03 abril 2012

A «americanização» do PS

Uma curta informação



A pensar em todos os que se tenham conseguido interessar pela novela das alterações aos Estatutos do PS, informo que não tenciono comentar o assunto em detalhe, a não ser para escrever que me parece tratar-se de uma patente «americanização da sua vida interna (harmonização da eleição do líder com os calendários de legislativas [reforço do chamado
«regime de chanceler», não é Medeiros Ferreira ?], primárias para candidatos a deputados [meu Deus, será que o líder vai perder a sua «quota» ? ] e autarcas, etc).
Venho só informar para quem não saiba que no PCP apenas o Congresso pode alterar os Estatutos, que esta competência é indelegável e que é obrigatório que o tema conste não apenas da ordem de trabalhos aprovada em Congresso mas conste também dos temas indicados para o debate preparatório do Congresso em todas as organizações do Partido.

02 abril 2012

Dizem que são democratas-cristãos ...

Sabendo-se que os doentes gastam
menos, 
bem podem levar mais
um corte de 10 ou 5% no subsidio!
No Público online : «(...)De acordo com o jornal, no caso do subsídio por doença serão agora criados vários escalões, que começam em 55% da remuneração de referência para baixas inferiores a um mês e sobem para 60%, nos casos de baixa entre um mês e 90 dias.(...)»

Recordações

Mal «acomparado»


Podem crer, eu só suficientemente honesto para saber que, a diversos títulos, os assuntos ou casos não têm comparação possível. Mas, o que é que querem, ao ler esta manchete do Público hoje, lembrei-me tão automática quanto injustamente daquela vez há muitos e muitos anos em que, num intervalo de um qualquer colóquio internacional, um intelectual italiano nos contava  bem disposto um dos muitos exemplos do conúbio da Democracia Cristã com a Máfia na Sicília: nem mais nem menos, a construção de uma autoestrada que terminava subita e definitivamente numa ravina.

01 abril 2012

Para o seu domingo

Born in Flames



  a ouvir aqui.

Uma figura notável da cultura portuguesa

Mais um abraço para
José Cruz dos Santos




Para quem porventura não conheça esta singular e grande figura da cultura portuguesa, são a não perder as duas páginas que, com texto de Luís Miguel Queiroz, o Público de hoje dedica ao editor, «príncipe da edição portuguesa» já lhe chamei, José Cruz dos Santos.E, enquanto mando mais um abraço fraterno a este amigo distante, só pergunto aos amigos, companheiros e camaradas do Porto e às instituições culturais da cidade: para quando a grande homenagem nacional que este homem e criador, este cidadão culto, íntegro e vertical a todos os títulos merece ?

Ontem em Lisboa

"Queremos trabalho,
 exigimos direitos!


Milhares de jovens desfilaram ontem em Lisboa em defesa dos seus direitos e aspirações. Pareceu-me que a generalidade da imprensa não reparou.

Manifestação das freguesias

Uma poderosa resposta que
devia levar o governo a ter juizinho !




A notícia do dia

Seguro encosta à esquerda


Sem prometer esquecer as responsabilidades passadas do PS, este blogue não pode, por razões de honestidade intelectual e política, passar ao lado da notícia do dia: a realização de uma conferência de imprensa por António José Seguro em que este anunciou duas coisas de enorme significado : a primeira é que o PS, independentemente do curso de negociações na especialidade com o PSD sobre legislação laboral, no final voltará contra; a segunda, mais importante ainda, é que o líder do PS deu o inesperado passo de se distanciar do memorando da troika e  declarou que, daqui em diante, o PS não se sentia mais comprometido com ele. Interrogado pelos jornalistas se isso não era uma traição ao legado de Sócrates e da anterior direcção do PS, Seguro respondeu calmamente que «de forma nenhuma», que a anterior do PS fez na altura o que lhe pareceu melhor para o país  e que as circunstâncias mudaram. A este respeito, Seguro sublinhou que o tempo passado desde a assinatura  do acordo tripartido com a troika demonstrou, de forma indiscutível, que a austeridade só tem para oferecer o agravamento do desemprego e dos problemas sociais e é o maior obstáculo ao crescimento económico, sem o qual a dívida do país nunca poderá ser paga.

