Não deve haver esse perigo mas
pode ser Ministro da Justiça alguém
que, enquanto director da Judiciária, promoveu em 1999 fugas de
informação para o DN que ali eram
escutadas em alta voz ?
27 outubro 2015
È bom lembrar !
Um livro estrangeiro por semana ( )
La otra cara del Caudillo
Editorial Crítica, 448 p., 22.90 E.
António Elorza aqui em El País:«(....)Acierta Viñas al reconocer la exigencia de enfrentarse a la corriente historiográfica y política que con insistencia creciente trata de rehabilitar a Franco, exaltando sus supuestas realizaciones y destrozando de paso la imagen de la Segunda República con argumentos similares a los que esgrimieron los sublevados de 1936. El libro de Stanley Payne y Jesús Palacios Franco, una biografía personal y política (Espasa, 2014) es la mejor muestra de esa orientación, y, documentos en la mano, Viñas se entrega a la labor de desmantelarla página a página. .El único reproche a esa tarea consiste en la forma adoptada, de ir invalidando las posiciones neofranquistas una por una, de manera que la interpretación pierde fluidez expositiva y la crítica asume una innecesaria aspereza. La ironía es más útil que el sarcasmo. Unas notas a pie puntuales hubieran podido resolver la cuestión, relegando las menciones bibliográficas al final de los capítulos.
Más allá de las aportaciones relativas a aspectos sectoriales —la espléndida sobre el Ejército como instrumento de la disuasión, el antisemitismo o el apunte sobre el enriquecimiento de Franco durante la guerra—, Viñas realiza un esfuerzo considerable, siempre armado con referencias documentales, para refutar la conocida interpretación de Juan Linz del franquismo como régimen autoritario, tema que vinculara ya en tiempos Juan José Carreras al americanismo del “centinela de Occidente”. (...)»
26 outubro 2015
Não queriam mais nada ?
Olhem, mordam aqui !
Há dois dias, fazendo inovadoramente rodar a roufenha cassete que tantos outros tem debitado, escrevia o incontornável António Barreto no DN que «Não é novidade que o PC e o Bloco desprezem a independência dos deputados. Mas custa ver o PS alinhar pela mesma medida. Este desprezo pode ir a extremos inéditos: Costa está pronto a fazer governo, baseado num acordo que ninguém viu, nem Presidente nem deputados. Nem o PS! Muito menos o povo.»
Este tema merece duas relativamnente curtas observações:
- a primeira é que eu não vi ( e Barreto também não) PSD e CDS (cuja apresentação perante a AR Barreto defende) apresentarem qualquer acordo de base de apoio maioritária ao Presidente, aos deputados, aos seus próprios partidos e muito menos ao povo;
- segunda é que era preciso que o PS, o PCP, o BE e os Verdes fossem patinhos tótós para cairem na esparrela óbvia de divulgarem já ou agora o seu acordo; de facto, isso seria muito vantajoso para o PSD e o CDS que, em época de apresentação do seu programa de governo (que vai ser, por aflição, muito «embelezado»), poderiam dele desviar as atenções, (graças à vasta corte canina de que dispõem na comunicação social) para as reais ou alegadas cedências entre os seus opositores ou para os supostos custos desse acordo.
Sim, queridos, mordam aqui !
Lembrando o assassinato de Ben Barka
Há 50 anos
LA CASE DU SIÈCLE -
AFFAIRE BEN BARKA –
LE DERNIER SECRET
Um documentário do amigo e camarada
Octávio Espírito Santo
Octávio Espírito Santo
Le 29 octobre 1965, Mehdi Ben Barka est enlevé devant la Brasserie Lipp, à Paris.
© Siècle Productions
Qui a commandité l’enlèvement de Mehdi Ben Barka et dans quel but ? Comment est-il mort ? Cinquante ans après la disparition de l’opposant marocain, ce documentaire revient sur l’une des grandes énigmes politiques du XXe siècle.
Né à Rabat en 1920 dans une famille modeste, « élève surdoué et doté d’un esprit d’organisation fantastique », selon Marc Sabbah, son condisciple au lycée, Mehdi Ben Barka devient rapidement l’une des figures de la lutte contre le protectorat. En 1955, il concourt activement au retour du roi Mohammed V, contraint à l’exil par la France et considéré comme le père de la nation marocaine. Il participe ensuite, en novembre 1956, aux négociations qui aboutissent à l’indépendance. Nommé président de l’Assemblée consultative du Maroc, il fonde en 1959 un parti de gauche qui se place dans l’opposition. En 1961, la mort subite de Mohammed V, dont il était le protégé, change la donne. Le nouveau souverain, Hassan II, se méfie de son ancien professeur de mathématiques et de sa popularité grandissante. Un supposé accident de la route avec une voiture de police manque de lui coûter la vie et le force au départ en 1962. Deux ans plus tard, accusé de complot contre la monarchie, il est condamné à mort par contumace. Comme l’écrit l’historien Jean Lacouture, Ben Barka devient alors un « commis voyageur de la révolution ». Il multiplie les rencontres avec les grandes figures et les indépendantistes du tiers-monde. En 1965, il préside le comité préparatoire de la Conférence tricontinentale qui doit réunir à La Havane, en janvier 1966, les représentants des mouvements de libération des peuples d’Afrique, d’Asie et d’Amérique latine. Dès lors, Ben Barka acquiert une stature internationale et dérange. Mais qui ?
