Costa já o sabia mas
disso não falou durante
a campanha eleitoral
para as autarquias
TSF
Sobre a questão
do Chefe da Armada
Ele há coisas espantosas. Num dia, o Presidente da República, em tom solene, anuncia que há três equívocos na questão da exoneração antecipada do Chefe de Estado Maior da Armada que aliás faz questão de detalhar. À noite depois de uma reunião com o primeiro-ministro, publica um lacónico comunicado onde informa que os equívocos foram esclarecidos.
Conclusão : o país é informado pelo PR com detalhe da substância dos equívocos mas já não tem o direito de saber em que termos e em que sentido é que foram esclarecidos.
Desta situação parece talvez resultar uma evidência: temos um PR que fala demais quando talvez não devesse e que fala de menos quando talvez devesse falar mais.
Os números de
Almada vistos à lupa
Sem que isso seja tudo, há números sobre a eleição autárquica em Almada que são curiosos e que podem ter passado desapercebidos. Assim:
- O PS, por comparação com 2017, sobe 8,41 pontos percentuais e ganha mais 7.293 votos;
- A CDU perde 1 ponto percentual mas ganha mais 503 votos;
- O conjunto PSD+CDS perde 5,4 p.p. e perde 3.482 votos;
- O BE perde 2,71 p.p. e 1.565 votos;
- O PAN perde 1,60 p.p. e 971 votos;
- O Chega alcança pela primeira vez 5,63 p.p. e 3980 votos e a IL 1,97 p.p. e 1391 votos;
- Nao concorreram o MRPP que em 2017 tinha obtido 1,82% e 1.211 votos, o PNR que tinha tido 0,44% e 290 votos e o PTB que tinha tido 0,28% e 185 votos;
- Este anos em Almada houve menos 540 votos brancos e menos 598 votos nulos;
-O número de votantes aumentou em 1678.
Lição principal : em Almada a CDU falha o seu propósito de recuperar a Câmara mas Almada é um dos escassos concelhos em que a CDU sobe a sia votação.
Marcelices
«A vitória em Lisboa foi sobretudo do antigo comissário europeu, que fica agora “numa posição muito forte para mais tarde marcar a viragem”, comenta-se em Belém. “Moedas criou um ciclo próprio”, entendem os mais próximos de Marcelo, convictos, porém, de que esse ciclo tem uma primeira etapa que passa por conseguir governar a câmara da capital: “Ele é muito bom a estabelecer consensos, mas se houver ruptura iminente, pode sempre forçar eleições intercalares e reforçar a votação em novas eleições.”
Certo é que, finalmente, a direita parece fornecer uma alternativa que agrada a Marcelo Rebelo de Sousa. Há anos que defende, em privado, as qualidades de Carlos Moedas, enquanto em público vai pedido uma alternativa forte. Em Março, quando o então administrador da Fundação Calouste Gulbenkian anunciou a sua candidatura à câmara da capital, algumas notícias davam conta de que Marcelo teria dado um empurrão à sua decisão.(...)» (Público)
Uma correcção necessária
No seu discurso de vítória, Carlos Moedas repetiu diversas vezes que «os lisboetas» decidiram isto e aquilo e quiseram isto e aquilo. Por mim, acho oportuno lembrar que «os lisboetas» deram à coligação de direita que sustentou Carlos Moedas 34,26% mas que os votos somados do PS, da CDU e do BE representam 50,02%. Essa soma de partidos teve mais 36.272 votos que a coligação de Carlos Moedas.
Isto vai. Tempo ainda
para reforçar a CDU
Sondagem RTP
sobre Lisboa
PS 37%
PSD/CDS 28 %
CDU 11%
BE 7%
IL 5%
PAN 3%
Chega 3%
Sobre a Galp, a refinaria
de Matosinhos e o pífio
ralhete de Costa à Galp