07 abril 2014

É a página do governo que temos !

Ao menos podiam
ter acrescentado isto




O mérito é todo da Helena Pato que descobriu e colocou no Facebook esta pérola falsamente
asséptica encontrada no sítio oficial do governo.
Só o acrescento é meu.

Ora bem

Frase do dia


Jerónimo de Sousa, hoje no DN

Nuno, empreste-me uma candeia !

Tão  objectivo, inquestionável
e indesmentível como o Sol
girar à volta da Terra
!



06 abril 2014

Congresso da JCP

História, valores e convicções sim,
mas também é isto que faz a
força da nossa confiança no futuro !




 Jerónimo de Sousa, no Congresso:

«(...) A organização e o trabalho colectivo é que permitem que se vá mais longe, tornando mais eficaz a nossa intervenção no seio da sociedade e trazer para o combate e a militância na JCP mais e mais jovens.
Sabemos que a JCP trabalha nessa direcção, tal como sabemos quanto são enormes as potencialidades de crescimento da própria JCP, como o demonstra o facto de cerca de 1000 estudantes do ensino básico e secundário desde Janeiro e a partir de um postal de afirmação política da JCP, terem decidido dar o seu contacto e muitos deles vieram militar nas fileiras da JCP, juntando-se aos cerca de 700 novos recrutamentos efectuados entre Julho de 2013 e Março deste ano.
Nós temos confiança no vosso trabalho. (,,,)
Sabemos que não pode ser apenas um trabalho vosso é também uma obrigação de todo o Partido, desde logo na imprescindível tarefa de contribuir para o reforço da própria JCP, apoiando, no quadro da sua autonomia, a sua iniciativa, o que pressupõe um maior conhecimento da sua acção e dinâmica, porque o sucesso da JCP será a garantia do sucesso do próprio Partido, do seu projecto e ideal junto da juventude.
Aplaudiram, votaram, aprovaram decisões e orientações que constituem ferramentas para trabalhar! Falta só uma coisa: fazer! Não esquecendo nunca, aquela lição e ensinamento que aprendemos na nossa vida e na nossa história.
Partir das coisas concretas, dos problemas concretos, das aspirações concretas da juventude e agir e intervir a partir deles, será a chave para libertar energias, elevar consciências, trazer à luta esse destacamento avançado da transformação social – o movimento juvenil, força que se costuma dizer, ser a força do futuro mas a quem se apela a que seja força do presente, numa luta que é para hoje! (...)»

Há exactamente 40 anos

As prisões de 6 de Abril e um
estranho mas feliz pressentimento



Na tarde de 6 de Abril de 1974, cerca de 40 activistas da  CDE de Lisboa eram presos pela PSP  numa cave em Benfica onde realizavam uma reunião para preparar uma campanha contra o custo de vida a desenvolver  em direcção ao 1º de Maio, transportados em carrinhas nivea para o pátio do Governo Civil de Lisboa e depois remetidos para as mãos da PIDE em Caxias. a maioria dos quais só vindo a ser libertada à primeira hora do dia 27 de Abril.

Já contei esta história na perdida 1ª série deste blogue mas volto a ela só por causa de um daqueles elementos acessórios mas que ficam para semprena memória. Na verdade, desloquei-me para o largo onde ia decorrer a reunião com o Ruben de Carvalho no seu carocha amarelo e eu levava comigo uma pasta de cabedal contendo duas resmas de papel de duplicador e dois ou três stencils electrónicos já impressionados com um comunicado da CDE para entrega a alguém de outro concelho.  A verdade é  que quando saimos  do carocha, eu e o Ruben desabáfamos quase em simultâneo que ali  alguma coisa «não cheirava bem». E, em boa hora, logo decidimos não levar a pasta para a reunião e por isso ela lá ficou no porta-bagabens.. Repito, em boa hora, porque como se compreenderá, aquele material era altamente comprometedor e levaria rapidamente a PIDE a perceber que quem o tinha estava ligado ao aparelho técnico de impressão e distribuição de documentos da CDE de Lisboa. E as coisas ainda ficaram melhores quando o Ruben resolveu aproveitar a passagem pelo pátio do Governo Civil para entrerrar num caixote do lixo um seu enorme molho de chaves (em que se incluiam as do carro), assim se livrando demuitas incómodas perguntas. 

