05 fevereiro 2016

Cardoso Pires e Orlando da Costa

Dois felizes reencontros...



... graças às edições em 2014, pela  editora A Bela e o Monstro,  fac-similadas e plastificadas da edição original (1952) de «Histórias de Amor», de José Cardoso Pires, com capa de Victor Palla, e da edição original do romance de Orlando Costa «Podem Chamar-me Euridice...», com capa de Sabastião Rodrigues.

Estas oportunas reedições são ainda valorizadas pelo facto de incluírem também os fac-similes  dos despachos da Censura proibindo estas duas obras que, à falta de melhor, reproduzo desta maneira:

Despacho:
Em 26 / 6 /1952
Distribuido para leitura em 25/8/952
Recebido em 26 / 8 /952
Relatório nº 4822
Autor : José Cardoso Pires
Tradutor:
Editor: Editorial Gleba - Lisboa
Proveniência: Requisitado pela Censura à Editorial Gleba

HISTÓRIAS DE AMOR
Imoral.
Contos de misérias sociais e em que o aspecto sexual se revelaindecorosamente.
De proibir.
O SUBDIRECTOR
a) José da Silva Dias
Cap.

Despacho:
Em 13 /2 /1965
Distribuido para leitura em 13/2/1965
Recebido em 12/ 2 / 1965
Relatório nº ____
Autor : Orlando da Costa
Tradutor:
Editor:Arcádia - Lisboa
Proveniência: Adquirido

“PODEM CHAMAR-ME EURIDÍCE…”

Trata-se de um romance de amor entre estudantes universitários, cuja acção se situa num ambiente subversivo e com alguma imoralidade, em que o A. manifesta o propósito de exteriorizar o seu espírito de facção.
Vão assinaladas as passagens das páginas  3º6 a 38, 50, 51, 71 a 76, 100, 103, 109,115, 129, 130, 139 a 141,  153, 174, 175 e 204 até à última página.
É pois de proibir a circulação deste livro dada a sua índole acentuadamente revolucionária e o despudor que o caracterizam.

O leitor :
José de Sousa Chaves

Maj.

Passos Coelho

Continua em
estad0 de negação


«Admito que, à força de não querer falhar, possa ter levado mais longe do que seria necessário a imagem de determinação que ficou associada à fase de austeridade. Mas, se nem todos os portugueses me perdoaram ainda essa dureza, é minha convicção que foram em maior número os que redobraram a sua confiança na minha determinação", completou, assinalando que a coligação PSD/CDS-PP foi a força mais votada nas legislativas.» - Passos Coelho no lançamento da sua candidatura à liderença do PSD.

E agora só venho lembrar que o «foram em maior número os que redobraram a sua confiança» na determinação dele tem absoluta e indiscutível confirmação no facto de a coligação PSD-CDS, em 4 de Outubro, ter perdido



04 fevereiro 2016

O papel e os cenários aguentam tudo

Já há muito tempo
que não me ria tanto


E já repararam que, tirando os dedos em V, o desenho tem alguma coisa de «soviético» ?

02 fevereiro 2016

Pela boca morre o peixe

O homem que tanto se indignou
na TVI com o «engraçadinha»
disse isto em 17 de Janeiro



 « fê-lo sem sermões e piscar de olhos
para nenhuma confissão religiosa»

comprovação aqui

E o PCP não fez nenhum escarcéu e todos os muito indignados com o «um candidato ou candidata engraçadinha» nem piaram.


P.S.: Vá lá, Alexandra Lucas Coelho, escreva agora um artigo sobre isto.

«Ultrapassagens»

E que tal um pouco de
equidade, bom senso
e sentido das proporções ?

"E isso mostra como o PCP, ao contrário do que afirma, 
sabe que boa parte da perda não se deveu aos media, 
nem foi para a abstenção, para o voto útil em Nóvoa,
 muito menos para a esponja Marcelo, 
mas sim para o Bloco de Esquerda. 
Por mérito do Bloco, mas antes de mais
 por demérito do PCP."
Alexandra Lucas Coelho [ apoiante
de Marisa Matias] no Público de 
31.1.2016

Nas últimas presidenciais e também aqui
a «ultrapassagem» do PCP pelo BE mereceu centenas de referências e quase todas insinuando uma perigosa crise do PCP e uma alteração quase estrutural do quadro partidário.

O mesmo já havia acontecido aqui (daqui em diante atenção aos anos):




Entretanto, por junto e ao todo não se gastarm 100 palavras sobre as «ultrapassagens» pelo PCP do BE atestadas aqui


e aqui com Marisa Matias como 1ª candidata
Conclusões ? Tire-as o leitor.

P.S.  : Alexandra Lucas Coelho está tão cega que também consegur escrever que o PCP sofreu «acelerada erosão eleitoral» nas duas últimas eleições: ora, nas legislativas, o PCP subiu em votos, em % e deputados eleitos.