21 setembro 2011

Porque no outro dia falei da «composição a chumbo»

Revisiting Linotype



Today is a very special day – not only in the history of the Linotype, but also in the history of communication and technology.
On this date in 1886, the German clockmaker, Ottmar Mergenthaler demonstrated the first Linotype Type Casting Machine at the New York Tribune in New York City, USA. In front of a gathering of printers, newspaper men and reporters, the machine was first put in to production, casting lines of printable type for the Tribune.
At this demonstration, Mergenthaler sat at the machine and cast the first line of type. It is alleged that Whitelaw Reid, the owner of the Tribune, exclaimed “Ottmar! You’ve done it! A line of type!” A reporter asked what the new machine was called and Reid replied, “Why yes, we do have a name. We are going to call it the Linotype.”
This simple demonstration was the culmination of 10 years of extremely hard work by Mergenthaler. His genius and skills were put to the task of inventing a machine that would revolutionize the world. His Linotype sped up the production of printable type and singlehandedly caused the biggest revolution in printing and communication since Gutenberg.
It can be said that the Linotype was the “Twitter of 1886″ for it sped up the spread of information at a dramatic rate. Without the Linotype, news and information moved slowly, but now, people could read the news within hours of the event. Due to the speed and low cost of printing, literacy dramatically increased as more and more books and newspapers were published.
So let us always remember July 3rd, the genius inventor, Ottmar Mergenthaler and his fascinating machine that revolutionized the world.



Linotype: The Film is a feature-length documentary centred around the Linotype typecasting machine. We are excited to announce a second Kickstarter project to help us cover post-production expenses. We need your help with the expenses of editing, colour-correction, sound mixing, motion graphics, music acquisition and archival footage.

With your help, we can deliver the highest quality production possible. Please read on to learn more about becoming involved with our project, and then visit the Kickstarter page to learn about the rewards. Your involvement is vital for bringing this project to fruition.


About the Film
Called the “Eighth Wonder of the World” by Thomas Edison, the Linotype revolutionized printing and society. Very few people know about the inventor, his fascinating machine, or the revolution it sparked. The Linotype brought about a change in communication as dramatic as Twitter today.

The film tells the surprisingly emotional story of the people connected to the Linotype and how it impacted the world. We have discovered that the Linotype was more than just a machine – it was a career, a skill, and a passion. Even in the face of modern technology, many still believe it to be the best way to create beautiful typography.

Although the film is about a machine from the past, we have found that the Linotype is still a relevant piece of printing technology that has something to say about the future of communication and news.


20 setembro 2011

A história registará (com espanto!)


Portugal,
20 de Setembro de 2011



Daqui por três ou quatro décadas, investigadores ou historiadores em viagem pelas páginas amarelecidas em hemerotecas ou  por reluzentes  arquivos digitais, descobrirão de boca aberta que no dia 20 de Setembro de 2011 um jornal português fazia chamada de 1ª página para o aumento trinta cêntimos e dois euros  no auxílio à compra de manuais escolares. Mas esses futuros investigadores, a tal distância, não terão condições de saber se a chamada de 1ª página era uma sacanice feita ao governo de então ou um preito de homenagem à coragem e sensibilidade social dos governantes em época de tão grave crise.Talvez um outro mais desconfiado procure em edições dos meses seguintes se porventura minitros passaram a ser recebidos com chuvas de moedas de cêntimos lançadas pela populaça.

Por causa da crise, recordando...

The Kinks



The 'Class War' Debate—in Music, Courtesy of the Kinks

Back when I was a young whippersnapper—shortly after Noah and the Flood, in Rick Perry’s account—I was a huge fan of Ray Davies and The Kinks [1964-1996], going back to the early days of the British Invasion. The group became more of a cult favorite after a few years, but I hung with them, and even got to meet and interview Ray a couple of times for my old magazine Crawdaddy. 

Now it strikes me that in the 1960s and early 1970s they recorded at least three classic songs, only one of them well-known (“Sunny Afternoon”), that portray today's economic situation and alleged “class war” in the USA.  So here they are.

First, representing the plight of the poor and working class:


Then,, the rich, worried about losing
their yacht and all they got


And finally, “Money and Corruption,”  where “crooked politicians betray the working man.”   Promises, promises,“all we get are promises.”


