10 abril 2014

Sob a égide dos EUA, generosa democracia

Afeganistão pratica
príncipio «1 homem, 1,75 votos»



«(....) o país terá cerca de
12 milhões de eleitores,
mas há 21 milhões de cartões
em circulação»

Público de hoje

«i»

09 abril 2014

"El Roto" no «El País»

Aceitam-se adaptações,
interpretações ou legendas
para Portugal




Entretanto, o nosso fiel leitor
Paulo Portas apressou-se a enviar a este
blogue a sua adaptação que
gostosamente publicamos:


20 anos depois

Quase toda a verdade
sobre o genocídio no Ruanda





08 abril 2014

Meus senhores, estamos no príncipio de Abril

Em toda a vida,
nunca vi um «já» tão demorado !


E isto sabendo-se que o salário mínimo nacional está congelado desde 2011 !

07 abril 2014

É a página do governo que temos !

Ao menos podiam
ter acrescentado isto




O mérito é todo da Helena Pato que descobriu e colocou no Facebook esta pérola falsamente
asséptica encontrada no sítio oficial do governo.
Só o acrescento é meu.

Ora bem

Frase do dia


Jerónimo de Sousa, hoje no DN

Nuno, empreste-me uma candeia !

Tão  objectivo, inquestionável
e indesmentível como o Sol
girar à volta da Terra
!



06 abril 2014

Congresso da JCP

História, valores e convicções sim,
mas também é isto que faz a
força da nossa confiança no futuro !




 Jerónimo de Sousa, no Congresso:

«(...) A organização e o trabalho colectivo é que permitem que se vá mais longe, tornando mais eficaz a nossa intervenção no seio da sociedade e trazer para o combate e a militância na JCP mais e mais jovens.
Sabemos que a JCP trabalha nessa direcção, tal como sabemos quanto são enormes as potencialidades de crescimento da própria JCP, como o demonstra o facto de cerca de 1000 estudantes do ensino básico e secundário desde Janeiro e a partir de um postal de afirmação política da JCP, terem decidido dar o seu contacto e muitos deles vieram militar nas fileiras da JCP, juntando-se aos cerca de 700 novos recrutamentos efectuados entre Julho de 2013 e Março deste ano.
Nós temos confiança no vosso trabalho. (,,,)
Sabemos que não pode ser apenas um trabalho vosso é também uma obrigação de todo o Partido, desde logo na imprescindível tarefa de contribuir para o reforço da própria JCP, apoiando, no quadro da sua autonomia, a sua iniciativa, o que pressupõe um maior conhecimento da sua acção e dinâmica, porque o sucesso da JCP será a garantia do sucesso do próprio Partido, do seu projecto e ideal junto da juventude.
Aplaudiram, votaram, aprovaram decisões e orientações que constituem ferramentas para trabalhar! Falta só uma coisa: fazer! Não esquecendo nunca, aquela lição e ensinamento que aprendemos na nossa vida e na nossa história.
Partir das coisas concretas, dos problemas concretos, das aspirações concretas da juventude e agir e intervir a partir deles, será a chave para libertar energias, elevar consciências, trazer à luta esse destacamento avançado da transformação social – o movimento juvenil, força que se costuma dizer, ser a força do futuro mas a quem se apela a que seja força do presente, numa luta que é para hoje! (...)»

Há exactamente 40 anos

As prisões de 6 de Abril e um
estranho mas feliz pressentimento



Na tarde de 6 de Abril de 1974, cerca de 40 activistas da  CDE de Lisboa eram presos pela PSP  numa cave em Benfica onde realizavam uma reunião para preparar uma campanha contra o custo de vida a desenvolver  em direcção ao 1º de Maio, transportados em carrinhas nivea para o pátio do Governo Civil de Lisboa e depois remetidos para as mãos da PIDE em Caxias. a maioria dos quais só vindo a ser libertada à primeira hora do dia 27 de Abril.

