26 março 2012

Miudinhos com o PCP e...

.... sempre distraídos
com as regras do PSD



Lá se realizou mais um Congresso do PSD (o 34º) e mais uma vez, que eu tenha dado por isso, não houve nem um jornalista nem um comentador que reparasse numa clássica mas estranha característica da preparação dos Congressos daquele partido : é que, nele, os delegados ao Congresso são sempre eleitos nas secções respectivas bastante antes de ter terminado o prazo para a apresentação dos documentos que vão estar em discussão do Congresso. Ou seja, naquele partido, os delegados ao Congresso são eleitos fora de qualquer discussão política e colectiva dos documentos a debater no Congresso, conferindo-lhe as secções que os elegem um assumido cheque em branco individual. É a isto que se resume a participação democrática dos militantes do PSD na preparação dos Congressos do seu Partido.

Não estou a inventar: está aqui e sob esta fórmula irrefutável:





25 março 2012

Final de domingo com o


Masabumi Kikuchi Trio










Em boa hora


Alguns pontos nos is
postos 
por Américo Nunes


É com muito gosto e amizade que aqui publico um texto de Américo Nunes, ex-dirigente nacional da CGTP, desbaratando diversos sofismas e erróneas interpretações sobre a última greve geral. Este texto foi também enviado pelo autor a Arménio Carlos e à direcção da CGTP «como acto de saudação e solidariedade para contigo e para todos os membros o do Conselho e através da vossa representatividade a todos os dirigentes, delegados sindicais no activo, e trabalhadores que fizeram a greve de 22 de Março, pelo grande contributo que a sua realização deu à necessária luta do presente, e pelo que acrescentou ao grande e honroso património histórico do movimento sindical português.» 

Espanha

A história de um grupo de
padres que soube dizer não



Los 29 de Cervera del Río Alhama:Los falangistas se  llevaron a 29 vecinos de Cervera (26 hombres y tres mujeres) 
 a este paraje en El Carrascal de Villaroya. En 1977 sus fam
iliares hicieron un homenaje en la fosa y al año siguiente, exhumaron los restos.



No El País de hoje, a história de um corajoso grupo de padres que, ao contrário das posições da hierarquia, logo após a morte de Franco, se empenhou na exumação dos cadáveres de republicanos assassinados pelos franquistas.

Voltando a

Beata Pater em Blue


ouvir álbum aqui

24 março 2012

Agora como há 50 anos e...

... muito melhor do que vários jornais


O PCP assinala condignamente no seu sítio a passagem hoje do 50º aniversário do Dia do Estudante em 1962. Em coerência com o que já havia feito há 50 anos, num tempo de censura, repressão e clandestinidade.


Por uma vez...

... faço minhas as
palavras de Passos Coelho




Portas no Congresso do PSD

Um desabafo de P. ao ouvido de P.





Porque hoje é sábado ( )

Giardini di Mirò

A sugestão musical deste sábado
vai para a banda italiana de post-rock
 Giardini di Miró,
cujo último álbum se intitula Good Luck.
Good Luck

Presidenciais francesas

Uma boa notícia





23 março 2012

A escolha de fotos para 1ª página

Estética ou ideologia ?


Por causa da imagem acima, é hora de falar claro: a mim, pessoalmente, não fosse saber de há muito que preconceitos e caricaturas ensopam certas meninges, não me incomodaria nada que a este trabalhador (provavelmente mais novo do que eu) fosse dado o centro do topo do Público de hoje. Sim, eu olho para esta imagem e o que vejo  é um rosto marcado por uma vida dura de trabalho e só sinto orgulho por todos os que, mais carregados de anos, continuam a honrar compromissos de vida e de luta que só os engrandecem e enriquecem a história da democracia portuguesa.
Mas eu sei, de longa experiência, que não são estas impressões ou estes sentimentos que, em geral, comandam, na imprensa a escolha destas fotos. E sei tanto ou tão pouco que, por causa destas e doutras, cheguei a escrever várias vezes a piada de que todos mas todos envelhecemos excepto nas redacções dos jornais.
E deve ser por isso que nunca lhes passaria pela cabeça ter feito um topo de página como, de forma mal amanhada, se segue aí em baixo.