19 setembro 2011

A pobreza americana e os neoliberais europeus

Uma data de americanos
que são uns tontos


De cada vez que alguém como eu e outros citamos e informamos sobre dados preocupantes relativamente à pobreza e outras desigualdades sociais nos EUA, há sempre uns rapazes que melhor não têm do que desvalorizar os dados, designadamente ensinando o padre-nosso ao vigário, ao insistirem  que estamos, nestas matérias, sempre a falar de pobreza relativa e nunca esquecidos que um pobre português vive pior que um pobre americano ou francês ou que vive melhor que um pobre indiano, sem que isso em nada diminua, atenue ou console cada país ou sociedade que vive o seu próprio problema da pobreza.

Agora, o oficialíssimo USA Census Bureau acaba de publicar um relatório em que revela que a pobreza atingiu nos EUA o maior número de cidadãos - 46,2 milhões - desde há 52 anos (o que não significa um aumento da percentagem - 15,1% da população - dado o aumento desta ao longo destas seis décadas).

A propósito disto, nos próprios EUA veio logo um estudo pago pela ultra-conservadora Heritage Foundation demonstrar que o padrão de vida dos pobres actuais era entretanto superior aos do pobres da Grande Depressão ou dos anos 60, coisa que havia de estar clara até a olho nu.

Os que costumeiramente em Portugal costumam responder sobranceiramente a estes dados sobre a sociedade americana (e, ai, os sobre as crianças são de fugir !) nunca me explicam é porque é que o USA Census Bureau perde tempo e dinheiro em certamente dispendiosos e complexos inquéritos anuais, que universitários em barda escrevem livros sobre o tema, que ene associações públicas privadas assumem a causa do combate à pobreza e que, por exemplo, o New York Times acaba de divulgar um extenso material sobre estes últimos dados do USA Census Bureau. Devem ser todos tontos.





ver melhor aqui
ou clicar na imagem.

O «Público» e as eleições no Estado de Berlin

Critérios, critérios



Leio no Público uma notícia de 14 linhas sobre as eleições ontem realizadas no Estado de Berlim. Reparo então que a notícia refere o resultado de apenas 4 partidos : o do SPD (29,5%), o da CDU (23,5), o do FPD (2%, sem obter representação) e a surpresa do Partido dos Piratas (7%). Se outras razões não houvesse, e há pois trata-se de Berlim, dou comigo a reparar que a soma desses resultados dá apenas 62% e que para 100% falta alguma coisa. E descubro que até a Wikipédia já informa (ver abaixo) que o Público se esqueceu do resultado  da Aliança 90-Verdes (com 17,6%) e de  Die Linke
por sinal a quarta força mais votada com 11,6% e cujo resultado tem significado político (neste caso não positivo) porque se trata da força que era aliada do SPD na governação do Estado.
Enfim, deve ser apenas o velho e crucificante drama jornalístico da fala de espaço.

18 setembro 2011

E terminando o dia com a portuguesa


Susana Santos Pinto






Do álbum Devils Dress

De novo em Lisboa

Estrella Morente


No El País online, desenvolvida e elogiosa notícia sobre a actuação de Estrella Morente, ontem em Lisboa, no Festival de Flamenco a decorer até hoje no Coliseu dos Recreios.

Pelo reconhecimento da Palestina como membro da ONU

Amanhã, 18 hs., Casa do Alentejo



70 FIGURAS PÚBLICAS DA SOCIEDADE PORTUGUESA SUBSCREVEM APELO AO RECONHECIMENTO DO ESTADO DA PALESTINA COMO MEMBRO DE PLENO DIREITO DA ONU

