A verdade contra a mentira
São acontecimentos dramáticos os que se vivem ali, que causam compreensiva e legítima consternação e apreensão.
Acontecimentos com trágicas consequências, que comportam sérios perigos e importantes repercussões por todo o mundo e que têm sido pretexto para uma nova campanha anticomunista, assente em grosseiras falsificações por parte daqueles que foram cúmplices com a política de ingerência e agressão que está na origem da grave situação que se vive na Europa e no mundo.
O PCP não apoia a guerra. Dizer o contrário é uma vergonhosa calúnia. O PCP tem um património inigualável na luta pela paz. O PCP não tem nada a ver com o governo russo e o seu presidente. A opção de classe do PCP é oposta à das forças políticas que governam a Rússia capitalista e dos seus grupos económicos.(...)
Não caricaturem a posição do PCP que sem equívocos, e ao contrário de outros, condena todo um caminho de ingerência, violência e confrontação,(...) a recente intervenção militar da Rússia na Ucrânia (...).
O PCP não apoia – e condena – a violação dos princípios do direito internacional, da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, princípios que o PCP sempre defendeu e que continua em coerência a defender hoje com a mesma convicção.
O posicionamento do PCP é ditado, como sempre foi, pela defesa da paz e pela solidariedade com os povos que sofrem a violência e as consequências da guerra.
(...)
O PCP está do lado da paz, não da guerra!
O PCP apela ao povo português para a mobilização e a acção pela paz e não para a escalada da guerra, e apela à solidariedade e ajuda humanitária às populações, que não se pode confundir com o apoio a grupos fascistas e neonazis.
É urgente parar a política de instigação do confronto que só levará ao agravamento do conflito, à perda de mais vidas humanas, a maior sofrimento.
São necessárias iniciativas que contribuam para a desescalada do conflito na Ucrânia, para o cessar fogo e para um processo de diálogo com vista a uma solução negociada para o conflito, à resposta aos problemas de segurança colectiva e do desarmamento na Europa, ao cumprimento dos princípios da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, no interesse da paz e cooperação entre os povos.»