13 maio 2013

Ela já vem de muitíssimo antes

Uma conveniente 
selecção de conversa fiada



Não está mal apanhada não senhor a ideia posta em prática por Correia de Campos no seu artigo de hoje no Público intitulado «Conversa fiada ?» (como se verá o ponto de interrogação é muito generoso).  Com efeito, o antigo ministro da Saúde do PS e actual deputado no Parlamento Europeu lembrou-se de construir todo o seu artigo com base em citações de responsáveis (todos de direita. claro) - Christine Lagarde, Olli Rehn, Durão Barroso e Vítor Gaspar - em que estes alertam para os limites da aposta na austeridade e colocam o enfoque no crescimento e no emprego para, no fim, salientar que estas declarações contrastam com anteriores das mesmas pessoas e sobretudo para sublinhar que aquelas palavras ainda não desceram «aos patamares dos funcionários que nos visitam».

Por mim, reconhecendo o desarrincanço, embora sabendo que não se podia pedir a Correia de Campos que, num artigo deste tipo, nos desse uma História Geral da Conversa Fiada na Construção Europeia, não posso deixar de lembrar que a conversa fiada é tão antiga como os primeiros passos na integração europeia e que nela tem sido autores destacados tanto políticos de direita como socialistas ou social-democratas.

E já que hoje, da direita à esquerda, não há quase ninguém que não reconheça que a adesão à moeda única afectou drásticamente a competitividade da economia portuguesa, só quero recordar que, no  tempo em que o PCP sózinho falava do choque entre a panela de ferro e a panela de barro, o então primeiro-ministro António Guterres, na Cimeira de Madrid de Dezembro de 1995 fazia as delícias da imprensa, como se pode avaliar por esta passagem da respectiva notícia no Público: « " Euro, tu és o euro e sobre este euro edificaremos a União Europeia ". Foi com esta afirmação que o primeiro-ministro português saudou ontem o acordo dos líderes europeus sobre o nome da moeda única europeia. A imagem , recordando a conversa entre Jesus Cristo e São Pedro - "Pedro, tu és Pedro e sobre ti edificarei a minha Igreja " - não podia ser mais apropriada: o baptismo do "euro" constitui sobretudo um acto de voluntarismo e de fé na moeda única ».

Para salvar a face do CDS ...

... o papel aguenta tudo
mas não engana ninguém !



Já não é de esperar que Paulo Portas vá aproveitar a caridosa saída que   em baixo  lhe ofereci.

Uma revista espanhola trimestral

Uma espécie de 
The New Yorker sobre futebol



EDITORIAL Verano 2012

Futbolizar la cultura o culturizar el fútbol. Esta publicación es un humilde intento por conseguir esos objetivos. Introducir en el mercado del arte impreso y audiovisual una pelota o sembrar letras en la hierba requiere visión de juego. Quién mejor que un líbero para emprender esa tarea. Un jugador que se adelanta a las jugadas, analiza mejor que nadie el esquema y sobre todo, hace mejor a todo el que se relaciona con él.


El líbero es un defensa que ataca. En el ostracismo desde que el fútbol se autodenomina moderno, esta posición táctica es la única capaz de enseñar, a todo aquel que se acerque a este maravilloso juego, a ver el fenómeno fuera de la caverna de Platon. Desde que este jugador desapareció de las pizarras de los vestuarios en favor del doble pivote, pongamos que los años 90, el deporte ha caminado al galope hacia la banalización. El aficionado, a veces, sólo se aproxima a un bombardeo de imágenes reflejadas en la pared platoniana.

Los héroes cambian de domingo a miércoles -o de lunes a jueves, o de martes a sábado- gracias al consumismo que muchas veces encumbra a jugadores con pies de arcilla. Los empeines de porcelana se pierden en las categorías inferiores donde las tragedias y la debilidad humana no tienen cabida. ¿Dónde habita el fútbol de verdad? El primer ejemplar de Líbero busca en el pasado para revitalizar las emociones de este deporte. La memoria no es un simple ejercicio de nostalgia. Para pasar página, hay que leerla primero.

