16 fevereiro 2022

O que aí vem

 Novos tempos,
má notícia

À saída da audiência com o primeiro-ministro, Rui Rio declarou ter encontrado disponibilidade da parte do PS para que na próxima legislatura decorra um processo de revisão constitucional que é conjuntamente com a alteração das leis eleitorais uma das principais contra-reformas porque luta o PSD. A ser assim, teria chegado ao fim um periodo de seis anos em que sempre o PS esfriou estas propostas do PSD. Será a inquietante prova de como os novos tempos podem trazer más notícias.

10 fevereiro 2022

Sondagem Eurobarómetro

 Os portugueses e a bazuca


Muito eficaz  - 2%
Eficaz - 51%
Não muito eficaz- 31%
Nada eficaz - 5%
Não sabe/ não responde - 11%

09 fevereiro 2022

Um herói

 Na morte de Jaime Serra


Aos 101 anos de idade acaba de falecer Jaime Serra, destacado combatente antifascista, importante dirigente do PCP durante várias décadas, um cidadão de uma coragem lendária que deixa gratas recordações em todos os que com ele trabalharam ou conviveram.

O corpo de Jaime Serra estará em câmara ardente Sexta-feira, dia 11 de Fevereiro, a partir das 16h00, na Casa Mortuária da Igreja S. Francisco de Assis, Av. Afonso III (Alto S. João), realizando-se o funeral Sábado, dia 12 de Fevereiro para o cemitério do Alto de S. João onde será cremado após cerimónia a realizar pelas 11h30.

07 fevereiro 2022

Um estudo de Eugénio Rosa

 Sobre inflação e gastos
da segurança social

« (...) Se se mantiver este ritmo de crescimento homólogo dos preços (a comparação é feita com o mesmo do mês do ano anterior), utilizando um método estatístico adequado, conclui-se que os preços médios de 2022 serão superiores aos preços médios de 2021 em 5,1%. Comparamos este aumento de preços com a subida das remunerações dos trabalhadores da Administração Pública em 2022 (+0,9%), dos trabalhadores da CGD este ano (+0,9%), e das pensões quer da Segurança Social e da CGA em 2022 (a subida das pensões variou entre 1% para pensões até 886,4€ e 0,24% para pensões superiores a 2659,2€), conclui-se que a perda de poder de compra em 2022 de cerca de 3 milhões de pensionistas e de 725.000 trabalhadores será de 4% se não se verificar qualquer medida corretora por parte do novo governo maioritário do PS. Em relação aos cerca de 30% trabalhadores que recebem o salário mínimo, cujo valor aumentou, em 2022, 6% pois passou de 665€ para 705€, o aumento do seu poder de compra fica reduzido, devido à inflação estimada para 2022, apenas a 0,95%. Em relação aos restantes trabalhadores do setor privado, é de prever que poucos terão subidas nas suas remunerações superiores a 5%, portanto é de prever que a maioria perca poder de compra. (...)»

De acordo com a Síntese da execução orçamental de dezembro de 2021, divulgada pela DGO do Ministério das Finanças, em 2021 a Segurança Social teve de pagar despesas referentes a medidas excecionais devido ao COVID no montante de 1.919,5 milhões € a que adicionam mais 249,78 milhões de perda de receita causada pelas isenções de pagamento de contribuições aprovadas pelo governo pela mesma razão, totalizando assim 2.169,2 milhões €. Este encargo devia ser suportado pelo Orçamento do Estado através de transferências para a Segurança Social como aconteceu em 2020, pois são medidas que não caiem no âmbito das responsabilidades desta. No entanto, o governo em 2021 só transferiu do O.E. para a Segurança Social 1.545,46 milhões € como consta da Síntese da execução orçamental de dez.2021 criando assim um “buraco” de 623,77 milhões € nas contas da Segurança Social tendo sido suportado pelos descontos dos trabalhadores e pelas contribuições das empresas para o Regime contributivo da Segurança Social, o que é manifestamente ilegal. E depois o governo diz que não há dinheiro para pagar pensões dignas, e faz aumentos de miséria em 2022.

Estudo integral aqui

05 fevereiro 2022

03 fevereiro 2022

Questão de higiene

Um ex-bombista não pode
ser vice-presidente da AR

Ventura declarou que Pacheco de Amorim “tem provas dadas na sua vida, de presença democrática, no Portugal democrático, em vários partidos absolutamente democráticos”.

Até a Wikipédia conhece o passado de Pacheco de Amorim : «Pacheco de Amorim foi um antigo membro do Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), e ex-assessor do antigo presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Diogo Freitas do Amaral, e antigo chefe de gabinete de Manuel Monteiro.[4]

Fez parte de movimentos estudantis integracionistas da sua época, que contestavam a descolonização e defendiam Portugal e as províncias ultramarinas como um todo. Exilou-se para Madrid para fugir do COPCON. Passou ainda por partidos como o Movimento para a Independência e Reconstrução Nacional (MIRN), do polémico general Kaúlza de Arriaga, e mais tarde pelo CDS-PP e Nova Democracia, partido de que foi ideólogo, juntamente com Manuel Monteiro.[5]»

Ao que ele chegou

 Carvalho pede «diálogo»
 com a extrema-direita

O director do «Público» que há bem pouco tempo festejou deslumbrado o fim da «geringonça» acaba de escrever que «Tanto como reaprender a lidar com um governo maioritário, os deputados desta oposição traumatizada terão de aprender a dialogar com a extrema-direita».

Fica escrito e repetido para que se saiba o que certos contentamentos têm por detrás.