31 março 2012

A NATO e a Líbia

Ele há civis e civis



Crónica de Berna González Harbour no El País de hoje, sob o título La hipocresía de Europa.

«Cuando Estados Unidos y Europa lograron el increíble éxito de que el Consejo de Seguridad de la ONU autorizara la operación en Libia, en un movimiento que aún guarda un coste monumental para la siguiente revolución (la siria), lo hizo con base a un elemento clave: los civiles. Esa fue la palabra mágica para que Rusia y China, los dos gigantes díscolos del club, tragaran con una intervención que realmente no querían. Fue así como, el 17 de marzo de 2011, el Consejo de Seguridad permitió "tomar todas las medidas necesarias" en Libia para "proteger a los civiles y a las áreas pobladas bajo amenaza de ataques". Con esas pinzas diplomáticas se sostuvo frágilmente la operación militar que arrancó el 19 de marzo, dos días después, y que desbordó ampliamente la "exclusión aérea" aprobada con la excusa de proteger a los civiles por doquier. Muerte de Gaddafi incluida.
No pasó mucho tiempo más para que, el 26 de marzo, barcos de la OTAN, entre ellos la fragata española Méndez Núñez, recibieran una alerta para socorrer una barca cargada de refugiados que intentaban huir de la guerra libia. Unos setenta náufragos estaban en peligro, sin agua ni comida, y fueron muriendo sin socorro, sin que que nadie se tomara la molestia de movilizar sus helicópteros o barcos de salvamento para rescatarles, como ha reflejado la investigación del Consejo de Europa.
Cómo esos ciudadanos habían abandonado el estatus de "civiles" dignos de una intervención militar de la OTAN para pasar al de "inmigrantes", indeseados, a los que cerrar el paso e inmerecedores del movimiento de una fragata, es la pregunta que hoy debemos responder. La OTAN ya ha hablado y ha reconocido que alertó a los buques situados en la zona. El Ministerio de Defensa español lo niega. Unos y otros deben dar una explicación creíble si quieren borrar la sospecha de la gigantesca hipocresía europea ante la inmigración.»

Porque hoje é sábado ( )

Tere Estrada


A sugestão musical de hoje é dedicada à
cantora mexicana Tere Estrada.




 El amor ruge como un leon

 
Torbellino de entregas

30 março 2012

Não vão ao médico não

Isto não é assunto
para morrer na praia

O seu a seu dono: só descobri este assunto graças a um post de Shyznogud no «jugular» que, fazendo o respectivo link, se limita a perguntar com sofisticação «I beg your pardon ?!».
Entretanto, eu resolvo dar já aí parte essencial da notícia no i e levanto sim a questão de saber se isto fica assim e, para o caso da responsabilidade do abuso e inaudito atrevimento pertencerem a escalões intermédios da administração pública deixo a interrogação pública sobre o que terão tais personagens por debaixo do cabelo e dentro do crâneo ?


Ficará na nossa memória

Deviam ter votado assim...





e já agora dois P.S. :

1. Este post não atinge a deputada do PS Isabel Moreira que votou contra.
2. O anúncio feito pelo PS de que, na discussão na especialidade, votará contra as disposições que vão para além do acordo com a troika é pura cortina de fumo para tentar confundir a opinião pública e  atenuar a imensa gravidade do que hoje aconteceu.


Entretanto, a não perder aqui
a crónica de Octávio Teixeira
 no Jornal de Negócios de hoje com o título 

Voltaram os «chupistas sonâmbulos»
de que falava o Luiz Pacheco ?




Aqui, no «cinco dias», Tiago Mota Saraiva mostra que os betinhos e betinhas da JSD além de reaccionários de fugir  são plagiadores descarados, usam imagens reais colhidas em lutas contra o que eles defendem e são, para os mais antigos, «chupistas sonâmbulos» como ironizava a Luiz Pacheco numa célebre invectiva.