Albert Camus dijo que desde la portería aprendió mucho en la vida de las grandes ciudades, “donde la gente no suele ir siempre de frente”. “La pelota nunca viene por donde uno espera que venga”, comparaba. Un portero es el único actor del teatro de los 11 preparado para lo imprevisto. No sabemos si el lector seguirá comprando nuestra entrada o le parecerá fría la grada. Nuestro objetivo es que vuelva a sentirse como el niño que vuelve a casa después de haber hecho su primer regate. Como el joven que vio por primera vez a su equipo levantar una copa. Como el adulto que sonríe cuando su hijo le narra el gol del recreo.

Puede que el fútbol no resuelva ninguno de los problemas de la sociedad actual. Pese a todo, como dice el poeta granadino Luis García Montero: el fútbol “son noventaminutos en un vaso de agua, pero a mí me han quitado muchas veces la sed”.

sítio aqui



No nº 3 da revista, um interessante entrevista
(que pode ser lida aqui) a Claudio Tamburrini,
guarda-redes do S. Lorenzo de Almagro          

(e membro desde 1972 da Federação Juvenil Comunista),
que esteve detido e foi torturado pela ditadura argentina durante 120 dias.

12 maio 2013

A minha ajuda a Paulo Portas

Será que vamos ouvir isto hoje ?




Para o seu domingo, o norte-americano

Mark Lanegan




Cuidado com o artista !

Coisas de macaco velho




Ao ver este destaque na primeira página do último Sol, embora correndo o risco de se pensar que estou a dar lustro ao meu ego, apetece-me lembrar que em há cerca de sete meses. em 6 de Outubro de 2012, aqui nesta chafarica se publicou este post:


E que há vários meses que isto
está na barra lateral direita deste blogue :




Os filmes em "cartaz" ( )

Le Journal d'une
Femmme de Chambre

Cartaz original de
Le Journal d'une Femme de Chambre
,

filme realizado em 1964 por Luís Bunuel
 com Jeanne Moreau,   George Gerét e

Michel Piccoli nos principais papéis.

11 maio 2013

Miséria de pensamento

Reparem como eu não
me importo de divulgar


Em crónica no Expresso online, depois de elencar as várias objecções de natureza moral ou constitucional dirigidas contra certas medidas anunciadas pelo governo, Henrique Monteiro escreve isto que aqui cito com tanta generosidade como tranquilidade:

Francamente, não sei o que mais impressiona nestas , para mim incríveis, linhas: se o insuperável aprisionamento nas ideias e concepções dominantes que tudo apresentam como inevitável e sem alternativa, se a crença talvez falsamente ingénua que os roubos e lesões que nos estão a ser impostos são em favor dos nossos filhos e netos e não parte de um processo de transferência de recursos de uns grupos e classes sociais para outros, se o despudor de discutir uma questão destas fora de qualquer contexto ou opções (ideológicas, porque não ?) de política económica e social ou de configuração de sociedade, se a perfeita obtusidade de não querer perceber que se se perfila toda uma geração sem direitos não é porque outras adquiriram e conservam  direitos mas porque há forças e interesses que hoje abrem escancaradamente o livro do seu antes reprimido ajuste contas com todo um património de direitos alcançados em Portugal após a Revolução de Abril.

Por fim, só uma nota acessória e desagradável mas foi Henrique Monteiro que a provocou. É que ninguém lhe pediu nem fazia falta à sua argumentação que nos viesse contar que já aceitou «há muito tempo baixar o seu salário». Mas já que o resolveu fazer, então talvez devesse ter contado de quanto baixou para quanto.

Porque hoje é sábado (324)

  Antibalas
A sugestão musical de hoje leva até vós a
 banda «afro-beat» de Brooklyn 
Antibalas