07 novembro 2015

Os 115 e...

... a oitava praga do Egipto

Graças à crónica de Vasco Pulido Valente hoje no Público fiquei a saber que os 115 grandes empresários (qual empresas familiares, qual carapuça !) que publicaram um recente manifesto de apoio à direita ainda diminuidamente governante, para além de ameaçarem com as sete pragas do Egipto, ainda rosnaram que há «o facto de dois dos partidos que podem formar governo serem estatutariamente anti-iniciativa privada».
Sobre isto, apenas duas observações:

1. No Programa do PCP, pode ler-se quanto à fase da democracia avançada:

(....) 3. Para garantir este projecto de desenvolvimento económico, torna-se necessária uma organização económica mista, liberta do domínio dos monopólios, com sectores de propriedade diversificados e com as suas dinâmicas próprias e complementares, respeitadas e apoiadas pelo Estado, designadamente:
– um Sector Empresarial do Estado – empresas nacionalizadas, públicas, de capitais públicos e participadas – dinâmico, integrado e eficiente, abrangendo designadamente a banca e seguros e outros sectores básicos e estratégicos da economia (nomeadamente na energia, na indústria, nos transportes, nas comunicações), com uma estrutura empresarial diversificada, e desempenhando um papel determinante no desenvolvimento das forças produtivas e na aceleração do desenvolvimento económico;
– um sector privado constituído por empresas de variada dimensão (na indústria, na agricultura, na pesca, no comércio, que uns anosnos serviços), destacando-se as pequenas e médias empresas pela sua flexibilidade e pelo seu peso na produção e no emprego, e as pequenas e médias explorações agrícolas, nomeadamente as familiares, pelo seu papel na produção agrícola e pecuária e na preservação do mundo rural;
E, quanto ao socialismo, pode ler-se:
«(...) na organização económica, a propriedade social sobre os principais meios de produção, uma direcção planificada da economia combinada com a iniciativa e directa intervenção das unidades de produção e dos trabalhadores, a coexistência de formas de organização estatais, autogeridas, cooperativas, colectivas, familiares e individuais, com empresas privadas de diversa dimensão (...)
2. Porque a memória é consabidamente curta, até aposto entre os 115, devem estar muitos daqueles que, há uns anos, assinaram um manifesto em defesa dos «centros de decisão nacional»  e, logo a seguir venderam uma data de empresas a estrangeiros.

Porque hoje é sábado ( )

Jlia Hulsmann 

A sugestão musical deste sábado
 vai para a pianista de jazz alemã
Julia Hüllesman


Quatro pérolas de Álvaro Beleza

Digam lá se isto
não é uma beleza !

O sujeito em entrevista ao Público hoje :


«(...) Portanto, o PS viabilizaria um Governo que ficaria dependente do PS. Seria um Governo refém do PS. E a prazo, evidentemente. Se no prazo de um ano, esse Governo não mudasse de rumo, continuando com políticas austeritárias, ultraliberais, é evidente que o PS tinha um ano para construir uma alternativa com os partidos à sua esquerda.»

Comentário: e o que aconteceria à vida dos portugueses durante um ano seriam amendoins, não é, Álvaro Beleza ?

«(...)Prefere o PCP a Marine Le Pen?

Claro que sim. O PCP tornou-se num partido trabalhista e nacionalista. Na sua essência já não é um partido leninista. Já não é internacionalista, já usa a palavra patriota.
Já usava com Cunhal.

Comentário: mais um que confunde «nacionalismo» com «patriotismo» e mais um que não sabe que internacionalismo e paatriotismo, sem nenhuma contradição, fazem parte do código genético do PCP.

«(...)  O PCP é um partido muito conservador e muito rural.»

Comentário: a ignorância é, de facto, muito atrevida. Álvaro Beleza está prisioneiro de clichés que ouve há muito e não sabe que os votos recebidos pela CDU nos distritos de Portalegre, Évora e Beja e nos concelhos  de Santiago do Cacém, Grândola, Álcacer do Sal e Sines representam apenas 11,2% da sua votação nacional !!!

{O PCP] Ainda é revolucionário?
Não. O PCP, para mim, é um partido conservador, nacionalista, mas trabalhista, amigo dos trabalhadores e muitos deles, vê-se que é gente do trabalho, humilde, que passaram dificuldades. Toda a gente tem respeito pelos comunistas. Mas são o que são. E são uma família e têm uma história. É mais do que um partido. É quase uma religião. Basta ver a Festa do Avante!»


Comentário: olha, filho, quanto a isso, está descansado. Eu já escrevi à direcção do PCP a propor que, para o ano, a Festa anual do Partido se chama Festa do Avante! 2016 - Fátima 2.

06 novembro 2015

Eu não pedi este disco mas...

... agora é o acordo ser com três
em separado, a seguir é afinal não haver ministros do PCP e do BE no Governo,
a seguir será que..., e, depois ainda,
que..., mas respondam lá a esta inocente pergunta de um querubim político




E «country» para esta sua noite

Chris Stapleton e Justin Timberlake
(premiados no Country Music Association Award)



Entre PCP e PS

Um passo
importante  para o acordo !

aqui no sítio do PCP
P.S.: Chamo a atenção para que a parte sublinhada não está a ser correctamente citada por órgãos de   comunicação social que eliminam o «para a adopção de uma política que...»

Uma bela viagem

A força imensa de certas fotos



o sorriso do francês fuzilado pelos nazis
30 aqui

05 novembro 2015

Novidades da quadrilha !

Um governo que ainda não viu 
(nem verá) o seu programa aprovado
vai enviar propostas-de-lei para a AR



Parece que isto é para obviar ao facto de não ir haver Orçamento tão cedo. Mas, se é assim, então um novo governo do PS pode ele muito bem apresentar e muito a tempo as propostas de lei, de preferência melhores que estas. Pura manobra de propaganda, pois.

Os célebres 3% têm uma história fantástica

Artigo antigo e longo 
mas a não perder !


(graças a Vítor V C Vieira no Facebook)

na íntegra aqui

O exemplo de J.M.T.

Como eles debatem !!!


«(...)É daqui que nascem frases como aquela que Jerónimo de Sousa proferiu na sua última entrevista – “gostava que um economista me explicasse por que é que o défice tem que ser de 3% em vez de 4%” –, e todas as outras variantes que António Costa parece agora ansioso por acolher. A esquerda vê política onde a direita só está a ver matemática. E a esquerda diz: “Ah, mas isso já é política!” Mas não, é só mesmo matemática.»

É assim que João Miguel Tavares terrina a sua crónica de hoje no «Público». Mas, mesmo não sendo economista, não se deu ao trabalho de explicar a Jerónimo de Sousa porque há-de ser 3% e não 4% !!!