A não perder no «Público»
a entrevista com João Pina
sobre o seu livro «Tarrafal»
Só para assinantes aqui
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Um descarado
truque do governo
«Redução de IRS deverá rondar apenas os 200 milhões de euros. Os 1,5 mil milhões de euros anunciados por Luis Montenegro já abrangem a redução de IRS em vigor, aprovada pela anterior maioria socialista. “Os portugueses foram enganados”, denuncia Pedro Nuno Santos.» (Expresso online)
O novo governo
e o salário mínimo
Carmo Afonso no «Público»
(...) Este Governo encontrou uma forma de acenar com um valor simpático [1000 euros em 2028), sem ficar obrigado ao seu estabelecimento. As pessoas memorizam o valor e criam legítimas expectativas de o receber. Mas pode não ser assim e é importante, e decente, que saibam aquilo com que podem contar.
O Governo tem a obrigação de esclarecer as centenas de milhares de trabalhadores que ganham o SMN, tem a obrigação de assumir compromissos, digo indicar valores concretos e datas exatas. Não há outra forma de fazer política.
Ontem ouvimos Miranda Sarmento falar da relação entre o aumento do SMN e o crescimento económico. Isto é muito preocupante. Reparem que o programa económico da AD era puramente fantasioso: previa um crescimento do PIB de 3,5% até 2028 e uma progressão de 4% na legislatura seguinte. O anterior Governo previa um crescimento económico de apenas 1,8% até 2027. Ora, se é com base na concretização das alucinadas previsões dos economistas da AD, bem podem os trabalhadores portugueses ir buscar um banquinho para esperarem sentados pelos aumentos salariais. (...)»
Um programa
de retrocessos
Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, senhor primeiro ministro.
Uma saudação, um alerta, um compromisso, uma pergunta e uma certeza.
A saudação é aos médicos, enfermeiros, técnicos, professores, auxiliares, oficiais de justiça, profissionais das forças de segurança e das forças armadas, bombeiros, a saudação a todos os trabalhadores e à sua luta que vão obrigar o governo a dar respostas aos seus problemas.
O alerta é a todos os que ambicionam a vida melhor, ainda o Governo tenta iniciar funções e já procura justificações para não cumprir o que lhes foi vendendo.
Que governo é este? Que programa é este?
Sobre direitos dos trabalhadores, reformas, combate à injustiça e desigualdade à precariedade e horários desregulados, considerações vagas, mas nada de soluções.
Sobre salários, demagogia e contenção, são as palavras de ordem numa altura em que cai por terra o mito da produtividade no qual o governo sustenta parte do seu programa.
É que hoje é claro que os salários reais evoluem menos que a produtividade.
O Governo e seus aliados da concentração da riqueza nas mãos de uns poucos, à custa de quem a produz a riqueza, que são os trabalhadores, procuram sempre justificações para travar o aumento de salários e pensões mas, encontram sempre razões para mais favores aos grupos económicos e retirar ao Estado condições e meios para cumprir o seu papel, como é agora com a redução do IRC.
Há impostos que deviam de facto baixar, vai o governo reduzir o IVA na electricidade, telecomunicações e gás?
Vai o governo ser num passa cheques para o capital?
Vão continuar as parcerias público privadas rodoviárias a sacar por ano mil milhões de euros públicos?
É para manter benefícios fiscais de mil e seiscentos milhões de euros aos grupos económicos?
É desta que os lucros da banca vão suportar o aumento das taxas de juro?
São as respostas a estas questões que se exigem e das respostas virá a definição dos caminhos.
Senhor primeiro-ministro, do PCP contará com firme combate e oposição ao governo, aos objectivos e aos projectos que unem, entre outros, PSD, CDS, o Chega e a Iniciativa Liberal.
É este o compromisso do PCP com os trabalhadores e o povo.
Sabemos bem o caminho que querem retomar e aprofundar.
Não alimentamos ilusões, rejeitamos um programa que é negativo pelo o que afirma e mas também pelo o que omite e que está claramente ao serviço dos grupos económicos.
Para finalizar deixo a certeza e a convicção de que os trabalhadores, os reformados, a juventude, o povo; todos os que exigem a mudança, salários, reformas, acesso à saúde, educação, serviços públicos, justiça, habitação, combate à corrupção e às suas causas, respeito e dignidade, todos os exigem uma vida melhor, não vão baixar os braços perante ataques nem recuos nos seus direitos e vão exigir com a sua luta respostas aos seus problemas, e o direito que tem a uma vida melhor, a um País soberano e desenvolvido, com uma mais justa redistribuição da riqueza criada.
Senhor primeiro-ministro, não iluda os problemas do nosso País e acima de tudo não iluda as dificuldades dos que cá vivem, trabalham e estudam.
São estes que precisam de respostas e não os que concentram a riqueza como se não houvesse amanhã.
Sobre os Estados
Gerais da reação
«O livro chama-se “Identidade e Família” e reúne contributos de dezenas de pessoas da direita conservadora (no sentido de ‘não liberal’), alguns dos quais ex-ministros, ex-líderes partidários, ex-deputados, entre outras personalidades que tentam influenciar há anos o pensamento político das direitas. É o caso de Bagão Félix, um dos organizadores, César das Neves, Jaime Nogueira Pinto, Ribeiro e Castro, Manuel Monteiro. Tem a benção do Cardeal Manuel Clemente, assim como de outros membros do clero. E acaba por se afirmar como uma espécie de manifesto anti-progressista.»
«Ex-primeiro-ministro apresenta “Identidade e Família”, um livro que reúne 22 contributos da direita mais conservadora, contra a “destruição da família” tradicional. Textos falam da imposição de uma “ideologia de género” como “modelo de pensamento único”, de “disforia de género associada a várias patologias psiquiátricas”, de “senhoras, alegadamente tiranizadas, que nunca se queixavam” e do “direito à resistência” face à transformação do aborto e da eutanásia em direitos".» (EXPRESSO)
Nem mais
Pacheco Pereira no «Público»