10 abril 2025

Propostas para a mudança necessária

 Apresentado o Compromisso
 Eleitoral do PCP

PAULO RAIMUNDO NA SESSÃO DE APRESENTAÇÃO

(...) «Trata-se de um programa e de um conjunto de propostas que incluem muitas medidas concretas e até imediatas, inseridas na ruptura com a política que tem sido seguida e que opta pelo caminho alternativo de que o País tanto necessita.

É um programa que rompe com a política do actual Governo e dos anteriores.

Um Programa que apresenta a perspectiva e a possibilidade de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, tão mais possível quanto o reforço da CDU.

O País precisa de um choque salarial, uma medida decisiva para o nosso futuro, uma necessidade sentida pela generalidade dos trabalhadores e, de forma particular, para os jovens e mulheres.

O aumento dos salários é uma emergência nacional que se impõe, é uma medida fundamental para que haja uma mais justa distribuição da riqueza que é criada.

Uma medida que é necessária para fazer face ao custo de vida e para tornar possível uma vida digna para os trabalhadores e as suas famílias, sendo decisiva para a diminuição da pobreza.

É decisiva para garantir um impulso ao consumo interno, elemento essencial para as micro, pequenas e médias empresas, 98% do tecido empresarial e que no fundamental dependem desse consumo. 

Os salários de hoje são as reformas de amanhã, logo melhores salários constituem também o reforço das receitas da Segurança Social e a garantia de melhores reformas.

Aumentar os salários é tudo isto: uma vida melhor, uma vida justa para quem trabalha, mais crescimento económico, melhores pensões e reformas.

A maioria, os que trabalham, os que põem o País e a economia a funcionar e que enfrentam as dificuldades do dia-a-dia, sabem, sentem e exigem que todos os salários aumentem de forma significativa agora, porque é agora que faz falta.

E aquilo que se impõe é fazer agora em matéria de salários o que conta para responder às exigências da vida hoje e não apenas promessas de montantes para daqui a uns anos.  

É respondendo a essa exigência que propomos o aumento do Salário Mínimo, já em Julho de 2025, para mil euros e o aumento geral dos salários em 15%, com 150 euros no mínimo para todos os trabalhadores.

Uma proposta urgente, necessária e possível desde logo pela decisão do Governo, quer no Salário Mínimo Nacional, quer na retribuição dos funcionários públicos, mas também com a revogação da caducidade da contratação colectiva e a reposição do princípio do tratamento mais favorável.

Sondagem do Pew Research Center

 Maioria dos americanos
considera que tarifas
com a China são más para
 os EUA e para eles pessoalmente


52% consideram que serão más para os EUA, 24% que serão boas, 6% sem efeito e 19% não sabem. Importante a diferença entre democratas (80% más) para republicanos (24% más).
Quantos aos reflexos a nível pessoal 53% consideram que seráo más, 10% que serão boas, 17% sem efeito e 20% não sabem.

Viagem aos arquivos

 Há quatro anos

24 abril 2021

Intelectualmente velho e rezingão




09 abril 2025

E a coesão passa a incluir a defesa !!!

Casas ou armas ?


João Oliveira no «DN» de 8/4

(...)«Em alguns casos desvaloriza-se mesmo o problema da habitação.

No dia 1 de Abril, a Comissão Europeia anunciou uma revisão da Política de Coesão que aponta cinco novas prioridades. Entre elas estão a defesa e a habitação.

A escolha do “Dia das Mentiras” podia ter sido justificada com a intenção de “pregar” uma partida, mas não foi. É mesmo intenção da Comissão Europeia permitir que as verbas dos Fundos de Coesão sejam utilizadas para a produção de armas e outros gastos militares.

A habitação, tal como algumas das outras novas prioridades, apenas aparece para dourar a pílula, para disfarçar o absurdo, para suavizar o choque: a UE quer considerar o militarismo e a corrida às armas como prioridades da política de coesão.

E coloca-as no mesmo patamar de relevância que o acesso à habitação, ou mesmo a um nível superior se considerarmos que para os gastos militares está até apontado um aumento de 800 mil milhões de euros para os próximos anos.

Além de tudo o que já era preciso fazer também vai ser preciso erguer a voz para dizer que o povo precisa é de casas, não é de armas para as destruir.

