: 2011's 'I Will Follow' and last year's 'Middle of Nowhere,' which landed DuVernay a best director prize at Sundance and a Spirit nomination for its young star Emayatzy Corinaldi.

Now DuVernay, who most recently directed the ESPN documentary 'Venus Vs.,' will take on the long-gestating Martin Luther King Jr. project 'Selma.' Deadline Hollywood first reported the news."

Nicole Sperling | LOS ANGELES TIMES



ler também aqui

A vez das artes plásticas

Uma exposição no MoMa



The Forever Now: Contemporary Painting in an Atemporal World

December 14, 2014–April 5, 2015
The International Council of The Museum of Modern Art Exhibition Gallery, sixth floor
Forever Now presents the work of 17 artists whose paintings reflect a singular approach that characterizes our cultural moment at the beginning of this new millennium: they refuse to allow us to define or even meter our time by them. This phenomenon in culture was first identified by the science fiction writer William Gibson, who used the term “a-temporality” to describe a cultural product of our moment that paradoxically doesn’t represent, through style, through content, or through medium, the time from which it comes. A-temporality, or timelessness, manifests itself in painting as an ahistorical free-for-all, where contemporaneity as an indicator of new form is nowhere to be found, and all eras coexist. This profligate mixing of past styles and genres can be identified as a kind of hallmark for our moment in painting, with artists achieving it by reanimating historical styles or recreating a contemporary version of them, sampling motifs from across the timeline of 20th-century art in a single painting or across an oeuvre, or radically paring their language down to the most archetypal forms.
The artists in this exhibition represent a wide variety of styles and impulses, but all use the painted surface as a platform, map, or metaphoric screen on which genres intermingle, morph, and collide. Their work represents traditional painting, in the sense that each artist engages with painting’s traditions, testing and ultimately reshaping historical strategies like appropriation and bricolage and reframing more metaphysical, high-stakes questions surrounding notions of originality, subjectivity, and spiritual transcendence.
The exhibition includes works by Richard Aldrich, Joe Bradley, Kerstin Brätsch, Matt Connors, Michaela Eichwald, Nicole Eisenman, Mark Grotjahn, Charline von Heyl, Rashid Johnson, Julie Mehretu, Dianna Molzan, Oscar Murillo, Laura Owens, Amy Sillman, Josh Smith, Mary Weatherford, and Michael Williams.
ler e ver mais aqui e aqui

Começar o ano com ...

... uma honesta confissão



Público

É como se diz no título: passei toda a vida erradamente convencido de que todas mas todas as praias de Portugal eram propriedade pública e só agora é que aprendo que não. Não me custa reconhecer que devo ter confundido a noção de domínio público com a de propriedade pública. Mas estou certo que é a pertença ao domínio público que torna impossível qualquer proibição de acesso dos cidadãos a qualquer praia de Portugal.