Enquanto estive preso uma das coisas em que mais pensava era que os companheiros da CDE de Lisboa iriam certamente ter de fazer um papel a denunciar as prisões e que estavam mesmo impossibilitados de o fazer com a qualidade gráfica que era regra (dactilografia em máquina eléctrica, se necessário com asua redução fotográfica, títulos a letraset) e a PIDE por essa via suspeitasse que essa alteração significasse que estavam presos os que antes garantiam a produção de documentos da CDE de Lisboa.          

E, de facto, uns dias antes do 25 de Abril, fui chamado a um segundo interrogatório, mas tal como o primeiro relativamente breve e pacífico, que apenas serviu para o inspector Mortágua agitar diante da minha cara uma tarjeta da CDE de Lisboa a denunciar as prisões enquanto exclamava para mim: «com que então estavam a formar uma cooperativa de consumo !». (que era a justificação que tinha sido previamente combinada para a reunião e, tanto quanto sei, toda a gente manteve).  

Não lhe liguei nenhuma porque estava era ocupado a reparar que, de facto, a tarjeta não tinha nada que ver com as que eu e o Ruben editávamos pois era feita em stencil tradicional, máquina de escrever normal e título feito salvo  erro com estilete. Masou a PIDE não deu por nada ou achou que estava demasiada gente presa para conseguir apurar   quem é que, em concreto,  passava noites à volta de duplicadores.                                                                             
 Notícia censurada no
Notícias da Amadora
(graças a Marie Nóbrega no Facebook)
     

Deve ser por causa do meu Q.I, mas...

... francamente, não percebo !

O suplemento Q - O Quociente de Inteligência do DN de ontem era integralmente dedicado aos 40 anos do 25 de Abril e, na sua capa, avultavam o título e o texto que se seguem (sublinhados meus):

Ora, lendo isto e não querendo ser desagradável com ninguém, não posso deixar de observar que:

1. É minha firme convicção que um normal quociente de inteligência desaconselha a que, 40 anos depois do 25 deAbril, se venha afirmar que ainda falta escrever «a verdade» sobre o 25 de Abril ou que    se  deixe no ar a insinuação de que este grande acontecimento na nossa vida colectiva  ainda está por  «explicar»  comose estivesse envolvido em profundíssimos mistérios e segredos.
2. É minha sólida convicção  que um razoável quociente de inteligência  devia recomendar que se entendesse que, sobre um acontecimento (e processo) desta natureza e alcance bnunca haverá uma «verdade» total e totalizante, indiscutível e incontornável, já que o próprio trabalho dos historiadores representa sempre um movimento e esforço de sucessivas e nunca terminadas  aproximações à verdade histórica.
 
3. É minha arreigada convicção  que um comezinho quociente de inteligência que tivesse em conta a existência de uma já vasta bibliografia sobre o 25 de Abril (em que entram obras de historiadores mas também numerosos testemunhos pessoais de destacados protagonistas)   devia proibir intelectualmente que alguém viesse fazer uma pergunta  absurda e disparatada sobre «o que assusta capitães de Abril, políticos, ensaístas, historiadores    e escritores para clarificar em definitivo o golpe militar».            

05 abril 2014

Entre outras coisas

Lomba, o 25 de Abril «original»,
o fascismo com aspas e o direito ao T2


(...)
E, pronto, em relação a esta última bojarda, só quero esclarecer o o estimado público de que até a Constituição espanhola aprovada em 1978 e resultado, não de uma revolução, mas de uma transição pactada entre os herdeiros do franquismo e as forças de oposição, estabelece o seguinte no seu
Artículo 47
Todos los españoles tienen derecho a disfrutar de una vivienda digna y adecuada. Los poderes públicos promoverán las condiciones necesarias y establecerán las normas pertinentes para hacer efectivo este derecho, regulando la utilización del suelo de acuerdo con el interés general para impedir la especulación. La comunidad participará en las plusvalías que genere la acción urbanística de los entes públicos.

Porque hoje é sábado (388)

Vanessa Lively




A sugestão musical deste sábado  vai para
a  cantora norte-americana Vanessa Lively.