07 abril 2025

Independentes apoiam a CDU

Manifesto
«os dias levantados»
de apoio à CDU

(...)«Sem consultar os cidadãos, de forma antidemocrática – violando até os seus tratados, que reservam os assuntos de defesa aos Estados –, as elites da UE pretendem tornar legítima a corrida para uma guerra em que milhões podem morrer pelos lucros dos mesmos do costume. É também por isto que insistimos em falar de paz: a guerra não é igual para todos.

Não compreendemos quem, à esquerda, entenda que o rearmamento é parte da solução e não do problema. Diante dos que querem fazer da economia de guerra mais um pretexto para fragilizar o Estado social, estamos certos de que os deputados da CDU nunca serão complacentes. E, perante a ameaça fascista, o reforço eleitoral da CDU convocará o melhor do antifascismo: a memória viva das lutas que nos deram a democracia, mas também o futuro por construir de uma alternativa a um sistema económico que é hoje chão fértil para a demagogia da extrema-direita.

O combate aos fascistas faz-se de maneira unitária em torno de uma firme oposição, de tolerância zero, ao neoliberalismo. De resto, sabemos que o crescimento da extrema-direita fascista é o plano B deste mesmo neoliberalismo. Ela serve já hoje para procurar a desunião das classes trabalhadoras, permitindo o aumento da exploração e da repressão, pondo em causa direitos e liberdades conquistados.

As eleições de 18 de Maio exigem um voto naqueles que não desarmam: que se opõem firmemente à deriva militarista e às guerras, que não aceitam que seja normal trabalhar e receber um salário de miséria, que desde sempre combateram sem contemplações o fascismo em todas as suas formas. Os que nunca faltaram para a construção de tudo o que de decente a democracia fez e fará neste país, do Serviço Nacional de Saúde ao passe social, da escola pública à propriedade pública dos setores estratégicos, dos direitos das mulheres à luta contra a desertificação do interior.

Votar nos comunistas e nos verdes da CDU é, de resto, levar a sério a ecologia política, porque não esquecemos a sua vinculação às lutas pela paz e a sua recusa de qualquer compromisso com a escalada armamentista. Porque sabemos também que as alterações climáticas não são dissociáveis da história do capitalismo. É também a ecologia política consequente que exige a luta pela paz, maior igualdade social e um planeamento democrático da economia. Como diz o slogan: fim do mundo, fim do mês, a mesma luta.»

Texto completo e assinaturas aqui

Coisas do nosso tempo

 Mudança de narrativas

Ana Cristina Leonardo no »Público» de 4/4

(...)«Não quero repetir-me, mas como podemos levar a sério as declarações dos políticos que nos pastoreiam se um dia acordam a garantir-nos que a Ucrânia sairá vencedora da guerra, recuperando todos os territórios, incluindo a Crimeia, nem que chovam canivetes, enquanto noutro já juram que tal vitória pode afinal estar prevista para o dia em que a vaca tussa?

Primeiro, por causa da guerra, íamos ficar mais verdes – segundo Ursula von der Leyen. Agora temos pelo menos a França e a Alemanha a (re)apostar em força no nuclear. No início, Putin estava prestes a ser deposto nas ruas por tal multidão de russos que a chegada de Mário Soares a Santa Apolónia nada mais pareceria do que um arraial de aldeia. Milhares de mortos depois, ainda não morreu do cancro que lhe haviam diagnosticado.

Primeiro, os russos andavam à cata de peças nos frigoríficos e nas máquinas de lavar para desengatilharem as armas. Agora têm uns mísseis bestiais (de besta) capazes de atingir a Assembleia da República a São Bento vindos de Moscovo sem escalas.

Primeiro, Zelensky era o novo Churchill e Putin, a encarnação de Hitler. Aos que falavam em paz e em Tolstói comparavam-nos a Neville Chamberlain, nos dias mais inspirados nada menos do que a Pétain. Incapazes de recuar mais no tempo, os europeus evocavam os protagonistas da II Guerra Mundial que ressuscitavam não como Cristo discretamente ao terceiro dia, mas em glória e todos os dias. Entretanto, a memória da carnificina de 39-45 parece estar a esbater-se e, agora sem o apoio militar dos Estados Unidos, a Europa diz querer preparar-se sozinha para a guerra. Decerto, Donald Trump, vendedor ambulante mais convicto do que Oliveira da Figueira, o Branco-que-vende-tudo de Hergé, não se recusará a vender-lhe armas ou outros minerais raros da Ucrânia… if the price is right, evidentemente.

As notícias confundem-nos, apesar da clarividência dos nossos dirigentes.»