09 novembro 2012

Urgente Banco Intelectual contra a Reaccionarice

Quando isto
já for miséria, apite drª Jonet !




Coisas intrigantes

Lisboa passou a ser Kabul ?
Há uma revolta local dos "cafres" ?


E ainda não houve ninguém na Alemanha que explicasse à senhora Chanceler que tanta pressa e tanto espalhafato de segurança quando visita um país europeu fala como um livro aberto. Qualquer videoconferência retransmitida pelas televisões resolvia o problema...

08 novembro 2012

E agora nos EUA ?

Lembram-se ?


(VER TIPO DE ABORDAGEM ENTÃO FEITA AQUI)

Nem no Público nem em qualquer outro jornal encontro qualquer manchete como esta que o Público deu à estampa em 9 de Outubro a respeito das eleições na Venezuela exclusivamente com base nos números eleitorais. E, no entanto, nos EUA, o resultado foi bastante mais apertado. Basta dizer que Chavez com cerca de 8 milhões de votos teve mais um milhão que Capriles e que, portanto, Obama, para equiparar Chavez, como teve  60 milhões de votos, devia ter tido 6 milhões de votos de vantagem sobre Romney e não 2,8 milhões. Ah, e como era de esperar, isto que previ aqui e se confirmou, não incomoda nem faz reflectir ninguém. The show must go on !

***
Entretanto, na nação tecnologicamente
mais avançada do mundo:

«(...) O próprio sistema de votação
electrónica também apresentou falhas.
Chegaram vídeos amadores ao Youtube,
amplamente difundidos pelas
televisões norte-americanas, de situações 
em que um eleitor carregava no ecrã
para votar em Barack Obama e a máquina
seleccionava Mitt Romney.
Outro factor que terá contribuido
para as longas filas de espera
é o facto de as eleições norte-americanas
serem à terça-feira, e não ao domingo
como é hábito noutros países.
Istp leva a que muitas pessoas se
desloquem para as assembleias de voto
até antes de estas abrirem, geralmente 
às 07h.00, para poderem voltar a
 tempo de chegar a horas ao trabalho.»

João Dias, no Público

***
Em The Nation, Kathrina vanden Heuvel
proclama que 
It's Time to End the Electoral College

07 novembro 2012

Elogio da coerência

Seguro ontem
e Seguro e o PS há 40 dias



na 1ª página do Público de hoje


texto aqui 

Eleições nos EUA

Obama reeleito, novo
mandato muito dificultado



Obama é reeleito, graças sobretudo às vitórias no Ohio, na Florida e na Pensilvânia, consegue mais 2,5 milhões de votos que o neandertal do Romney (em 2008 tivera mais 10 milhões de votos que McCain) e tendo de contar com uma significativa vitória dos republicanos para a Câmara dos Representantes. Deu para ganhar ainda assim com uma folga apreciável mas, explicações haverá muitas, o grande movimento de esperança de 2008 já se esvaiu em boa parte.

P.S.: Talvez mereça ficar registado que, por causa das pressas das previsões e de resultados reais ínfimos, muitos em Portugal se terão deitado às 2 da manhã admitindo que Romney poderia ganhar ou que teríamos mesmo um 2000 ao contrário (ou seja, Romney com mais votos, Obama reeleito). Porém, acordando esta manhã, tiveram de concluir que foi um inútil e desnecessário sobressalto.

ver últimos dados,
 por exemplo,
aqui.


"Autópsia" do voto em Obama
aqui no Le Monde

06 novembro 2012

Lembre-se quando lhe falarem da falência da segurança social

Bingo ! ou rien ne va plus




E, com tantos órgãos de informação, a integrarem as despesas com a segurança social, ao lado das com a saúde e a educação, nas «despesas do Estado», aproveito a boleia desta manchete do CM para esclarecer que essa mistura é errónea e perversa pois as despesas com a segurança social são, no essencial, pagas com os descontos dos trabalhadores e das entidades patronais.

Hoje nos EUA

Se as coisas forem
como de costume...






(Em 2008: população em idade de votar : 229,945 milhões; votos entrados : 127,217 milhões)

05 novembro 2012

Coisas que acontecem

Num ponto, Miguel S. Tavares
junta-se aos «estalinistas»


Com um atraso compreensível para quem, por fria decisão, não compra o Espesso, acabo de saber que Miguel Sousa Tavares, pessoa sobre qual julgo não escrever há muito tempo (já tive a minha conta na vida, ó se tive !) escreveu lá para o final do seu artigo deste sábado, todo ele de defesa das alegadas inevitabilidades do costume, que «a CGTP mudou para uma linha estalinista pura e dura, à semelhança do seu novo secretário-geral»  e que «a  rua despertou, conseguindo até juntar as tropas comunistas saudosas de novo sequestro da Assembleia da República ao peculiar sindicalismo dos estivadores do porto de Lisboa, ao estilo do sindicalismo dos anos 30 em Chicago».

