05 junho 2023

Certificados de aforro

 Na mouche.

Carmo Afonso no «Público»:«Os bancos precisam de ser regulamentados e controlados. Ninguém está seguro se não for assim. Todos sabemos disto. Por alguma razão, o Governo permitiu que passasse a mensagem contrária: a de que são os bancos que mandam. Foi o que ficou na fotografia.»



02 junho 2023

Sobre o incontornãvel Milhazes

 Justas palavras
de Miguel Sousa Tavares

«Utilizando o seu espaço de comentário da guerra da Ucrânia na SIC — verdadeiro modelo de isenção e profundidade de análise —, José Milhazes teve um contributo decisivo para o saneamento por razões políticas do russo-português Vladimir Plias­sov como professor de Língua e Cultura Russas do Centro de Estudos Russos da Universidade de Coimbra. Baseando-se apenas numa denúncia de dois “activistas ucranianos”, Milhazes deu voz e amplitude à acusação, provadamente falsa, de que Pliassov usava as aulas para fazer propaganda a favor da Rússia. Foi quanto bastou para que o reitor da Universidade, Amílcar Falcão, sem sequer ouvir o visado ou o testemunho dos seus alunos, todos desmentindo a acusação, o despedisse sumariamente por delito de opinião — que, a ter existido, seria fundamento inadmissível num país democrático; não tendo sequer existido, é simplesmente escabroso. Longe, porém, de ficar envergonhado ou arrependido com o seu contributo para tão edificante história, Milhazes voltou antes à carga. Agora atirou-se aos artistas que aceitaram participar na Festa do Avante!, acusando-os de serem coniventes com um partido que “apoia um regime de bandidos e assassinos”. Presume-se que se ele mandasse nem os artistas seriam autorizados a participar, nem haveria festa, nem mesmo o PCP estaria legalizado. Usando a sua tribuna televisiva, José Milhazes autoinvestiu-se da função de delator oficial dos “amigos de Putin e da Rússia”. Um papel que lhe assenta como uma luva, não tivesse sido ele um exilado político voluntário na Rússia soviética, onde estes eram velhos hábitos de convivência social: uma vez estalinista, para sempre estalinista. » (MST no Expresso)

25 maio 2023

Gente séria é outra coisa

"Docentes da Faculdade de Letras de Coimbra criticam demissão de professor russo"

«Cerca de 60 docentes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) criticaram, num abaixo-assinado, a forma como o diretor do Centro de Estudos Russos foi demitido e defenderam um processo de averiguações pela reitoria.

Através do documento "Pelo direito ao contraditório e à presunção da inocência", os docentes afirmaram que "foi com perplexidade" que tomaram conhecimento do "despedimento sumário" do diretor do Centro de Estudos Russos, Vladimir Pliassov, sem a realização de um inquérito "que lhe permitisse responder às acusações de que foi alvo". DN

16 maio 2023

A estética do fascismo 49 anos depois

 Olha o selo do Vaticano 
e o que ele faz lembrar


A crise quando nasce não é para todos

 Portugal,
Maio de 2023

A situação é de tal forma gritante e escandalosa que até o director do «Público» se sentiu na necessidade de publicar hoje um editorial intitulado «O fabuloso negócio da banca» onde escreve que «Os bancos vivem o melhor dos mundos: ganham com as altas comissões, ganham com a subida dos juros e continuam a ganhar com a segunda taxa de juros para os depósitos mais baixa da zona euro