«Débeis paliativos»
ou medidas importantes
para centenas de milhar de portugueses?
Numa peça do Público a propósito da moção que o BE vai levar à sua próxima Convenção lê-se o seguinte: «O texto prossegue em acusar “a política de débeis paliativos” do PS se estar “confortada à direita pelo apoio do Presidente da República e legitimada à esquerda pelo PCP e pelo PAN”.
Leia-se agora o resumo breve e por isso incompleto feito por João Oliveira no XXi Congresso do PCP sobre o que o PCP conquistou no OE para 2021:
«A partir da aprovação de propostas apresentadas pelo PCP, o Orçamento passou a incluir um aumento significativo das verbas destinadas ao reforço do SNS, à contratação de profissionais de saúde, ao investimento em equipamentos hospitalares e à recuperação de consultas em atraso, ao reforço dos cuidados intensivos e das equipas de saúde pública; consagrou o pagamento dos salários [lay off] por inteiro e o prolongamento do subsídio de desemprego por 6 meses; passou a garantir o subsídio de risco aos trabalhadores de todos os serviços essenciais da responsabilidade do Estado; passou a prever que as MPME tenham acesso a apoios para assegurar o pagamento de salários e sejam dispensadas do Pagamento por Conta; inscreveu a criação de um apoio ao trabalho artístico e cultural para que a actividade seja retomada em condições de segurança sanitária; inscreveu a contratação de 5000 auxiliares e técnicos para as escolas e 2500 profissionais para as forças e serviços de segurança; alargou o aumento de € 10 euros das pensões e garantiu que seja pago a partir de Janeiro.»
Tudo visto, só me resta acrescentar sobriamente que votar contra na generalidade do OE era nem sequer haver discussão na especialidade e votar contra na votação final era deitar tudo isto e algo mais a perder e ficarmos condenados a um paupérimo e incapaz regime de duodécimos. Mas cada um saberá as coisas a que dá importância.