A Espanha que luta

E foi assim


El País online

29 março 2012

Hoje em Espanha


acompanhe em directo aqui 

Norte-americanos...

... cansados da
guerra no Afeganistão




«WASHINGTON — After a series of violent episodes and setbacks, support for the war in Afghanistan has dropped sharply among both Republicans and Democrats, according to the latest New York Times/CBS News poll.
The survey found that more than two-thirds of those polled — 69 percent — thought that the United States should not be at war in Afghanistan. Just four months ago, 53 percent said that Americans should no longer be fighting in the conflict, more than a decade old.
The increased disillusionment was even more pronounced when respondents were asked their impressions of how the war was going. The poll found that 68 percent thought the fighting was going “somewhat badly” or “very badly,” compared with 42 percent who had those impressions in November.
The latest poll was conducted by telephone from March 21 to 25 with 986 adults nationwide. It has a margin of sampling error of plus or minus three percentage points.
The Times/CBS News poll was consistent with other surveys this month that showed a drop in support for the war. In a Washington Post/ABC News poll, 60 percent of respondents said the war in Afghanistan had not been worth the fighting, while 57 percent in a Pew Research Center poll said that the United States should bring home American troops as soon as possible. In a Gallup/USA Today poll, 50 percent of respondents said the United States should speed up the withdrawal from Afghanistan. (...)

Mais aqui no NYT

28 março 2012

Hoje foi assim...

... e assim será mesmo
quando já a voz nos doa !




Jorge Machado, deputado do PCP, hoje na AR sobre a revisão da legislação laboral: « (...) Ao contrário do que PS/PSD e CDS querem fazer querer, os problemas do nosso país não são os direitos dos trabalhadores. Não vamos ser mais competitivos, não vamos sair da presente situação, que a política de direita nos colocou, atacando quem trabalha.
A verdade é que alteração após alteração para pior do código do trabalho, os trabalhadores e o país ficaram piores, mais desemprego, mais endividamento, mais dependência.
O que é urgente é criar mais e melhores empregos e não agravar a exploração de quem cria riqueza no nosso país – os trabalhadores.
Já temos demasiados trabalhadores que empobrecem enquanto trabalham, já temos exploração que chegue. É hora de dizer BASTA.
Os trabalhadores só têm um caminho. Depois da grande Greve Geral importa continuar a lutar para derrotar este pacote laboral, o pacto de agressão, a Troika e os seus partidos, PS/PSD e CDS, nas empresas e nas ruas, contra a exploração, contra a injustiça, contra o empobrecimento, por um país mais justo, mais solidário e sem a exploração do homem pelo homem. Os trabalhadores podem continuar a contar com o PCP.»



27 março 2012

Os 25 anos de

Graceland de Paul Simon

 


Trailer do documentário de Under african skies de Joe Berlinger em que Simon regressa 25 anos depois à África do Sul para recordar a criação de Graceland . O documentário ganhou o prémio do público no recente festival  South by Southwest (SXSW)

Eleições na Andaluzia

PP ganha pela 1ª vez mas PSOE
e Esquerda Unida fazem maioria




Esquerda Unida duplica número de
deputados  e conquista mais 120 mil votos



Breve viagem a...

... baboseiras de Paulo Rangel



O deputado do PSD ao Parlamento Europeu, Paulo Rangel, em artigo hoje no Público, perpetra a seguinte pérola que mostra que nem os ares de Bruxelas lhe desentupiram as meninges : « (....) Por fim, faz-me evocar a forma invariavelmente "adjectiva" e adjectivada" como o PCP viu e vê a democracia. Para o PCP não existe democracia, mas existem sim democracias (política, económica e social). O PCP fala sempre em democracia económica e em democracia social  com o intuito de "desvalorizar" a democracia política, que isoladamente considerada, não passa de uma instituição burguesa e liberal.  O mesmo ocorre, aliás, com a liberdade. No discurso do PCP não há lugar para a liberdade, enquanto valor abstracto, mas apenas para as liberdades, as liberdades concretas (habitualmente denominadas "amplas liberdades").(...)».

Ora acontece que :