23 dezembro 2024

Alteração da Lei de Bases da Saúde

840
«Exclusão de estrangeiros no SNS:
840 profissionais de saúde ameaçam
com desobediência civil»

Médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, técnicos de diagnóstico e terapêutica e outros profissionais, num total de 840 profissionais de saúde, subscreveram uma carta aberta contra a exclusão de cidadãos estrangeiros do SNS. Contestam a alteração à Lei de Bases da Saúde, aprovada no final da semana passada no Parlamento, que limita o acesso de migrantes em situação irregular aos cuidados de saúde públicos.

“Esta medida viola a Constituição, a legislação europeia e o código deontológico médico. Agravará desigualdades, prejudicará populações vulneráveis e irá comprometer a saúde pública. Continuaremos a garantir cuidados a todas as pessoas, sem discriminação”, avisam na carta, que está disponível para quem a quiser subscrever online.

Dizem ter sido com “profunda preocupação e perplexidade” que tomaram conhecimento da alteração da Lei de Bases da Saúde”, considerando que tal alteração vai “privar um segmento importante da população residente em território nacional do direito à protecção da saúde”- (Público)

22 dezembro 2024

Não há palavras que cheguem

O terrível
sofrimento da Palestina
Alexandra Lucas Coelho,
sempre ela!, no «Pú
blico» de 28/12


(...) «Tudo isto já estava documentado, e Mordechai compila muitos exemplos. Mas talvez a parte mais singular do relatório, pelo próprio facto de ser israelita e falar hebraico, seja o que ele expõe sobre Israel, o ponto a que chegou a desumanização dos palestinianos. E eis a chave, diz Mordechai: a desumanização dos palestinianos é o que permite este horror. Resumo: a grande maioria dos israelitas que não quer saber a verdade (as muitas verdades além da propaganda); que nas sondagens acha bem limpar os palestinianos de Gaza; que é contra a entrada de ajuda (e em muitos casos a trava, incendeia); que acima de todas as instituições aprova as Forças Armadas de Israel, acredita que são as mais morais do mundo. Até porque essas forças são ela mesma, a grande maioria dos israelitas, pais e filhos, mães e filhas. Um exército de tiro ao pato, onde é possível matar palestinianos por tédio ou por um post, onde cada um no terreno pode fazer o que lhe dá na telha, como testemunham soldados e oficiais que estiveram em Gaza. Não são excepções, são padrões. Militares que fazem de qualquer civil um terrorista, incluindo crianças e bebés. Que agem como se Gaza fosse um videojogo, planeiam alvos por Inteligência Artificial, dedicam execuções e explosões às namoradas (e namorados). Que fazem dos palestinianos cães. Que filmam e postam o cadáver de um palestiniano a ser comido por um cão, seguido do lindo pôr-do-sol de Gaza. Que filmam e postam palestinianos passados a ferro por veículos militares, palestinianos despidos, atados, vendados, aos montes. Que recitam a Torah e a cada compasso disparam um morteiro. Que grafitam as paredes, incluindo das mesquitas, com insultos ao Islão e símbolos judaicos (fotografei em Jenin). Que posam no Tinder com fardas, armas, troféus da guerra, porque exterminar palestinianos é sexy. Que se postam com a lingerie das palestinianas, nas casas que arruínam. Enquanto a televisão israelita pode, por exemplo, promover um vídeo genocida em que crianças israelitas, com imagens de destruição em fundo, cantam sobre como Gaza será arrasada e em breve Israel vai cultivar os campos lá. Aliás, uma das últimas actualizações de Mordechai diz respeito à limpeza étnica do norte de Gaza, nestas últimas semanas de 2024, depois de uma líder dos colonos ter ido a Gaza, escoltada pelos soldados, para inspeccionar os futuros domínios das 500 famílias israelitas que ela diz que já estão prontas a mudar.(...)»

JAZZ PARA O SEU DOMINGO

 Branford Marsalis
Quartet



21 dezembro 2024

Porque hoje é sábado ( )

 Alynda Segarra

Em defesa dos chulos

No Tribunal Constitucional
parece haver seis juízes
cavernícolas

«O Tribunal Constitucional recusou legalizar o proxenetismo, mas os juízes do Palácio Ratton dividiram-se ao meio, com metade a defenderem que é legítimo lucrar com a actividade sexual alheia. O desempate teve de ser feito pelo presidente do tribunal, José João Abrantes.