Ora acontece que, no inicio do artigo,, M.S.T. escreve que «Com a falta de senso político que o caracteriza, Passos Coelho vem agora propor ao PS uma “refundação do acordo com a troika”. Para começar, explicou-se mal: ele não pretende refundar o acordo, pretende sim dar-lhe cumprimento integral — o que até agora não fez. Refundar o acordo seria fazer ver aos nossos prestamistas que, nestes prazos e com estes juros, e sem políticas que devolvam vida à economia, jamais teremos salvação».

Ora, com esta última parte sublinhada, o que M.S.T. vem copiar de forma escolar e atrasada (porque suponho que não o disse quando fazia mais falta que o dissesse, ou seja de início) é o mesmo ou similar ao que desde sempre disseram aqueles que ele continua a chamar de «estalinistas», sendo que das duas uma: ou ele não sabe o que outros muito antes dele disseram e julga que descobriu ele a pólvora ou então não se importa com estas suas convergências pontuais com correntes políticas que tem difamado toda a vida.

Creio sinceramente que era tempo de Miguel Sousa Tavares ultrapassar um seu velho trauma: é que muitos leitores não o saberão, mas, no final de Agosto de 1991, escreveu no Semanário que «O PCP acabou ainda e bem». 

Eu até posso compreender que, a M.S.T., de cada vez que se refira aos comunistas, lhe doa esta sua sentença clamorosamente falhada. Mas, ó homem, foi há 21 anos, espírito ao largo, águas passadas, também eu todos os anos (mentira!) prevejo que o Sporting vai ganhar o campeonato !

Paulo Portas e ...

... uma descarada
falsificação da história



Esta afirmação foi feita pelo ministro Paulo Portas na passada-sexta-feira no encerramento do debate na generalidade do OE/2013 e, por isso, não é tarde de mais para voltar a ela como descarado exercício de rasura da história.

Dito assim, e mais não disse Paulo Portas, poderá alguém mal informado pensar que ao longo de décadas e décadas a classe operária e gerações de trabalhadores da Europa, além do trabalho produtivo, andavam sobretudo entretidos a beber copos nas tabernas e a jogar o chinquilho e, que sem que eles tivessem pedido nada, reclamado nada e lutado por nada, os democratas-cristãos, os sociais-democratas e os socialistas lhes foram oferecendo numa bandeja toda uma série de conquistas e regalias sociais que, progressivamente e no seu conjunto, viriam a constituir o normalmente chamado «Estado Social».

Desenganem-se pois todos os que, em livros de história ou em qualquer outra fonte de informação, ouviram falar das lutas heróicas dos trabalhadores durante a Revolução industrial e de todo o riquíssimo património de milhares e milhares de lutas desencadeadas e de milhares de actos repressivos e centenas de mortos sofridos pelo movimento operário, a partir de certa altura com uma contribuição determinante dos partidos comunistas, para já não falar do peso que, nas concessões a que os partidos no poder foram forçados, tevena época a capacidade de atracção gerada pelas conquistas sociais na União Soviética.

Fiquem-se pois pela mentirosa teoria da bandeja e da generosidade das famílias políticas invocadas por Paulo Portas. E nem sequer lhe lembrem, para não o perturbar, que, naquele contexto histórico, se está a referir a partidos sociais-democratas ou socialistas então ainda sob a influência maior ou menor do marxismo. E também nem sequer lhe perguntem de que lado é que estavam ou estiveram os partidos democratas-cristãos (ou as similares direitas) em embates tão cruciais como as medidas progressistas da  Frente Popular em 1936 ou Acordos de Grenelle em 1968, ambos na França.

Sim, não desasosseguem o homem: ele vê bondades governantes e avenidas de facilidade e mares de rosas onde a história regista sangue, suor, lágrimas, sacríficios sem conta dos trabalhadores e do movimento operário e sindical. É o que lhe convém.

Ulrich tem razão

Ai aguentam, aguentam !


manchete do Público
... nem que seja preciso transformar Portugal numa imensa cantina social !.