16 setembro 2011

O "Público" e a Líbia ou...

...vejam como eu sou ingénuo

No post anterior, de ontem, dei como certo que hoje a edição impressa do Público não deixaria  de trazer uma notícia,  semelhante à do El País, sobre as declarações de novas autoridades líbias sobre o carácter e identidade islâmica do novo regime juridicamente regulado pela chamada Sharia.

Acontece que, na edição impressa do Público de hoje, não há nem uma linha sobre o assunto, havendo muitas sobre a visita de Cameron e Sarkozy. 

Mas estejam os leitores descansados, qualquer dia algum jornalista ou colunista daquele jornal (neste caso de não-referência) vir-nos-á doutamente ensinar que,  em maior ou menor grau, todos os regimes fundados na Sharia são propícios a porosidades e cumplicidades com a Al Qaeda e grupos afins.

15 setembro 2011

Maravilhas da imprensa portuguesa

Diferença horária,
mau vento e mau casamento ?


Via Bruno de Carvalho do «cinco dias» chego a importantes e esclarecedoras declarações  do presidente interino da Líbia ,Mustafá Abdel Yalil (antigo ministro da Justiça de Kadahfi),  reproduzidas em  El País  que anunciou que a Sharia (Corão) será a fonte jurídica do país e de um  vice-ministro, Al Gehmy,  que enunciou um principio democrático do mais alto valor, a saber  que «el borrador de la Constitución por la que se regirá el país establece que todos los "hombres y mujeres" son iguales ante la ley independientemente de su religión, su lengua, su tribu y su sexo. "Y así seguirá siendo", asegura. Sin embargo, se obligará a las mujeres a no emprender ningún viaje de larga distancia sin la compañía de un hombre».

Entretanto, quer na edição impressa de hoje quer na edição online do Público não encontro semelhante notícia embora online encontre a de que «Sarkozy e Cameron acolhidos em euforia na primeira visita à Líbia libertada». 

Enquanto não se esclarece em relação às viagens ao estrangeiro se são elas que os levam pela trela ou o contrário, resta-nos a consolação que pelo menos amanhã certamente o Público se ocupará deste momentoso assunto.

E concluo desabafando que, em matéria de imprensa escrita, há enigmas que sempre me perseguiram: o mais pequeno é este frequente atraso em relação à imprensa espanhola; o maior é que, depois de tão fenomenais avanços tecnológicos, os jornais passassem a «fechar» muito mais cedo do que no tempo da composição a chumbo.

Pérolas ao acaso ou talvez não

The Corrs e The Chieftains

14 setembro 2011

Ai, a esquecida cronologia

Como cheguei agora da Lua ...





... e só nasci em 1945, sempre que, como acontece na caixa de comentários deste post, vejo uma vasta  rapaziada a falar do horrendo, terrível e repugnante  «pacto germano-soviético», só me apetece fazer uma inocente pergunta: importam-se V. Exas de me informar qual é a data do pacto germano-soviético e qual é a data do Pacto de Munique ?


Bem-vindo, Pedro Osório !



O Beijo do Sol

Video-clip realizado por Pedro Osórioem torno de uma  música tradicional
do Quénia a incluir no seu próximo álbum
"Cantos da Babilónia".

Muito mais mortos que no WTC


Afeganistão nove anos depois





vídeo do NYT aqui

Não que seja a primeira vez mas o ataque ontem, em plena Cabul, dos talibans à Embaixada dos EUA e ao QG da NATO trouxe novamente para as headlines a calamitosa situação militar que os EUA e a NATO defrontam naquele país nove anos depois da sua invasão.


Por causa das moscas que sempre pousam nestas alturas, talvez valha a pena esclarecer que não partilho nada da ideia de que, sempre e sempre, quem combate os meus inimigos meu amigo é, e também que por talibans e outros mujahedines ( outrora tão amados, armados e financiados pelo Ocidente) só tenho asco político. E ainda confesso  humildemente que não sei qual é a solução razoável ou viável para a questão afegã e até declaro que não tenho nenhuma obrigação de a ter.


Por hoje, e apenas querendo dizer o que fica literalmente aí escrito e nada mais, só venho lembrar um facto muito esquecido que, de um ponto de vista comparativo, ajuda a iluminar a dimensão do fracasso militar dos EUA e da NATO no sofrido Afeganistão: é que, apesar de defrontarem uma vasta e poderosa coligação (muito mais impressionante do que os limitados apoios actuais dos talibans) de mujahedines, EUA, ditadura do Paquistão e Cia., as tropas do regime de Mohammed Nadjibullah, já depois da retirada soviética, ainda resistiram três anos.





Desemprego

Cartoons com drama dentro


13 setembro 2011

E hoje sem explicação

 
Hora Grave
de Rainer Maria Rilke
 


Quem agora chora em algum lugar do mundo,
Sem razão chora no mundo,
Chora por mim.


Quem agora ri em algum lugar na noite,
Sem razão ri dentro da noite,
Ri-se de mim.

Quem agora caminha em algum lugar no mundo,
Sem razão caminha no mundo,
Vem a mim.
Quem agora morre em algum lugar no mundo,
Sem razão morre no mundo,
Olha para mim.

Uma recente revelação

Tina Mindle





The Kingdom

Austin