11 setembro 2014

Neste trágico e inapagável dia


«Après l’arrivée au pouvoir d’Augusto Pinochet au Chili le 11 septembre 1973, à la suite d'un coup d’Etat, son gouvernement militaire a exécuté, fait «disparaître», ou torturé des milliers de citoyens. Une exposition intitulée «Disobedient Objects» (objets de désobéissance), actuellement au Victoria & Albert Museum de Londres, contient quelques exemples d’arpilleras
[serapilheiras]: des courtepointes (quilts en anglais) brodés par des femmes chiliennes pour dénoncer les injustices du régime.
La plupart des personnes qui ont disparu sous Pinochet étaient des hommes, et leur absence a provoqué beaucoup d’insécurité économique pour les femmes de leurs familles. Les arpilleras ne représentent pas uniquement l’aspect sanglant du régime, elles illustrent aussi les privations et humiliations de la vie quotidienne.
L’Eglise catholique, qui était opposée au régime, organisait des ateliers pour que les femmes puissent créer ces couvertures, et fournissait souvent le tissu et les fils. L’Eglise vendait ces arpilleras à l’étranger, et redistribuait ensuite l’argent récolté aux femmes. Le gouvernement a fini par interdire la possession et l’exposition des arpilleras, mais beaucoup ont continué à en faire à l’étranger.
Le Royal Alberta Museum, au Canada, a une exposition en ligne sur le mouvement des arpilleras. On peut trouver d’autres exemples d’arpilleras dans le blog de l’anthropologue et journaliste Margaret Snook.»

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Hoje, 11 de Setembro, não por acaso

Les Grandes Bouches





Mistérios da vida política

Uma pequena
mas saborosa vitória



Prezados leitores, aqui venho humildemente confessar uma minha grande mas feliz estupefacção: é que, a propósito das «primárias»do PS, vejo agora 90% dos órgãos de informação, jornalistas e comentadores  que escrevem sobre o tema a reconhecerem que a figura do «candidato a primeiro-ministro» não existe  e, há dias, até um editorial do Público acrescentava a esta fórmula a frase «como o PS gosta de dizer».

O facto é, em si mesmo positivo, mas há algo que é preciso lembrar: é que, durante 20 ou 30 anos a fórmula do «candidato a  primeiro-ministro» foi pacificamente aceite e usada por 90% dos media, jornalistas e comentadores durante  numerosas campanhas eleitorais para a A.R.  (até há esplendorosas capas de revista  a consagrá-la) e só o PCP e os comunistas persistente e sistemáticamente denunciavam essa venenosa  e nada inocente invenção.

Embora tivesse tardado em chegar, trata-se de uma pequena mas saborosa vitória que, contra as minhas próprias e antigas expectativas, me devolve a esperança de, ainda na minha vida, renegarem e se demarcarem  também da antiquíssima milonga sobre «o líder da oposição».

Lançamento amanhã no Feijó (Almada)

Nos 40 anos de Abril,  uma contribuição
para uma história mais completa

Edição da Colibri com apresentação amanhã, 12 de Setembro (Sexta-feira) às 18H00, na União das Freguesias do Laranjeiro e Feijó -   Auditório do Centro Cívico do Feijó, Rua da Alembrança,    Feijó, ALMADA.


«Este Livro é dedicado às Praças, Sargentos e Oficiais da Armada e a todos os Militares em geral que lutaram por um Portugal económico, social e culturalmente desenvolvido. A todos os que continuam a lutar pela dignidade humana e por Abril.
Esta publicação edita também, em primeira mão, os principais documentos do 2º Grande Plenário Geral das Praças das Armada, cerca de 40 anos depois dos principais acontecimentos, cuja compilação tem a coordenação dos próprios protagonistas da CDAP.
Todo este trabalho de pesquisa está sustentado em documentos e testemunhos que confirmam inegavelmente os acontecimentos históricos.»

"Da democracia na América"

Talibans governam
a educação no Texas



artigo completo aqui

Um livro estrangeiro por semana ( )

Autobiografia
de Lillian Hellman


(Edição da Lumen
nos 30 anos da sua morte)

10 setembro 2014

Como se estraga uma «carreira»

Confesso que não vi



Pois é, é melhor não esconder que um belo soninho a horas impróprias fruto de cansaço físico acumulado fez com que não tivesse visto o debate televisivo entre os Antónios (Seguro e Costa). 

Assim,  sejam os leitores capazes de entender a gravidade desta falha: eu que vivi o 1º de Maio de 74, o 28 de Setembro, o 11 de Março, o 25 de Novembro e o seu recolher obrigatórios, o sábado do funeral de Sá Carneiro, dezenas e  dezenas de noites eleitorais and so on, acabo por perder esse sublime momento refundacional da democracia portuguesa que foi o debate televisivo entre os candidatos do PS a «candidatos a primeiro-ministro».

Sim, digam-me os leitores  como é que, depois desta gigantesca falha, nos anos que me restarem de vida, vou poder  discutir política com amigos, camaradas ou adversários políticos. Estou verdadeiramente inconsolável e por isso,  daqui por um ano, quando voltar a encontrar a Festa do Avante!, vou-lhe dizer na cara que é ela a grande culpada por este terrível handicap que passei a carregar sobre os ombros.

Em «The New Yorker»

Se perguntar não ofende...


 a ler aqui

09 setembro 2014

Adivinhem o quê

Isto e o corpo dorido fizeram-me
lembrar qualquer coisa





No Público de hoje, José Vítor Malheiros assina um interessante artigo a propósito do video acima respeitante à construção (em 10 horas!), na base de trabalho voluntário, de um grande celeiro por uma comunidade amish nos EUA.
Do artigo, destaco as seguintes passagens:

«(...) Não tenho nenhuma simpatia particular por estas comunidades religiosas, cujas crenças respeito, mas não é possível ver este celeiro a subir no céu sem sentir uma enorme vontade de estar lá, de ajudar a levantar aquelas vigas, de cravar aquelas traves, de pregar aquelas tábuas, de assentar aquele telhado e de, no fim, levantar os olhos para admirar a construção que nos saiu das mãos. Ou sem pensar se não haverá por aqui, ao pé de casa, num sítio qualquer, um celeiro que possamos ajudar a construir com as nossas mãos, ou uma escola, ou um jardim, ou outra coisa qualquer que possamos ver erguer-se diante dos nossos olhos, com a ajuda de outras pessoas como nós, que saibamos para quê e para quem vai servir e que saibamos que vai ser útil.
O trabalho moderno foi-nos afastando da matéria física de tal maneira, foi-nos alienando de tal forma da finalidade última do próprio trabalho, foi-nos especializando em detalhes de tal forma microscópicos que perdemos de vista o seu verdadeiro fim e não podemos deixar de olhar imagens como estas com nostalgia. Quantas pessoas sentem que o seu trabalho tem tanto sentido como a construção deste celeiro? (...)».

Tantos êxitos governamentais até chateiam

Mais uma «boa» notícia da
esplêndida «recuperação» em curso