Correspondendo a uma iniciativa do MPPM, sete dezenas de individualidades representativas de todos os sectores da sociedade portuguesa, em que se incluem três galardoados com o Prémio Pessoa, subscreveram um apelo em que recomendam o Governo Português "a adopção, em todos os fóruns internacionais, e designadamente no Conselho de Segurança e na Assembleia-Geral da ONU, de uma posição favorável ao reconhecimento do Estado da Palestina, nas fronteiras anteriores a 1967, incluindo Jerusalém Oriental, como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas". Os subscritores incluem professores universitários e investigadores, deputados ao Parlamento Europeu e à Assembleia da República, autarcas e vereadores, dirigentes sindicais, artistas plásticos, encenadores e actores, escritores e poetas e profissionais liberais.
O documento passa em revista os 64 anos decorridos desde que, em 1947, a Assembleia-Geral da ONU, aprovou a resolução número 181 que estabelecia o princípio da criação de dois estados, até ao presente, em que apenas o estado de Israel foi formalmente constituído e aceite como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas, e remata: "Neste contexto, o reconhecimento do estado da Palestina, nas fronteiras anteriores a 1967, incluindo Jerusalém Oriental, como membro de pleno da Organização das Nações Unidas, constitui uma directa e legítima decorrência dos princípios consagrados, desde 1947, nas resoluções pertinentes da ONU. Tal decisão não exclui nem compromete a necessária regulação bilateral futura que determinará o desenho internacionalmente reconhecido das fronteiras do novo estado da Palestina. No quadro presente, contudo, atentas as ameaças que impendem sobre a viabilidade de uma resolução para este conflito justa e conforme com o direito internacional, o reconhecimento pleno direito da Palestina no seio da Organização das Nações Unidas traduz um renovado compromisso da comunidade internacional na implementação do princípio dos dois estados e apresenta-se, por isso, como uma contribuição útil para tornar realidade a sua concretização".

17 setembro 2011

Porque hoje é sábado (306)


Roseanne Vitro
 

A sugestão musical de hoje é dedicada
a uma grande cantora e songwriter de jazz,
a norte-americana Roseanna Vitro,último álbum se intitula
Roseanna Vitro and the music

of Randy Newman.





Sail Away

Um buraco sonegado e maior que a ilha

Bem pregam os freis laranjas



Se é barro atirado à parede, respondo que...

... nem 20%, nem 10%, nem 5%,tenha a EDP lucros menos exorbitantes !


~

A respeito desta notícia que parece parida por um spin governamental que aposta na técnica «sabendo que vai ser menos, façamos correr que vai ser de 30% o aumento de electricidade porque depois o povo vai dizer "vá lá, do mal o menos, não foi tanto como se disse"», só quero lembrar três coisas.

A primeira é que ainda há poucas semanas foi anunciado um extraordinariamente gravoso aumento do IVA sobre a electricidade.

A segunda é que tenho à minha frente uma factura da EDP referente a dois meses de consumos (ainda com o IVA a 6%) e com um valor total de 143.33 E. e onde se pode ler em letra pequenina : «* o valor indicado inclui os custos relativos ao uso das redes e os custos de interesse económico geral decorrentes das medidas de política energética, no valor de 73,10 E


A terceira é que talvez convenha lembrar aos que agora mandam que candeeiros a petróleo ou mesmo candeias podem dar para comermos ou queimar as pestanas mas não dão para fazer funcionar fogões, esquentadores, frigoríficos, televisores, rádios, computadores, campaínhas das portas e toda uma infindável série de sibaríticos luxos a que nos habituámos e que na última década tanto contribuiram a situação em que o país está.

16 setembro 2011

O "Público" e a Líbia ou...

...vejam como eu sou ingénuo

No post anterior, de ontem, dei como certo que hoje a edição impressa do Público não deixaria  de trazer uma notícia,  semelhante à do El País, sobre as declarações de novas autoridades líbias sobre o carácter e identidade islâmica do novo regime juridicamente regulado pela chamada Sharia.

Acontece que, na edição impressa do Público de hoje, não há nem uma linha sobre o assunto, havendo muitas sobre a visita de Cameron e Sarkozy. 

Mas estejam os leitores descansados, qualquer dia algum jornalista ou colunista daquele jornal (neste caso de não-referência) vir-nos-á doutamente ensinar que,  em maior ou menor grau, todos os regimes fundados na Sharia são propícios a porosidades e cumplicidades com a Al Qaeda e grupos afins.

15 setembro 2011

Maravilhas da imprensa portuguesa

Diferença horária,
mau vento e mau casamento ?