.

Não há pachorra !

Um dislate opinativo comentado
por uma minha ficção opinativa




O Público de hoje, para além de vários exercício de tiro ao alvo em Arménio Carlos, publica um breve texto de opinião sobre a greve geral da autoria de Nuno Ribeiro (por sinal, correspondente do jornal em Espanha e mais dado a escrever sobre o futebol espanhol) no qual consta a seguinte e inesquecível passagem (sublinhados meus): «(...) O secretário-geral da CGTP sentiu a necessidade de explicar as razões da greve geral. Lembrou os motivos, contextualizou o momento e negou outra alternativa que não fosse a forma suprema de luta. Não deixa de ser curioso que Arménio Carlos se sentisse obrigado a este exercício. Não por pedagogia mas, visto o que ontem se viu, por justificação. A urgência da greve geral , disse, é a iminente aprovação  do pacote de leis laborais  aprovado pelos parceiros sociais, à excepção da CGTP. Donde se conclui que o o ocorrido ontem seria de suficiente magnitude para mudar o sentido de voto da maioria. Arménio Carlos terá agora de explicar os motivos da aprovação, na próxima semana das novas medidas legislativas (...)»

Ora, este texto faz-me lembrar um texto de opinião que, há cerca de um mês, como convidado, escrevi para o Diário de Notícias, a propósito dos problemas laborais no Público. Só uma passagem:

«(...) Como é sabido e se encontra noticiado nesta edição, apesar da greve decidida pela Comissão de Trabalhadores do Público contra as reduções salariais e de efectivos e coberta por pré-aviso do Sindicato dos Jornalistas, aquele jornal esteve ontem presente nas bancas embora com um padrão de conteúdo e qualidade bastante inferior ao habitual. Não deixa de ser curioso que Nuno Ribeiro, porta-voz da CT daquele jornal tenha sentido a necessidade de explicar as razões da greve, sublinhando sobretudo que se estava a oito dias da entrada em vigor das gravosas alterações decididas pela administração do jornal dependente da SONAE. Donde se conclui que o recurso àquela forma suprema de luta tinha em vista obrigar a administração a revogar as suas decisões. Nuno Ribeiro terá agora de explicar os motivos da entrada em vigor daquilo que os trabalhadores do Público sempre consideraram uma intolerável agressão aos seus direitos e, bem assim, explicar a diferença entre o passo e a perna.(...)».

Não deveria ser necessário dizê-lo
mas este texto é mesmo,
 e por várias razões, uma ficção.


22 março 2012

No final desta grande jornada, só para lembrar que...

... a nossa luta vem de longe


Kristen Lems

   
 The Living Wage por Kristin Lems






Si, si puede por Linda Allen 
a ouvir aqui

PS e revisão da legislação laboral

Nojentos, perdoem mas
é o termo, 
até na escolha do dia



Os jornalistas e o lado errado
ou como evitar fotos destas




Acabo de ouvir na SIC Notícias uma referência a um comunicado da PSP (no sítio da PSP, parece que os comunicados de imprensa pararam em 30.12.2011) sobre as agressões a dois jornalistas) que é de deixar uma pessoa de cara à banda. Segundo a SIC, o comunicado refere não apenas que nestas situações, os jornalistas devem estar visivelmente identificados (o que não se discute) mas também que se devem colocar do lado da barreira policial.
Escusado será dizer que, com semelhante doutrina, os fotojornalistas poderão fotografar manifestantes mas não polícias em acção porque agora parece desenhar-se o grande conceito estratégico policial de «vai tudo raso». Muito conveniente, reconheçamos.
 E agora já não se ralam
com a imagem externa de Portugal ?



a legenda refere-se à agressão a Patricia Melo, fotojornalista da AFP.

Unidos e solidários








Maré Alta por Sérgio Godinho


United We Stand por Smokey Dymny

There's problems in the country, the economy's not for all
We're blaming the politicians, but it ain't them at all.
We've got to get together, we can do it all,
For united we stand; divided we fall.
For united we stand; divided we fall.

