14 fevereiro 2025

Claro, a França tem um deficit de 6%

 Macron
acordou tardíssimo !

Dans le "Financial Times", Macron juge "caduque" la sacro-sainte règle de l'Union européenne du déficit à 3 %
(em Marianne)

No «Financial Times», Macron
 considera «caduca» a sacrossanta
 re
gra da União Europeia do deficit de 3%

A este respeito, só lembrar que jamais os responsáveis da UE ou os seus altos funcionários foram capazes de explicar o porquê da escolha dos 3%.

Aqui há gato !

O que querem esconder ?

«PSD quer alerta automático
para políticos saberem
quem consulta o seu património»

Alterações prevêem também que políticos e altos cargos públicos passem a dar ou não autorização para que os seus dados sejam automaticamente confirmados no fisco e notariado.»

(Público)

13 fevereiro 2025

Memória do general sem medo

 Há 60 anos
 a PIDE assassinava
Humberto Delgado

Os cinco leitores eventualmente interessados podem ler aqui o artigo que publiquei em 2015 assinalando o 50º aniversário dp assassinato dp general.

12 fevereiro 2025

O livro aberto do privatizador governo da AD


Crescente apoio a negociações

Guerra na Ucrânia :
 a opinião pública
europeia está a mudar

« Negociações de paz na Ucrânia são o desfecho mais provável para os europeus
Os europeus acreditam, na sua grande maioria, que a guerra na Ucrânia irá terminar em negociações de paz e já poucos esperam uma vitória ucraniana, segundo uma sondagem do European Council on Foreign Relations (ECFR). No entanto, não é claro de que forma devem decorrer essas negociações.
Com a invasão russa da Ucrânia prestes a cumprir três anos, e com a pressão crescente do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito, os europeus parecem concordar que o momento para negociações de paz está próximo. Esta é a opinião que prevalece em todos os 14 países (Alemanha, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estónia, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, Suíça e Ucrânia) que participaram no inquérito do ECFR realizado entre Novembro e Dezembro.
Mesmo na Ucrânia já são mais aqueles que acreditam que um acordo será o desfecho mais provável comparado com uma vitória militar do seu país (47% face a 34%). Os resultados da sondagem mostram uma evolução acelerada da opinião pública europeia ao longo do último ano na direcção do acordo diplomático. Na Estónia, por exemplo, um dos países que mais se destaca pelo apoio dado a Kiev, a fatia da população que acreditava numa vitória ucraniana passou de 38% para 15% entre Maio e Novembro.» («Público»)


10 fevereiro 2025

«Soluções problemáticas» ? que delicadeza no dizer !

 Loucura
e descaramento
T

Trump descreve Gaza como
um “grande terreno imobiliário”
que os EUA querem “comprar»


«Presidente dos EUA continua a defender soluções problemáticas para o enclave palestiniano afectado pela guerra e convida países do Médio Oriente para a reconstrução. Netanyahu elogia “visão criativa”. (Público)


09 fevereiro 2025

JAZZ PARA O SEU DOMINGO

 Wayne Escoffery

Acontecimento !

Novidade !
 No «Público» de ontem
escreveu um não atlantista


Qual o custo/benefício da participação na NATO?

É evidente que um tal objectivo só seria possível com subtracções dramáticas nos gastos orçamentais, entre outros, na saúde, na educação e na segurança social. E é igualmente evidente que mais de 20% de tal despesa se destinaria a importações de equipamentos militares, sobretudo dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.

Tudo isto mereceria múltiplas considerações, mas atrevo-me a levantar uma questão primordial (e talvez iconoclasta) a montante, a saber: tem Portugal interesse em permanecer membro da NATO?

Tal questão não invalida a necessidade de o país se dotar de meios de defesa apropriados e proporcionais às suas capacidades, mas parece-me que, num momento em que o Estado-membro dominante da NATO, os Estados Unidos, vocaliza ambições expansionistas e patrocina agressões genocidas no Médio Oriente, é legítimo, se não mesmo oportuno, organizar esse debate e avaliar os custos e benefícios de nos mantermos obrigados, nos termos do tratado fundador da NATO, a socorrer este ou aquele membro aventureiro face a uma eventual resposta retaliatória de um terceiro que o dito “aliado” agrida.

O Sr. almirante Melo, ex-chefe do Estado-Maior da Armada, entende que os portugueses devem estar dispostos a ir morrer lá longe, se, por absurdo exemplo, uma das ilhas finlandesas Aland for ocupada pelos russos. É uma opinião. Que eu saiba, nunca a Rússia atacou ou planeia atacar qualquer país da NATO, embora o chamado Ocidente tenha violado todos os compromissos assumidos com a Rússia de não-alargamento da NATO aos países do Leste europeu. Dirão alguns que a participação portuguesa na NATO nos protege, todavia, de uma possível agressão, seja da Rússia, seja de um outro terceiro. Ora, a meu ver, a história ensina-nos que os nossos ditos aliados só nos ajudarão militarmente se isso corresponder aos seus respectivos interesses estratégicos ou económicos, pelo que o alegado mecanismo automático de defesa colectiva obedece a outras considerações mais pragmáticas.

Sejamos realistas: alguém imagina que os russos achem necessário iniciar um conflito atacando Portugal? O Sr. Rutte admite que sim, pois avisou-nos de que andam por aí uns

barcos russos a rondar as nossas costas, porventura a prepararem um desembarque em Peniche, pelo que deveríamos triplicar a nossa frota de tanques e reforçar o stock de mísseis, mesmo que isso implicasse encerrar uns tantos hospitais e escolas.

Assinalo, enfim, que países europeus como a Irlanda ou a Suíça não são membros da NATO e, ao que consta, não vêem vantagem em entrarem no clube. E relembro que, para todos os efeitos, o Tratado de Lisboa, que rege a União Europeia, já prevê no n.º 7 do seu artigo 42.° um mecanismo de defesa colectiva (“Se um Estado-membro vier a ser alvo de agressão armada no seu território, os outros Estados-membros devem prestar-lhe auxílio e assistência por todos os meios ao seu alcance…”).

Não deixa de ser irónico que, depois de o Sr. Dijsselbloem ter cá vindo, no tempo da troika, impor políticas restritivas sobre uma população que no seu entender se comprazia em gastar o que não devia em vinho e mulheres, seja agora um seu compatriota a desembarcar na capital para nos exigir mais metralhadoras e submarinos. É para nos salvar, diz, pelo menos enquanto não adoecermos ou embrutecermos ou definharmos. Obrigadinho! Ou, se preferir um carinho: Dank je, mijn liefste!»

*Ex-membro do Serviço Jurídico da Comissão Europeia

Adenda

Por mim só acrescentaria que o nº 2 do artº 7º da Constituição da República estabelece que  « Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares, bem como o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.