Cass McCombs
02 fevereiro 2014
A PROPÓSITO DAS PRAXES MAS SOBRE AS NÃO PRAXES
Há 54 anos,
"A batalha do convívio"-
um texto fundador de
Pedro Ramos de Almeida
Um outro número do Quadrante com outro
artigo de Pedro Ramos de Almeida
"A batalha do convívio"-
um texto fundador de
Pedro Ramos de Almeida
Um outro número do Quadrante com outro
artigo de Pedro Ramos de Almeida
Na impossibilidade de ter acesso à integralidade do texto, aqui fica a referência feita por Ana Cabrera, num seu estudo sobre o jornal Quadrante da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, ao artigo "A Batalha do Convívio» que, em Março de 1960, o estudante e militante comunista Pedro Ramos de Almeida publicou naquele jornal e que creio ser de toda a justiça considerar como a definição de toda uma linha de actuação - alheia às praxes, excepção feita a Coimbra - depois infatigavelmente prosseguida pelas Associações de Estudantes com vista à integração dos novos alunos.
01 fevereiro 2014
Sincera e angustiadamente
Meu Deus, o que
vai nestas cabeças ?
vai nestas cabeças ?
Até me custa escrever o que vai a seguir porque o Rui Tavares pode pensar que há muito o tomei de ponta, o que não é verdade, pois até o considero uma pessoa simpática, inteligente e estimável, sendo verdade sim que considero que produz declarações e expende ideias muito erróneas com elevada frequência. Mas acontece que o «i» lhe atribui hoje, e com aspas, a seguinte afirmação:
Deixando agora de lado a questão de saber se não é precisamente em matéria europeia que existem assinaláveis divergências envolvendo o PS, o PCP e o BE, o que eu não percebo é este patente agitar do papão de a direita poder «ganhar» as próximas europeias.
E, a este respeito, eu só pergunto a Rui Tavares (e a muitos outros que têm andado para aí a raciocinar viciosamente como se as eleições se decidissem apenas a três -PS, PSD +CDS):
- estão esquecidos que o PSD e o CDS vêm de umas autárquicas em que, como só eu disse mas também ninguém me desmentiu, tiveram o seu pior resultado de sempre ?
- estão esquecidos que mesmo na única sondagem -a da Aximage/Correio da Manhã - que deu nas europeias a coligação PSD-CDS um ponto à frente do PS, a coligação PSD-CDS tinha menos 15 pontos percentuais que a soma das votações do PS, da CDU e do BE ?
- estão esquecidos que ,nas sondagens sobre legislativas, o conjunto PSD e CDS também aparece num dos seus piores patamares de sempre e que a soma das percentagens do PS, da CDU e do BE vai dos 55 aos 57% ?
É claro que pode haver uma explicação para esta ideia de Rui Tavares e de outros de que PSD e CDS podem «ganhar» as europeias. É a ideia superficial e falsa de que «ganha» as eleições quem fica à frente, mesmo que vá coligado quando dantes não ia e mesmo que os coligados tenham perdido uma caterfa de pontos percentuais em relação a anteriores eleições.
E já agora, a pensar em quem tanto fala de «convergência de esquerda», esta é uma ideia falsa e equivocada que só pode beneficiar o PS e prejudicar a CDU e o BE (e o Livre se concorrer). Combatê-la-ei até mesmo depois de a voz já me doer.
E, a este respeito, eu só pergunto a Rui Tavares (e a muitos outros que têm andado para aí a raciocinar viciosamente como se as eleições se decidissem apenas a três -PS, PSD +CDS):
- estão esquecidos que o PSD e o CDS vêm de umas autárquicas em que, como só eu disse mas também ninguém me desmentiu, tiveram o seu pior resultado de sempre ?
- estão esquecidos que mesmo na única sondagem -a da Aximage/Correio da Manhã - que deu nas europeias a coligação PSD-CDS um ponto à frente do PS, a coligação PSD-CDS tinha menos 15 pontos percentuais que a soma das votações do PS, da CDU e do BE ?
- estão esquecidos que ,nas sondagens sobre legislativas, o conjunto PSD e CDS também aparece num dos seus piores patamares de sempre e que a soma das percentagens do PS, da CDU e do BE vai dos 55 aos 57% ?
