Post de 2015
18 junho 2020
Sempre por cima
Os jogos de cintura
de um editorialista
de um editorialista
»A
Assembleia da República regressou ontem aos tradicionais
jogos de cintura que
fizeram fama na legislatura anterior. Ouvindo o que os representantes
das bancadas disseram ao longo da sessão, só mesmo os crentes
poderiam acreditar que o Orçamento Suplementar iria sobreviver. Mas,
apesar das críticas generalizadas à sua insuficiência, à sua
falta de ambição, às vistas curtas, aos supostos erros das
previsões, aos riscos que abre ao futuro, à opacidade e demais
censuras e vilipêndios, o diploma
foi aprovado na generalidade.
Porquê? Porque, apesar de tantos defeitos, só os partidos mais à
direita (CDS, Chega e Iniciativa Liberal) foram
capazes de passar das palavras aos actos e transformar as críticas
num voto contra.»
-Manuel
Carvalho em editorial no «Público»
Lida
esta magnifica e ácida prosa, o que se impõe a qualquer leitor é
uma coisa muito simples. Nem mais nem menos do que imaginar o que
Manuel Carvalho teria escrito caso o Orçamento suplementar tivesse
sido ontem chumbado logo na generalidade. Por mim estou absolutamente
certo que teríamos um editorial igualmente magnifico e ácido a
vituperar a terrível irresponsabilidade de quem chumbou um Orçamento
em plena situação de pandemia. Em síntese são os «jogos de
cintura» dos editorialistas, gente especialmente dotada para
criticar tanto uma coisa como o seu contrário dependendo do dia.
17 junho 2020
Ai a pandemia ...
Um espalhafato
desnecessário
Talvez se pudesse compreender que o PR e o primeiro-ministro numa das suas declarações ocasionais à comunicação social mostrassem o seu agrado (turismo oblige) pela decisão da UEFA de realizar em Lisboa a fase final da Champions. Mas já realizar no Palácio de Belém uma cerimónia pública com a presença das três mais altas figuras do Estado (e escolher a palavra «prémio» aplicada aos profissionais de saúde) é do domínio do provinciano, exagerado e algo pacóvio. Acreditem ou não a pandemia também tem efeitos perversos sobre as instituições da República.
Um livro estrangeiro por semana ( )
Red, Black, White -
The Alabama Communist
Party (1930-1950)
The Alabama Communist
Party (1930-1950)
- 248 pag., 26.52 $
- Edição da University of Georgia Press
- (2019)
16 junho 2020
Quem o assinou pode limpar as mãos à parede
Mas que belo contrato !
«o contrato de compra previu que em “circunstâncias de extrema adversidade”, como uma pandemia, o Estado é forçado a injectar automaticamente o dinheiro necessário para manter o banco dentro das metas de solidez definidas.» (Público de hoje)
15 junho 2020
O «omnipres(id)ente»
Ninguém escapa ao
Presidente. Nem na telescola.
Presidente. Nem na telescola.
"Olá boa tarde, chamo-me Marcelo Rebelo de Sousa e sou professor. E hoje vou matar saudades". Foi assim que o Presidente da República começou a teleaula na RTP Memória. Durante cerca de meia hora, o Presidente da República deu 10 "lições da pandemia" ao alunos da telescola. A intervenção sobre cidadania passou assim a ser uma explicação sobre o covid-19 e a forma como ele chegou a Portugal e apanhou o Mundo de assalto.» (DN hoje)
14 junho 2020
13 junho 2020
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