04 julho 2018

Conclusão em modo Bonifácio

Se Álvaro Cunhal não
comia febras de porco
com as mãos, então tinha
espírito de classe dos ricos





«(...) Poucos conceitos serão tão hipócritas como o de "opção de classe", para não me demorar  no intrínseco absurdo  de que a expressão enferma. Nascemos numa classe social, como nascemos num determinado país, região ou cidade.  Não se muda de classe por "opção" como quem muda de casaco.» (...)» Um Cunhal a comer febras de porco com as mãos saberá sempre a esforço e a falso.  Um Soares a viver num T3 na Amadora  chega a ser impensável. De Mitterand então, nem se fala. E por aí fora,milhares de exemplos possíveis.  No entanto. tudo isto é tido como natural e aceitável. Não por mim».

Depois desta prosa épica de Fátima Bonifácio no «Público» de hoje, fica-me sobretudo uma incómoda, desestabilizadora e dilacerante pergunta: Jerónimo de Sousa comerá febras de porco com as mãos ?



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