É claro que pode haver uma explicação para esta ideia de Rui Tavares e de outros de que PSD e CDS podem «ganhar» as europeias. É a ideia superficial e falsa de que «ganha» as eleições quem fica à frente, mesmo que vá coligado quando dantes não ia e mesmo que os coligados tenham perdido uma caterfa de pontos percentuais em relação a anteriores eleições.
E já agora, a pensar em quem tanto fala de «convergência de esquerda», esta é uma ideia falsa e equivocada que só pode beneficiar o PS e prejudicar a CDU e o BE (e o Livre se concorrer). Combatê-la-ei até mesmo depois de a voz já me doer.
Desculpem lá a ignorância mas...
... agora o Estado paga
obras através de subvenções ?
obras através de subvenções ?
Este post está a ser colocado à 1.35 hs., altura em que o jornal «i» naturalmente ainda não disponibilizou a notícia completa, apenas nos dizendo que «No caso da Mota-Engil, a subvenção de 8,142 milhões de euros é
justificada com o pagamento de obras de interesse turístico relativo à
construção do novo Museu dos Coches, em Lisboa.». E, pronto, nada mais tenho a dizer a não ser o que está no título.
31 janeiro 2014
Uma crise sem adjectivo
Duplicação de reuniões
e violas no saco
e violas no saco
Quem assim o achar pode chamar-me de velho, de embirrento, de formado numa «arqueológica» escola política e de insensível às exigências de «transparência» das sociedades modernas. Façam favor, não se acanhem.
Mas, mesmo correndo esse risco, como de outras vezes sem qualquer acrimónia de natureza pessoal, eu não posso deixar de opinar que o que está em cima referido pelo Público a respeito de um partido em constituição não resiste a um módico de espírito crítico e só pode aparecer como uma espécie de foguetório mediático e de procura da diferença pela diferença.
Por duas razões que me parecem óbvias e elementares:
- a primeira é que nem o órgão executivo do partido mais original e informal do mundo deixará de ter assuntos reservados a tratar, sejam eles de natureza administrativa, táctica ou estratégica, o que é evidentemente incompatível com a presença de jornalistas; e, assim sendo, é legítimo que se pense que num tal partido o que passará a haver são reuniões do tal órgão executivo para comunicação social ver e outras fechadas à comunicação social onde aí sim se discutirão as questões partidárias e políticas mais sensíveis ou delicadas:
- a segunda é que a abertura à comunicação social das reuniões de órgãos relevantes de um partido serão inevitavelmente não um factor de liberdade de opinião para os seus membros mas um poderoso constrangimento a essa liberdade e à expressão de divergências pois que, quando cada membro falar, estará a pensar no que poderá ser reproduzido na comunicação social do dia seguinte.
Desculpem lá, mas há aqui uma crise que evidentemente não é propriamente social, económica ou política mas para a qual não encontro (ou não quero encontrar) o adjectivo adequado.
Estava na cara
Foram avisados e não
ligaram, agora tomem
ligaram, agora tomem
Em 16 de Janeiro avisei aqui os rapazolas da JSD e os grandolas do PSD
que, « antes de lá chegarem [ao referendo] se é que chegam, serão generalizadamente
gozados e odiados por terem imposto ao país (isto, se o PR, como
mandaria um pingo de dignidade e independência, não se recusar a
convocá-lo) uma campanha eleitoral e uma votação nacional sobre um tema que é da perfeita competência da AR, numa
altura em que a maioria dos portugueses, por força de brutais cortes
que nunca foram sujeitos a referendo, todos os dias conta os euros que
já gastou e os que lhe sobram.»
Ontem uma sondagem do jornal «i» e da Pitagórica deu este resultado:
E, para além destes dados exuberantes, tenha-se em conta que, tanto quanto me lembro, a tradição em Portugal nas sondagens sobre a realização de referendos dava sempre uma maioria a querê-los a todos, sendo que depois ir às urnas votar já era outra conversa.
Volto a este tema pela simples razão de que, ao contrário de muito boa gente, não tenho assim tanta certeza de que não haverá referendo nenhum. Relembro que, mesmo que o TC chumbe a actual proposta (e não faltam razões para isso), o projecto volta para a AR e o PSD sempre pode alterar as perguntas. No fundo, gostemos ou não, a verdadeira garantia de que não haverá este estúpido referendo virá a estar nas mãos e vontade do Presidente da República. Mas, antes disso, também poderá estar nas mãos de um PSD que tome boa consciência do alto preço político que vai pagar perante a opinião pública pela insistência nesta repugnante manobra.
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