J.M. Tavares e a
ditadura do abismo
No «Público» de hoje, João Miguel Tavares a dado passo debita esta pérola:
Com este paleio típico de treinador de bancada, o que J.M. Tavares nos vem dizer é que, por causa do «abismo», é um «absurdo» e uma «encenação» que os partidos lutem pelas suas convicções, propostas e valores e procurem que o «abismo» ao menos não seja tão cavado.
É claro que J.M. Tavares não se dá ao trabalho de nos explicar o que é que deviam fazer os partidos de esquerda mas o que resulta meridianamente claro das suas palavras é que, por causa do dito «abismo», deviam assinar de cruz o Orçamento apresentado pelo governo e então já não haveria nem «absurdo» nem «encenação».
Peço muita desculpa mas isso seria uma penosa caricatura de democracia e uma insolente mutilação da liberdade conquistada.