Porque o «Expresso» volta atribuir exclusivamente a Jorge Sampaio a autoria do «25 de Abril sempre» aqui fica este post já velho de 12 anos.
09 outubro 2012
Não tem importância nenhuma mas aqui fica
sobre a autoria do slogan
Porque o «Expresso» volta atribuir exclusivamente a Jorge Sampaio a autoria do «25 de Abril sempre» aqui fica este post já velho de 12 anos.
09 outubro 2012
Rectificação
No «roteiro» do «Expresso» sobre as comemorações do 25 de Abril pode ler-se isto : «A comissão comemorativa dos 50 anos do 25 Abril marcou um desfile para as 15h00, que começa na Praça Marquês de Pombal, segue pela Avenida da Liberdade e termina no Rossio, onde terão lugar intervenções, momentos culturais e atuações musicais.»
Acontece que esta maneira de dizer pode fazer alguém pensar que o tradicional desfile da Av. da Liberdade é organizado pela comissão oficial doa 50 anos do 25 de Abril que tem aliás promovido meritórias iniciativas
Nada mais errado. Esse tradicional desfile (que tem para aí 48 anos de vida) é promovido por um vasto conjunto de organizações politicas e cívicas, o que inclui a Associação 25 de Abril, o PCP, o PS, os Verdes, a CGTP e a UGT,
Bonus para os
maiores rendimentos e
contabilização do que
já tinha sido feito
As raízes populares
do 25 de Abril
No estudo "Os Portugueses e o 25 de Abril", foram as mulheres os inquiridos com mais de 44 anos e os que vivem com maiores dificuldades que revelaram maior propensão para escolher esta data como a mais importante.»(DN)
Lúcidas palavras
(...)« Num país que discute há 40 anos como sair da triste situação de ter um dos níveis salariais mais baixos da Europa, a ideia do corte de impostos tornou-se o remédio multiusos da direita contra as maleitas persistentes da economia portuguesa. É compreensível, porque a direita tentou outras soluções. Disseram que era necessário libertar a economia do Estado. Privatizámos o sector da banca, alguma indústria, a energia, a rede elétrica, os combustíveis, a gestão das autoestradas, as telecomunicações, os aeroportos, os correios – mas os salários não subiram no ranking europeu. Disseram-nos que o mercado único europeu e a entrada no Euro obrigava à modernização da economia – mas os salários permaneceram no fundo da tabela europeia. Liberalizámos o mercado de trabalho, somos hoje o segundo país da UE com maior número de contratos precários – teimosamente, os salários não subiram. Liberalizámos o arrendamento e a habitação para “atrair investimento” e criar emprego – as casas aumentaram de preço, mas os salários não subiram. Agora dizem-nos que lá chegaremos se, como diz Montenegro, “dermos condições às empresas” através da redução de impostos. A EDP fez uma proposta de aumento salarial dos trabalhadores de 3% e muitos dos seus quadros não foram compensados pelo aumento da inflação nos últimos anos. Estou certa de que a redução de IRC era a condição que faltava à elétrica, cujos lucros subiram 40% no ano passado.
