07 julho 2018

Porque hoje é sábado ( )

Luluc
A sugestão musical deste sábado vai para o duo folk australiano Luluc e o seu novo álbum «Sculptor».

ouvir aqui

04 julho 2018

Conclusão em modo Bonifácio

Se Álvaro Cunhal não
comia febras de porco
com as mãos, então tinha
espírito de classe dos ricos





«(...) Poucos conceitos serão tão hipócritas como o de "opção de classe", para não me demorar  no intrínseco absurdo  de que a expressão enferma. Nascemos numa classe social, como nascemos num determinado país, região ou cidade.  Não se muda de classe por "opção" como quem muda de casaco.» (...)» Um Cunhal a comer febras de porco com as mãos saberá sempre a esforço e a falso.  Um Soares a viver num T3 na Amadora  chega a ser impensável. De Mitterand então, nem se fala. E por aí fora,milhares de exemplos possíveis.  No entanto. tudo isto é tido como natural e aceitável. Não por mim».

Depois desta prosa épica de Fátima Bonifácio no «Público» de hoje, fica-me sobretudo uma incómoda, desestabilizadora e dilacerante pergunta: Jerónimo de Sousa comerá febras de porco com as mãos ?



Um livro estrangeiro por semana ( )

A Russian Journal

Capa dura 39,99 $
«John Steinbeck and acclaimed war photographer, Robert Capa ventured into the Soviet Union to report for the New York Herald Tribune. This rare opportunity took the famous travellers not only to Moscow and Stalingrad - now Volgograd - but through the countryside of the Ukraine and the Caucasus. A RUSSIAN JOURNAL is the distillation of their journey and remains a remarkable memoir and unique historical document. Steinbeck and Capa recorded the grim realities of factory workers, government clerks, and peasants, as they emerged from the rubble of World War II. This is an intimate glimpses of two artists at the height of their powers, answering their need to document human struggle.»

Ler texto de José Riço Direitinho no «Público»

29 junho 2018

Notícia triste e dorida

Um adeus a
José Tengarrinha

em plena batalha da farsa eleitoral
de Outubro de 1973

Embora tristemente esperada, chega a notícia da morte, aos 86 anos, de José Manuel Tengarrinha. Nesta ocasião, não me apetece inovar e por isso aqui reproduzo o que escrevi na altura do almoço de homenagem pelos seus 80 anos. Disse então que «Muitos e diversos serão os laços, os afectos e os pontos de referência que cada um dos participantes nesta homenagem sentirá em relação ao homenageado. Entretanto, arrisco que, a par dessa legítima e compreensível diversidade, entre todos haverá como traço comum o reconhecimento de que José Tengarrinha é um figura destacada da resistência antifascista e da construção da democracia, um historiador e intelectual de grande mérito e seriedade e um homem de carácter, de convicções e de serena firmeza.» E acrescentei: «Não me sinto capaz de, em forma justa, dar um testemunho pessoal sobre os  anos (sobretudo de 1969 a 1976) em que, de forma regular e intensa, trabalhei politicamente e convivi com José Tengarrinha e de descrever quanto com ele aprendi e cresci politicamente, sendo que já uma vez, a respeito de outro amigo  recentemente falecido, aqui evoquei quanto os democratas da chamada «geração de 60» devem a democratas e homens e mulheres de esquerda que, mais velhos, no campo legal ou semi-legal, mantiveram acesa a chama da luta pela liberdade nos tempos especialmente sombrios e duros que precederam a chegada de cidadãos como eu e outros à vida política activa.»

Assim sendo, resta-me enviar um sentido abraço de solidariedade à Barbara Schilling, sua companheira, à sua irmã, Margarida Tengarrinha, aos seus filhos João e Rosa  e também, justificadamente, à Helena Pato.

[câmara ardente a partir da 18 hs. de domingo, na Basílica da Estrela.


28 junho 2018

Portugal 2018

Depois venham-me falar
da falta de sustentabilidade
da segurança social


 «Jornal de Nagócios», hoje

Dispenso-me de mais comentários. Com excepção de um : é que muito gostava eu de saber que parte destes 1o mil milhões respeita a descontos feitos pelos trabalhadores e não entregues pelo patronato à Segurança Social.