28 julho 2020

É fartar vilanagem

Uma história mafiosa


«O Novo Banco vendeu mais de 13 mil imóveis a um fundo anónimo sediado nas ilhas Caimão, emprestou dinheiro a quem os comprou, registou prejuízos daquele que foi o maior negócio imobiliário dos últimos anos em Portugal, e o segundo maior da Península Ibérica, e ainda recebeu compensação pelas perdas de centenas de milhões através do Fundo de Resolução. Não se sabe quem comprou os imóveis e ninguém escrutinou quem eram os compradores.» - editorial de Amilcar Correia no «Público»

Se um dia se vier a descobrir que o fundo das ilhas Caimão é afinal da própria Lone Star, então mais gente perceberá porque é que chamam à Lone Star «fundo abutre».

27 julho 2020

Uma bela confissão

A auto-crítica
de António Barreto



Lendo estas linhas de António Barreto no seu artigo no «Público» de ontem, o meu primeiro impulso foi o de assinalar o absurdo     e o mau gosto de enfileirar a revolução de Abril numa lista de desgraças como a ditadura, as duas  guerras     mundiais, a guerra civil de Espanha e a guerra colonial. Mas depois vi que naquelas linhas havia algo mais importante. É que aquelas linhas também nos dizem que  «a contra-revolução dos anos seguintes» à revolução de Abril teve «seguramente      consequências gravíssimas e provocou muitos danos».
É uma confissão importantíssima sabendo-se  que António Barreto foi uma protagonista destacado dessa contra-revolução.

Entrevista no «Público»

Aqui há gato ...

Desta vez não me importam nada as opiniões benévolas de Francisco Assis sobre Passos Coelho. Só venho registar que Maria João Avilez quis entrevistar Assis propositadamente sobre Passos Coelho e aquele aceitou por ser “um exercício intelectual interessante”. Rui Rio que se cuide,alguém está a preparar o regresso político de Passos Coelho.

24 julho 2020

Um post de leitura obrigatória

Tudo o que governantes
e grande comunicação social
 nunca lhe contarão sobre
 os fundos europeus

«É verdade que Portugal nunca
recebeu tanto dinheiro ? Não é !»


«(...) Primeiro exercício: Quanto da União Europeia Portugal recebeu no passado?

Em 2000, Portugal negociou para seis anos um total de transferências de 33.187 mil milhões de euros de fundos estruturais. Veja-se o texto de Luís Madureira Pires, “30 anos de fundos estruturais (1986-2015)” (quadro 1). Ora, os valores de 2000 não são comparáveis com os de 2020. Usando o actualizador do INE, obtém-se que nessa década Portugal recebeu a preços de hoje – sem pompa e circunstância, e sem qualquer pandemia – 46.750 milhões de euros de fundos estruturais! Ora, para 2021-2027 Portugal, também para seis anos, vai receber menos do que isso - 45.100 milhões – já integrando 15.300 milhões de apoio por causa da pandemia e 29.800 milhões de euros de fundos estruturais! (...)»

João Ramos de Almeida aqui no magnifico
 «Ladrões de Bicicletas»

22 julho 2020

Declarações do primeiro ministro holandês

O que quase toda
 a gente está a esquecer

Aqui, aos 10 m. e 4o s., as declarações do primeiro-ministro holandês, no final da reunião, sobre a «condicionalidade» da realização de «reformas»

Ligeireza que vai sair cara

A enganadora saga
dos milhares de milhões



Eu sei que é pregar no deserto mas impressiona a ligeireza com que a generalidade da comunicação social tem estado a fazer  as contas sobre o acordo de Bruxelas. Mas importa lembrar que só chega aos valores acima publicitados incluindo os milhões que em qualquer caso Portugal já receberia até 2029 e os milhões de empréstimos que Portugal   não tem interesse em contrair porque já tem uma dívida elevadíssima. Tirando isso, sobram sim 15,6 mil milhões de subvenções. Mas isso não daria títulos tão vistosos.

21 julho 2020

Uma medida cheia de significado

Juntou-se a fome (PSD)
com a vontade de comer (PS)

Como se esperava ganhou a tese de Rui Rio de que responder a perguntas e prestar esclarecimento aos deputados não é trabalho. Podem limpar as mãos à parede.