They've been raising our taxes for mor'n a hundred years,
Workers and children dyin'- parents shedding tears.
We can stop their bloody rip offs, well, we can do it all,
For united we stand; divided we fall.
For united we stand; divided we fall.

There's problems with our forests, our garbage and the air,
Corporations say they're green now, politicians that they care
But only you & I can set them straight, we can do it all.....
For united we stand; divided we fall.
For united we stand; divided we fall.

We've got too much unemployment, folks livin' on the streets,
Families at the food banks; they can't afford to eat.
We need income redistribution, we can do it all, For....
For united we stand; divided we fall.
For united we stand; divided we fall.
.

(...)

21 março 2012

Mais sobre o Portugal "laranja"

Ouçam com atenção !



A isto, o ministro da Saúde respondeu que não tinha conhecimento embora reconheça estar a estudar a introdução de materiais que possa ser reutilizáveis. Diz quem percebe alguma coisa disto, que isto da reutilização seria regressar aos anos 70 do século passado. E nunca nos esqueçamos que, no caso passado do sangue contaminado (no tempo e não necessariamente por culpa directa de Leonor Beleza) as empresas também davam todas as garantias sobre o «factor» que era importado.

Interpelação do PCP ao Governo

As palavras que têm de ser ditas




Miguel Tiago , deputado do PCP, na AR :(...) Essa modernidade, de mais exploração, menos salários e mais horário, é a modernidade dos patrões, a modernidade dos que não sabem o que é viver com os rendimentos do trabalho próprio, a modernidade dos senhores do dinheiro e do Governo.

É a modernidade dos que nunca saberão o que é viver sem estabilidade laboral, dos que nunca precisarão de esperar nas filas do centro de saúde ou do hospital, nas filas de um centro de emprego, dos que não precisam de acção social escolar, dos que engordam os lucros à custa do empobrecimento dos outros. Essa modernidade é o passado que os portugueses já venceram e certamente tornarão a vencer agora.

É contra esse regresso ao passado, essa modernidade bafienta, que os trabalhadores portugueses erguerão já hoje os piquetes para a greve geral de amanhã e contra essas políticas negarão um dia de trabalho, um dia de salário, mas também um dia de exploração.

Dizem-nos que acatar as medidas de austeridade, que acatar os roubos, que aceitar passivamente a destruição do nosso país, que emigrar, que desistir são as únicas soluções.
Que se aceitarmos o sacrifício agora, um dia melhor virá. Mas engana-nos e mente quem tal nos diz. A situação nacional demonstra precisamente o inverso: quanto maior for a aceitação destas medidas, mais ávidos e ferozes serão os que delas beneficiam.

Quanto mais submissos forem os Governos, quanto mais conformados estiverem os idosos, os jovens, os homens e mulheres que trabalham, mas longe irão os grandes grupos económicos na sua marcha de supressão de direitos, de exploração e de afundamento do país. É tão simples quanto olhar à nossa volta.
Tanto assim é que apenas o caminho contrário se mostra como solução: o caminho da luta, da valorização do trabalho e da produção nacional, do respeito pelos trabalhadores portugueses, de mais e melhor preparação dos jovens para a vida ativa, de mais cultura e de aprofundamento da democracia.
São esses os eixos de uma política necessária, de uma política patriótica ao serviço do povo que assuma o fim da ocupação nacional, que resgate a soberania nacional e devolva o poder ao povo. São esses os eixos absolutamente fundamentais para romper com o caminho de destruição, de afundamento, para reganhar das garras dos que enriquecem na sombra, na corrupção, na exploração, no roubo, o futuro e o presente do nosso país.
São esses os eixos que já amanhã, já hoje, todos os trabalhadores portugueses começam a construir ao assumir a luta como arma. São esses os pilares sobre os quais se edifica um país: trabalho, democracia e direitos e não roubo, corrupção e submissão. São esses os pilares que, com as suas armas, com a sua greve geral e tantas outras lutas, os trabalhadores portugueses erguerão.
Daqui deixamos um apelo, nas palavras do poeta “nada deve parecer impossível de mudar».
Nada é impossível de mudar.»

Juntos, firmes e determinados


 
Vídeo via «cinco dias»/Bruno de Carvalho