02 fevereiro 2016

Pela boca morre o peixe

O homem que tanto se indignou
na TVI com o «engraçadinha»
disse isto em 17 de Janeiro



 « fê-lo sem sermões e piscar de olhos
para nenhuma confissão religiosa»

comprovação aqui

E o PCP não fez nenhum escarcéu e todos os muito indignados com o «um candidato ou candidata engraçadinha» nem piaram.


P.S.: Vá lá, Alexandra Lucas Coelho, escreva agora um artigo sobre isto.

«Ultrapassagens»

E que tal um pouco de
equidade, bom senso
e sentido das proporções ?

"E isso mostra como o PCP, ao contrário do que afirma, 
sabe que boa parte da perda não se deveu aos media, 
nem foi para a abstenção, para o voto útil em Nóvoa,
 muito menos para a esponja Marcelo, 
mas sim para o Bloco de Esquerda. 
Por mérito do Bloco, mas antes de mais
 por demérito do PCP."
Alexandra Lucas Coelho [ apoiante
de Marisa Matias] no Público de 
31.1.2016

Nas últimas presidenciais e também aqui
a «ultrapassagem» do PCP pelo BE mereceu centenas de referências e quase todas insinuando uma perigosa crise do PCP e uma alteração quase estrutural do quadro partidário.

O mesmo já havia acontecido aqui (daqui em diante atenção aos anos):




Entretanto, por junto e ao todo não se gastarm 100 palavras sobre as «ultrapassagens» pelo PCP do BE atestadas aqui


e aqui com Marisa Matias como 1ª candidata
Conclusões ? Tire-as o leitor.

P.S.  : Alexandra Lucas Coelho está tão cega que também consegur escrever que o PCP sofreu «acelerada erosão eleitoral» nas duas últimas eleições: ora, nas legislativas, o PCP subiu em votos, em % e deputados eleitos.



30 janeiro 2016

A não perder

Um filme forte
e uma pergunta terrível











Porque hoje é sábado ( )

Kamasi Washington



A sugestão musical deste sábado é dedicada
ao saxofonista norte-americano
Kamasi Washington.


Mistérios do jornalismo português

Onde param os famosos «critérios
jornalísticos»
ou porque será ?



No Público online  com data de ontem há uma notícia assim (aliás, da autoria da Lusa)

mas na edição impressa não encontro nem uma linha.

E nas capas dos principais jornais não encontro nem uma minúscula chamadinha.

Estranho, não é ?


Dois documentários e...

... duas sugestões para as 
secções de compras das televisões 

Go inside the coal miners' bitter battle for dignity at the dawn of the 20th century with The Mine Wars. The struggle over the material that fueled America led to the largest armed insurrection since the Civil War and turned parts of West Virginia into a bloody war zone.
ler  aqui

LONDON RECRUITS
The Secret War Against Apartheid
Compiled and edited by Ken Keable
With an introduction by Ronnie Kasrils and a foreword by Z. Pallo Jordan

The history of the Anti-Apartheid movement brings up images of boycotts and public campaigns in the UK. But another story went on behind the scenes, in secret, one that has been never told before.

This is the story of the foreign recruits and their activities in South Africa, how they acted in defiance of the Apartheid government and its police on the instructions of the African National Congress. It tells of:
- ANC Banners that unfurled
- ANC speeches that sounded through public places
- Buckets that exploded and showered ANC leaflets
- Transportation of weapons, communications, logistics
- Helping ANC fighters to enter South Africa, 
- and more…..
Many recruits were Young Communists, others were Trotskyists or independent socialists; from the UK, Ireland, the Netherlands, and the USA, and they all took amazing risks. 
Some paid a heavy price for their support. This is their untold story.

Royalties from this book will go to The Nelson Mandela Children's Fund

29 janeiro 2016

A propósito de ignorância cavalar

Alguns, não eu, dirão que
são os malefícios 
da "decilitragem"

Muitos leitores detestam que eu dê confiança a esta gentinha desta mas eu, teimoso como tudo, divirto-me muito a divulgar as patetices senis de Vasco Pulido Valente.

No Público de hoje, arrota o sujeitinho : «(....) De 1975 em diante o PC arrastou uma existência mesquinha e acabou reduzido a umas Câmaras no Alentejo, com uma população envelhecida e sem qualquer importância estratégica e a uma dúzia de sindicatos do funcionalismo público e de companhias do Estado. A sua morte natural parecia próxima.»

Visto isto, só há que concluir que, em matéria de PCP, VPV é possuidor ou de uma ignorância cavalar ou caiu em pequenino  no caldeirão da má-fé (sem culpa dos pais que eram antifascistas estimados). Assim:

1. VPV não sabe que em 1979, ou seja 4 anos depois do 25 de Novembro de 1975, a «existência mesquinha» do PCP bem se revelou nos 18,80% obtidos pela APU em legislativas e dos 20,22% (CM) obtidos em eleições autárquicas;

2.VPV não sabe que no interior centro e norte há mais população envelhecida fora do Alentejo do que dentro dele;

3.VPV não sabe que nas últimas eleições autárquicas de 2013 a CDU  conquistou mais Câmaras Municipais (15) fora dos distritos de Évora, Beja e Portalegre do que as que conquistou nesses distritos (14), entre as quais de novo Loures que, como toda a gente sabe, é um imenso lar de idosos .

4. Finalmente, e para abreviar, mas isto sem aceitar a etiquetagem feita por VPV, é evidente que o próprio nunca se deu  nem dará ao trabalho de consultar a lista completa de sindicatos aderentes da CGTP-IN para não descobrir que a maioria actua no sector privado.

E, pronto, porque há supostos «prestígios» que são eternos e nada abala, Vasco Pulido Valente continuará a escrever três vezes por semana na última página do Público.