Un enlèvement minutieusement préparé
Selon l’historien marocain Maâti Monjib, « Ben Barka était devenu le principal danger politique et diplomatique pour Hassan II, qui voulait son retour de gré ou de force ». D’autres spécialistes comme Mostafa Bouaziz pensent que « si on lui en voulait, c’était à cause de son rôle international ; il était en train de fonder la Tricontinentale, il avait une influence sur les révolutionnaires de l’époque […] ; ses positions étaient claires contre les Etats-Unis et l’impérialisme en général ». Le doute subsiste. Quelles que soient les raisons de l’enlèvement, on retrouve à l’origine de celui-ci trois Marocains : le général Oufkir, homme fort du régime, le colonel Dlimi, chef de la Sûreté nationale, et le commissaire de police Chtouki. Oufkir connaît bien le ministre français de l’Intérieur de l’époque, Roger Frey, et un de ses proches, Pierre Lemarchand. Député gaulliste, ce dernier, qui a dirigé les groupes de barbouzes ayant combattu l’OAS, va jouer un rôle crucial dans le piège tendu à Ben Barka. Il propose aux Marocains de faire appel au célèbre gang des tractions avant. Afin de déjouer la méfiance de l’opposant qui se sait menacé, on envoie l’approcher un fils de bonne famille, qui a des relations avec les truands : Georges Figon. L’idée est d’attirer Ben Barka à Paris avec un projet de film sur la colonisation. Trois autres personnages se joignent à l’équipe : Antoine Lopez, un agent du SDECE (les services du contre-espionnage français), Louis Souchon et Roger Voitot, deux policiers de la brigade mondaine. L’opération est en place. Le 29 octobre, à 12 h 15, alors que Mehdi Ben Barka se dirige vers la Brasserie Lipp, où il a rendez-vous pour les besoins du film, Souchon et Voitot se présentent et l’invitent à monter dans leur voiture. Personne ne le reverra.
Depuis 1966, neuf juges d’instruction se sont succédé pour tenter de faire la lumière sur une affaire qui garde, cinquante ans après, bien des zones d’ombre. Fernando Henrique Cardoso ou ...
... ora bem !
Para quem não saiba, o social-democrata FHC
ficou célebre por, quando chegou à Presidência, ter dito «esqueçam tudo o que eu escrevi» (antes).
25 outubro 2015
Para o seu domingo
Recordando Vera Lynn
e «We'll meet again»
e «We'll meet again»
Canção inglesa da 2ª Guerra Mundial e
que, há uns anos, fechou o «Canções da Atalaia»
na Festa do Avante!
que, há uns anos, fechou o «Canções da Atalaia»
na Festa do Avante!
«Inegociáveis» diz ela
Descoberto na cave de Teresa
de Sousa o 11º mandamento !
No Público
de hoje, escreve Teresa de Sousa, igual a si própria : «Cavaco tinha e tem o
direito e o dever de lembrar aos principais partidos políticos que há coisas
inegociáveis, como o destino europeu do país sufragado em todas as eleições, do
qual PCP e BE se auto-excluíram. Desse destino faz parte a pertença ao euro,
que está hoje no centro da integração europeia. A opção estratégica pela Europa
envolve igualmente uma componente atlântica, que sempre fez parte da nossa
identidade (mesmo que ultimamente bastante descurada pela coligação). Relembrar
isto tudo seria útil.
A não ser por golpe de Estado ou instauração de uma ditadura, o que poderia impedir um governo e uma maioria parlamentar futuros de, por hipótese, desencadearam os processos, referendários ou não, de dissociação de Portugal daquelas «coisas» ?
Já se
está farto de saber que nenhuma destas coisas que Teresa de Sousa clama serem
«inegociáveis» não está em negociação entre PS, PCP, BE e Verdes. Mas outra
coisa e, a meu ver, de estrondosa gravidade, é alguém vir dizer que aquelas
coisas são «inegociáveis» por definição. Na verdade importa perguntar; porquê ?
Com que fundamento ? Será que quem diz isto nos quer dizer que aquelas coisas
são factores identitários da República Portuguesa, acima da Constituição da
República, da soberania democrática e da eventual vontade dos portugueses ? São
o resultado de algum decreto divino ou surpreendente 11º Mandamento ?
P.S.1:Por ser raro, honra seja feita ao Público que, pelo menos na sua edição online, no fim de uma peça dedicada a saber se o CDS teve ou não um «deriva antieuropeista», publica esta nota final:
P.S. 2:Contra as carradas de falsificações circulantes, aproveito para esclarecer que no Programa Eleitoral do PCP está a defesa da «dissolução da Nato» (aliás, de acordo com o artº 7º da Constituição) mas não está nenhuma defesa de uma saída unilateral de Portugal da NATO.
P.S.3: Para quem não saiba, a Constituição diz, no nº 6 do artº 7º que «Portugal pode» e não que Portugal convenciona» : «Portugal pode, em condições de reciprocidade, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado de direito democrático e pelo princípio da subsidiariedade e tendo em vista a realização da coesão económica, social e territorial, de um espaço de liberdade, segurança e justiça e a definição e execução de uma política externa, de segurança e de defesa comuns, convencionar o exercício, em comum, em cooperação ou pelas instituições da União, dos poderes necessários à construção e aprofundamento da união europeia
P.S.3: Para quem não saiba, a Constituição diz, no nº 6 do artº 7º que «Portugal pode» e não que Portugal convenciona» : «Portugal pode, em condições de reciprocidade, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado de direito democrático e pelo princípio da subsidiariedade e tendo em vista a realização da coesão económica, social e territorial, de um espaço de liberdade, segurança e justiça e a definição e execução de uma política externa, de segurança e de defesa comuns, convencionar o exercício, em comum, em cooperação ou pelas instituições da União, dos poderes necessários à construção e aprofundamento da união europeia
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