Via Bruno de Carvalho do «cinco dias» chego a importantes e esclarecedoras declarações  do presidente interino da Líbia ,Mustafá Abdel Yalil (antigo ministro da Justiça de Kadahfi),  reproduzidas em  El País  que anunciou que a Sharia (Corão) será a fonte jurídica do país e de um  vice-ministro, Al Gehmy,  que enunciou um principio democrático do mais alto valor, a saber  que «el borrador de la Constitución por la que se regirá el país establece que todos los "hombres y mujeres" son iguales ante la ley independientemente de su religión, su lengua, su tribu y su sexo. "Y así seguirá siendo", asegura. Sin embargo, se obligará a las mujeres a no emprender ningún viaje de larga distancia sin la compañía de un hombre».

Entretanto, quer na edição impressa de hoje quer na edição online do Público não encontro semelhante notícia embora online encontre a de que «Sarkozy e Cameron acolhidos em euforia na primeira visita à Líbia libertada». 

Enquanto não se esclarece em relação às viagens ao estrangeiro se são elas que os levam pela trela ou o contrário, resta-nos a consolação que pelo menos amanhã certamente o Público se ocupará deste momentoso assunto.

E concluo desabafando que, em matéria de imprensa escrita, há enigmas que sempre me perseguiram: o mais pequeno é este frequente atraso em relação à imprensa espanhola; o maior é que, depois de tão fenomenais avanços tecnológicos, os jornais passassem a «fechar» muito mais cedo do que no tempo da composição a chumbo.

Pérolas ao acaso ou talvez não

The Corrs e The Chieftains

14 setembro 2011

Ai, a esquecida cronologia

Como cheguei agora da Lua ...





... e só nasci em 1945, sempre que, como acontece na caixa de comentários deste post, vejo uma vasta  rapaziada a falar do horrendo, terrível e repugnante  «pacto germano-soviético», só me apetece fazer uma inocente pergunta: importam-se V. Exas de me informar qual é a data do pacto germano-soviético e qual é a data do Pacto de Munique ?


Bem-vindo, Pedro Osório !



O Beijo do Sol

Video-clip realizado por Pedro Osórioem torno de uma  música tradicional
do Quénia a incluir no seu próximo álbum
"Cantos da Babilónia".

Muito mais mortos que no WTC


Afeganistão nove anos depois





vídeo do NYT aqui

Não que seja a primeira vez mas o ataque ontem, em plena Cabul, dos talibans à Embaixada dos EUA e ao QG da NATO trouxe novamente para as headlines a calamitosa situação militar que os EUA e a NATO defrontam naquele país nove anos depois da sua invasão.


Por causa das moscas que sempre pousam nestas alturas, talvez valha a pena esclarecer que não partilho nada da ideia de que, sempre e sempre, quem combate os meus inimigos meu amigo é, e também que por talibans e outros mujahedines ( outrora tão amados, armados e financiados pelo Ocidente) só tenho asco político. E ainda confesso  humildemente que não sei qual é a solução razoável ou viável para a questão afegã e até declaro que não tenho nenhuma obrigação de a ter.


Por hoje, e apenas querendo dizer o que fica literalmente aí escrito e nada mais, só venho lembrar um facto muito esquecido que, de um ponto de vista comparativo, ajuda a iluminar a dimensão do fracasso militar dos EUA e da NATO no sofrido Afeganistão: é que, apesar de defrontarem uma vasta e poderosa coligação (muito mais impressionante do que os limitados apoios actuais dos talibans) de mujahedines, EUA, ditadura do Paquistão e Cia., as tropas do regime de Mohammed Nadjibullah, já depois da retirada soviética, ainda resistiram três anos.





Desemprego

Cartoons com drama dentro


13 setembro 2011

E hoje sem explicação

 
Hora Grave
de Rainer Maria Rilke
 


Quem agora chora em algum lugar do mundo,
Sem razão chora no mundo,
Chora por mim.


Quem agora ri em algum lugar na noite,
Sem razão ri dentro da noite,
Ri-se de mim.

Quem agora caminha em algum lugar no mundo,
Sem razão caminha no mundo,
Vem a mim.
Quem agora morre em algum lugar no mundo,
Sem razão morre no mundo,
Olha para mim.

Uma recente revelação

Tina Mindle





The Kingdom

Austin