4. Quando um primeiro-ministro fala sobre tributação de empresas, deve estar preocupado sobre o destino que vai ser dado à riqueza criada na economia. Ou vai para reinvestimento e modernização das empresas; ou para compensações salariais e, portanto, para o consumo privado das famílias; ou é distribuída como dividendos aos donos das empresas. Nos últimos anos, as grandes empresas que operam em Portugal têm distribuído dividendos generosos, e encaminharam a quase totalidade destes “resultados históricos” para os bolsos dos acionistas. Este ano a EDP pretende distribuir 86% dos resultados em dividendos; a NOS atinge os 99%; a REN apenas 69%. E o que fazem os acionistas com esse rendimento? Não sabemos. Porque nem os acionistas estão cá, nem os dividendos ficam por cá. Como todos sabem, a EDP tem como principais acionistas os chineses, que também têm posições importantes na banca, na rede elétrica e nos seguros em Portugal. Sabemos que outros bancos pertencem aos espanhóis; que temos os angolanos com uma posição relevante na Galp e também na banca. Que os franceses estão nas telecomunicações e nos aeroportos. Que a cimenteira está nas mãos de acionistas de Taiwan. E por aí fora. Depois de termos vendido setores claramente lucrativos a investidores estrangeiros, não temos grande investimento, não temos salários decentes e nem os dividendos são gastos por cá. O que traz então o choque fiscal de Montenegro? É que a partir de agora também não vamos ter as receitas dos impostos sobre esses lucros criados na economia portuguesa. O primeiro-ministro insiste que, com a sua política, é desta que veremos os salários dos portugueses a galgar os rankings europeus. Aguardemos com serenidade.»
É bom não esquecer
Manuel Loff no «Público» de 17/4
(...)«O 25 de Abril não foi de forma alguma um “golpe de Estado” clássico. Resultou da iniciativa de uma geração de jovens capitães, 30 e poucos anos, formados todos nas escolas militares impregnadas de colonialismo, nacionalismo autoritário e lições mal aprendidas da Argélia e do Vietname, valores que, em África, na guerra, começaram a repudiar. Derrubada a ditadura, sustentada, afinal, apenas sobre o medo da repressão e a opção irreversível pela guerra, mas sem que ninguém se quisesse bater por ela, a Revolução irrompe pela força irreprimível de todo aquele povo que, contra a vontade (ou a expectativa) do MFA, invadiu não apenas as ruas, entre cravos e aplausos, mas cercou a sede da PIDE/DGS e as prisões políticas para exigir a libertação dos presos. Da mesma forma, se se chegou, ao fim de poucos dias, a um cessar-fogo nas colónias, foi por vontade dos oficiais e soldados que, na mata, desesperavam por uma solução política para a guerra, e dos guerrilheiros africanos que não ficaram à espera do que se decidisse em Lisboa. O MFA vinha prometer o fim da guerra (era essa a mensagem essencial do seu programa); mas o calendário que alguma vez terá imaginado foi antecipado pela vontade das centenas de milhares de jovens empurrados, ano após ano, para África. O 25 de Abril foi a vontade simultânea dos capitães de fazer a paz e a perceção do povo português de se ter aberto uma oportunidade única de democracia genuína, sem medo e sem guerra.» (...)
URAP promove conferência internacional «Democracia, Paz e Liberdade - Fascismo nunca mais
aro/as Companheiro/as,
No âmbito das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, a URAP vai realizar no próximo dia 26 de Abril, uma Conferência Internacional, que decorrerá em Lisboa, na Escola Secundária de Camões (antigo Liceu Camões), das 9h30 às 18h30.
Serão oradores convidados nacionais, entre outros, Aida Rechena, Almirante Martins Guerreiro, António Filipe, Carlos Tomé, Carlos Pereira, George Lamberto, Gonçalo Paixão, Ilda Figueiredo, Luís Farinha, Rita Rato, José Goulão, Domingos Lobo, Manuel Loff e Edgar Silva.
Participam convidados estrangeiros, nomeadamente de Itália, Chile, Brasil, Espanha - Catalunha, Badajoz e Huelva-, França, Bélgica, e dirigentes da Federação Internacional de Resistentes.
A inscrição tem o preço de 20,00 Euros, com acesso aos documentos da Conferência, intervalo para café e almoço, podendo ser paga diretamente na receção da Conferência, ou mediante a apresentação do comprovativo de transferência do valor da inscrição, para o NIB da URAP que se indica: NIB: 0007 0021 0014 3750 0065 3
A resposta é sim !
«O problema das contas sobre o IRS é um tiro no pé na credibilidade da AD, do ministro das Finanças e naprópria coesão do Governo.» - editorial de Helena Pereira no «Público»