04 abril 2014

Luther King foi assassinado há 46 anos

Recordando os
«Dez mistérios em Menphis»


King na varanda fatal, com o Rev Jesse Jackson, à sua direita
Quando se completam no dia de hoje 46 anos sobre o assassinato de Martin Luther King, talvez valha a pena republicar aqui a parte final  do longo artigo que Ruben de Carvalho publicou na Vida Mundial de Abril de 1998 e que depois veio a ser integralmente reproduido em 4.4.2007 na primeira série de «os papéis de alexandria» (hoje indisponível).

«1. Martin Luther King chegou a Mênfis no dia 3 de Abril de 1968, rodeado de um ambiente hostil. A imprensa local, antes da sua chegada,  criticou-o por tencionar alojar-se no Hotel Holliday Inn, propriedade de brancos, em vez do Motel Lorraine, propriedade de afro-americanos. King resolveu instalar-se no motel. O inquérito posterior revelou que os comentários  sobre a questão do hotel se baseavam num press release  distribuido pelo FBI onde o Motel Lorraine era claramente indicado.

2. No dia anterior ao da chegada de King, um individuo que se identificou como pertencendo à sua segurança pessoal   alterou a disposição de quartos que o hotel havia feito, indicando um quarto determinado onde King efectivamente se alojou, e à porta do qual foi alvejado mortalmente. O individuo nuca foi identificado.

3.  O então comandante da Polícia de Mênfis, Frank Holloman, ex-agente do FBI, onde fora seceretário de J. Edgar Hoover,  tomou medidas para diminuir a escolta policial de King de oito para dois homens. No dia do atentado,  um dos agentes de serviço no Motel Lorraine, Edward Reditt, negro, foi mandado retirar por haver úma ameaça contra a sua vida». Holloman igualmente providenciou que os únicos bombeiros negros do quartel situado frente ao Motel Lorraine fossem afastados nesse dia para outras instalações.

4. As investigações da polícia de Mênfis basearam-se em que o tiro mortal teria sido disparado de uma casa de banho de um prédio fronteiro ao do motel. Foi provado que as dimensões da casa de banho tornavam inteiramente impossível que alguém nela disparasse uma espingarda. Um fotógrafo de um jornal de Mênfis  tirou várias fotografias a partir da janela , revelando que ramos de árvores impediam completamente  a visibilidade para a varanda onde se encontrava King; no dia seguinte ao da publicação, o município de Mênfis ordenou o corte das árvores.

5. A janela de onde o tiro teria sido disparado encontrava-se sensivelmente à mesma altura da varanda fronteira. Entretanto, quer as testaemunhas quer a autópsia tornam claro que Luther King foi atingido por um tiro de cima para baixo.

6. A única testemunha que identificou James Earl Ray como autor do disparo assassino foi um individuo chamado Charles Stephens, alcoólico crónico que se encontrava completamente embriagado na altura.  Negou posteriormente as declarações, reiterando-as após ter recebido 30 mil dólares de requisições para restaurantes pagas pelo FBI.

7. James Earl Ray só foi preso, em Londres, em 8 de Junho,  depois de ter viajado de Mênfis para Toronto, daí para londres , Lisboa e novamente Londres.  Nestas viagens terá gasto um mínimo de 25 mil dólares, não se lhe conhecendo quaisquer fontes de rendimento.

8. Testemunhas afirmaram que Ray abandonou o local do crime num Ford Mustang branco e, passados poucos minutos, a polícia de Mênfis fazia apelo de reforços  para um confronto que se verificaria com um Mustang branco na estrada, a norte da cidade,; não só não se verificou aí qualquer qualquer recontro , como Ray saiu pela estrada para Sul.

9. Ray, admitindo ter estado envolvido no crime,sempre negou ter sido o autor do disparo mortal. A Comissão de Inquérito do Senado americano concluiu haver 95% de possibilidades de Luther King ter sido vítima de uma conspiração, mas reiterou que o tiro fora disparado  por Ray...

10. Todos os documento relacionados com o assassínio e as investigações concluidas em 1979 só poderão ser consultados 50 anos após essa data.»

E, por hoje, ficamos conversados

Quando uma imagem
vale mesmo mil palavras



Sondagem da Pitagórica para o jornal «i»