12 junho 2014

Dando publicidade à infâmia

O desmaio e o
jornalista sem escrúpulos

 
Sim, há alturas em que se justifica dar publicidade e na íntegra à infâmia, à má-fé, à falta de escrúpulos e ao fel esparramado no teclado do computador . É o caso desta crónica de Ferreira Fernandes no DN de ontem:
Começando pela parte sublinhada no final, e que nem considero o mais importante como se verá a seguir, é então preciso dizer que Ferreira Fernandes confunde as imagens aproximadas do desmaio que viu na televisão com o olhar dos manifestantes e ignora que no Facebook há numerosos testemunhos presenciais a garantir que muitos dos manifestantes não viram nem deram logo pelo desmaio de Cavaco Silva.

Mas, para mim, o mais grave de um ponto de vista democrático está no facto de Ferreira Fernandes vir acusar Mário Nogueira decretando que «poucos como ele nos levaram ao governo que temos e à política que aconteceu depois de 2011» e decretando também, com inegável criatividade semântica, que Mário Nogueira andou a organizar «na rua o governo PSD-CDS que iria chegar».

A respeito desta enormidade, uma coisa deve ficar clara: Ferreira Fernandes não ofende apenas Mário Nogueira, ofende centenas de milhar de portugueses que, no legítimo exercício dos seus direitos democráticos e fiéis às suas convicções, combateram as políticas dos anteriores governos de Sócrates e do PS.

Esta estúpida e antidemocrática diatribe de Ferreira Fernandes faz-me crer que ele próprio, ao longo de 6 anos, nunca escreveu sequer uma crónica contra a política ou medidas dos governos do PS/Sócrates.

É que se tivesse escrito, como amor com amor se paga, aqui estaria eu a dizer que Ferreira Fernandes também foi um dos que «nos levaram ao governo que temos e à política que aconteceu depois de 2011» e que andou a  organizar na imprensa «o governo PSD-CDS que iria chegar». Será que ele acharia graça ?

11 junho 2014

Nesta chafarica atendem-se todos os clientes

A "mão de Deus" de
Maradona e outros grandes
momentos dos Mundiais






... e ainda




Isto está tudo muito biblico

Moisés Costa,
o Nilo e a Terra Prometida



É claro que o texto integral (que não li) de Nicolau Santos (que tem assinado excelentes críticas à política de austeridade) há-de explicar esta entrada mas, ficando-me só por ela, tenho de confessar que a minha velhice já não me permite entender esta aparente embrulhada de alguém que «divide as águas» mas «leva os eleitores a concentrarem o seu voto no centro político» para já não falar do país que «agradece». Volta, juventude perdida.

10 junho 2014

E agora fim do sobressalto com

Maud Hixson




A prova do debate político como diálogo de surdos

Ora viva a
«Constit
uição-sombra»!


Na entrevista de duas páginas que o Público resolveu oferecer a Teresa Leal Coelho (ver post anterior) - em que chega ao ponto de defender a aplicação de sanções jurídicas aos membros do TC !!! -  é manifesto que esta deputada e jurista do PSD é iluminada pelas teorias, perdão, efabulações que Paulo Rangel há muito tempo dá à estampa, com destaque para a ideia de que há uma «primazia» dos tratados europeus sobre a Constituição portuguesa (matéria recapitulada lá mais para a frente), em que desonestamente se confunde a recepção na ordem jurídica nacional do direito europeu com uma suposta primazia deste sobre a Constituição da República portuguesa.

Na verdade, em artigo no Público de hoje Rangel volta a insistir designadamente nisto:



Perante isto, embora sabendo que a maioria dos leitores não está para aturar tanta prosa sobre questões jurídicas, o ex- muito ex-, preguiçoso e fracassado estudante de Direito que eu sou, atreve-se apenas a recordar parte do que aqui já escreveu sobre este assunto. Assim:

em 15 de Janeiro de 2013

em 14 de Março de 2014

Nenhuma confusão

Votos sinceros de restabelecimento
do PR, é a política de direita que
queremos ver levada de charola