Para este e outros seis conselheiros, os riscos inerentes à prática da prostituição, em particular a captura destes profissionais por redes de tráfico de seres humanos, justificam que o lenocínio continue a ser punível com cadeia. Mas os restantes seis juízes que compõem o plenário do Palácio Ratton pensam exactamente o contrário, com um deles a defender mesmo que a proibição do proxenetismo reduz as condições de segurança do exercício desta actividade.» (Público)

Viagem ao passado

 Uma coisa deliciosa 
de há oito anos

21 dezembro 2016

 



20 dezembro 2024

PSD, CDS, Chega e IL. a mesma luta

Desastrada alteração
 à Lei de Bases da Saúde

Paula Santos, do PCP,  na AR:
«Vol
ltemos ao relatório da IGAS. Segundo esse relatório, em 2023 recorreram aos SNS 43.264 estrangeiros não residentes, e estima-se que nesse ano tenham sido atendidos 6 milhões de episódios de urgência. O atendimento de estrangeiros não residentes corresponde a 0,7% do número total de episódios de urgência.

São os 0,7% dos episódios de urgência que levam à rutura dos serviços de urgência, ou é a carência de profissionais de saúde e o facto de o Governo não fazer o que é preciso para valorizar e fixar os profissionais de saúde no SNS?

Para alimentar a sua agenda retrógrada e reacionária, o Chega instrumentaliza a saúde para prosseguir o seu discurso de ódio contra os imigrantes, como se todos os males, a habitação, a segurança, agora a saúde, fossem da responsabilidade dos imigrantes, que são altamente explorados e muitas vezes se encontram em situação de grande vulnerabilidade; quando os problemas resultam das opções da política de direita, de desinvestimento no SNS, que o Chega apoia e ainda quer levar mais longe. E não é verdade que os imigrantes em situação irregular não suportem os encargos com os cuidados de saúde que lhe são prestados. Quem não tem número de utente atribuído, é-lhes cobrado.

O que pretendem com estas iniciativas é construir uma narrativa contra os imigrantes, promover conceções racistas e xenófobas, dividir trabalhadores.  É isto que o CH faz e que PSD, CDS e IL alimentam.»

Se o Chega vota propostas do PS,
logo Montenegro diz que há uma
 (suposta) «aliança estratégica»
entre os dois.  Mas quando o Chega
 vota bastantes propostas do PSD,
 o que é que há ?

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Aqui outros três
cartoons sobre os EUA

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Espalhafato policial

Martim Moniz:
o PSD não se está a
encostar ao Chega:
em muitas matérias
eles pensam como o Chega !



Mais alguma coisa aqui.

18 dezembro 2024

Ainda nos 50 anos do 25 de Abril

 Um livro a não perder !

Edição da Página a Página
Apresentação:

TERROR, DESTRUIÇÂO E MORTE NO  ALENTEJO- A contra-reforma agrária é o testemunho de quem participou nesse intenso período da nossa História recente, de quem não se conforma com a sua falsificação e que considera ser tempo, 50 anos depois, de ser prestada a justa homenagem e reconhecimento aos Homens e Mulheres, muitos deles e delas analfabetos, que, com a sua desassombrada e altruísta intervenção, em defesa e afirmação da jovem democracia de Abril, então em construção, escreveram das mais belas páginas da Revolução de Abril. «Páginas de Ouro» que importa conhecer e divulgar contra a mentira e falsificação dos mentores e defensores da contra-revolução. 

Ao organizar a exploração da terra em Unidades Colectivas de Produção – UCP, colocando de forma altruísta os resultados do seu laborioso trabalho ao serviço do bem-estar e desenvolvimento de toda a comunidade a que pertenciam, os Trabalhadores da Reforma Agrária – A Revolução no Alentejo e Sul do Ribatejo mostravam ao País e ao Mundo que um outro modelo de sociedade era possível conjugando Liberdade, Democracia e Socialismo