Já contei esta história na perdida 1ª série deste blogue mas volto a ela só por causa de um daqueles elementos acessórios mas que ficam para semprena memória. Na verdade, desloquei-me para o largo onde ia decorrer a reunião com o Ruben de Carvalho no seu carocha amarelo e eu levava comigo uma pasta de cabedal contendo duas resmas de papel de duplicador e dois ou três stencils electrónicos já impressionados com um comunicado da CDE para entrega a alguém de outro concelho.  A verdade é  que quando saimos  do carocha, eu e o Ruben desabáfamos quase em simultâneo que ali  alguma coisa «não cheirava bem». E, em boa hora, logo decidimos não levar a pasta para a reunião e por isso ela lá ficou no porta-bagabens.. Repito, em boa hora, porque como se compreenderá, aquele material era altamente comprometedor e levaria rapidamente a PIDE a perceber que quem o tinha estava ligado ao aparelho técnico de impressão e distribuição de documentos da CDE de Lisboa. E as coisas ainda ficaram melhores quando o Ruben resolveu aproveitar a passagem pelo pátio do Governo Civil para entrerrar num caixote do lixo um seu enorme molho de chaves (em que se incluiam as do carro), assim se livrando demuitas incómodas perguntas. 

Enquanto estive preso uma das coisas em que mais pensava era que os companheiros da CDE de Lisboa iriam certamente ter de fazer um papel a denunciar as prisões e que estavam mesmo impossibilitados de o fazer com a qualidade gráfica que era regra (dactilografia em máquina eléctrica, se necessário com asua redução fotográfica, títulos a letraset) e a PIDE por essa via suspeitasse que essa alteração significasse que estavam presos os que antes garantiam a produção de documentos da CDE de Lisboa.          

E, de facto, uns dias antes do 25 de Abril, fui chamado a um segundo interrogatório, mas tal como o primeiro relativamente breve e pacífico, que apenas serviu para o inspector Mortágua agitar diante da minha cara uma tarjeta da CDE de Lisboa a denunciar as prisões enquanto exclamava para mim: «com que então estavam a formar uma cooperativa de consumo !». (que era a justificação que tinha sido previamente combinada para a reunião e, tanto quanto sei, toda a gente manteve).  

Não lhe liguei nenhuma porque estava era ocupado a reparar que, de facto, a tarjeta não tinha nada que ver com as que eu e o Ruben editávamos pois era feita em stencil tradicional, máquina de escrever normal e título feito salvo  erro com estilete. Masou a PIDE não deu por nada ou achou que estava demasiada gente presa para conseguir apurar   quem é que, em concreto,  passava noites à volta de duplicadores.                                                                             
 Notícia censurada no
Notícias da Amadora
(graças a Marie Nóbrega no Facebook)
     

Deve ser por causa do meu Q.I, mas...

... francamente, não percebo !

O suplemento Q - O Quociente de Inteligência do DN de ontem era integralmente dedicado aos 40 anos do 25 de Abril e, na sua capa, avultavam o título e o texto que se seguem (sublinhados meus):

Ora, lendo isto e não querendo ser desagradável com ninguém, não posso deixar de observar que:

1. É minha firme convicção que um normal quociente de inteligência desaconselha a que, 40 anos depois do 25 deAbril, se venha afirmar que ainda falta escrever «a verdade» sobre o 25 de Abril ou que    se  deixe no ar a insinuação de que este grande acontecimento na nossa vida colectiva  ainda está por  «explicar»  comose estivesse envolvido em profundíssimos mistérios e segredos.
2. É minha sólida convicção  que um razoável quociente de inteligência  devia recomendar que se entendesse que, sobre um acontecimento (e processo) desta natureza e alcance bnunca haverá uma «verdade» total e totalizante, indiscutível e incontornável, já que o próprio trabalho dos historiadores representa sempre um movimento e esforço de sucessivas e nunca terminadas  aproximações à verdade histórica.
 
3. É minha arreigada convicção  que um comezinho quociente de inteligência que tivesse em conta a existência de uma já vasta bibliografia sobre o 25 de Abril (em que entram obras de historiadores mas também numerosos testemunhos pessoais de destacados protagonistas)   devia proibir intelectualmente que alguém viesse fazer uma pergunta  absurda e disparatada sobre «o que assusta capitães de Abril, políticos, ensaístas, historiadores    e escritores para clarificar em definitivo o golpe militar».