27 novembro 2022

20 novembro 2022

Elogio da lucidez

 


Um míssil ucraniano caído inadvertidamente na Polónia foi imediatamente transformado pelo “herói de guerra” Zelensky e pelo “cão de guerra” Stoltenberg num “ataque russo com mísseis a território da NATO”. Apoiados pelos
Estados bálticos e pela imprensa seguidista do costume, e cegos de excitação e entusiasmo, logo trataram de apelar à terceira guerra mundial, sem esperar sequer pelo esclarecimento das coisas e sem se deterem a pensar que interesse teria a Rússia em atacar um país da NATO e fazê-lo sob a forma de um míssil disparado contra uma quintarola agrícola, seis quilómetros adentro da fronteira polaca. Que este estranho incidente tenha ocorrido quando os grandes do mundo estavam reunidos do outro lado do planeta e numa altura em que, em surdina ou a meia voz, se começou a ouvir falar da necessidade de encontrar um caminho para desblo­quear a guerra na Ucrânia foi, decerto, uma coincidência, e não mais do que isso. Mas o que não é coincidência nem acaso é a “precipitação” de Zelensky e de Stoltenberg: nenhum deles está interessado na paz e sentiram o perigo que os últimos desenvolvimentos internacionais trazem aos seus objectivos.»

18 novembro 2022

Antecedentes

Em 25 de Junho de 2020 (ou
seja, quase dois anos antes
da invasão da Ucrânia pela
Rússia) este site informativo
(que nem se pode dizer que é de esquerda) publicava este longo e documentado artigo



 
Como o conflito ucraniano se
 tornou o laboratório do terrorismo
 de extrema direita

Depois de 2014, milhares de supremacistas
brancos 
estrangeiros utilizam este combate
como um prelúdio à guerra global
para a defesa da «raça branca»

17 novembro 2022

15 novembro 2022

De Manuel Loff

 Palavras muito necessárias

«No que se tem escrito e dito sobre a eleição do novo secretário-geral do PCP muitas coisas se misturam. Todas elas são habituais no tradicional discurso anticomunista, é verdade, mas vale a pena sublinhar as formas cada vez mais radicais que este tem assumido no contexto de bolsonarização do discurso público do anticomunismo português.Assistimos durante a pandemia a algumas das mais delirantes das suas manifestações desde 1974. O que se disse dos comunistas quando insistiram, entre outros, em exercer o seu direito constitucional de comemorar na rua o 1.º de Maio de 2020, ou quando meses depois se os acusou de intenções genocidas por terem mantido a organização presencial da Festa do Avante!, ficarão para a história das mais dementadas campanhas de manipulação política do medo, no mesmo registo das alucinadas descrições de crimes inventados de pedofilia com que, no Brasil, a ex-ministra da Família de Bolsonaro quis atacar a esquerda na última campanha eleitoral (cf. “Advogados pedem que STF investigue fala de Damares sobre estupro de crianças”, terra.com.br, 11.10.2022). O que é grave no estado de extremização fascizante que se passou, também entre nós, a aceitar no discurso público é que não é preciso ser-se do Chega para dizer-se o que se disse; bastou ser-se a SIC, por exemplo.»

-Manuel Loff no «Público» de hoje