07 maio 2013

Perdoai-lhes Senhor porque sabem o que fazem

A estetização da desgraça
ou um Américo Tomás em potência


É evidente que esta afirmação de Vítor Gaspar poderia ser comentada do ponto de vista da cegueira, da fuga ao real  e da paranóia tecnocrática (mas cheia de ideologia). Mas pelo menos os leitores com mais de 60 anos talvez compreendam que eu diga simplesmente que, com mais un petit effort, quem sabe se Vítor Gaspar ainda não vem a fazer concorrência às  deliciosas frases de Américo Tomás que sempre ofereciam momentos de saudável risota nos cafés que eu frequentava em jovem e que, depois, a Seara Nova, muitas vezes com cortes da Censura, antologiava na sua célebre rubrica «Factos e Documentos».

A direita espanhola e o aborto

Seguindo uma batalha


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«(...) Ya en 1983, cuando el primer Gobierno de Felipe González planteó la despenalización de algunos supuestos de aborto, el 64% de los españoles se mostró partidario de que esa legalización fuera total y solo un 24% consideró que la interrupción voluntaria del embarazo debía seguir estando penada sin excepciones. Es decir, nuestra sociedad tenía ya claro que una cosa es que el aborto sea o no pecado, o moralmente aceptable o condenable, y otra muy distinta que deba ser delito. En 1985, vigente ya la reforma del Código Penal, el apoyo social a los supuestos despenalizados fue masivo. Tan solo entre los votantes del PP (y quizá, al menos en parte, por lealtad a la posición mantenida entonces por su partido en este asunto) más de la mitad se declararon opuestos a la reforma (que, con todo, fue apoyada por una sustancial tercera parte).(...) . Ler o resto aqui.

06 maio 2013

Fechando o dia com uma canção do novo álbum de

Marisa Monte

Sem mais comentários

Selvajaria e desumanidade


Notícia aqui no Público online

Membros do PSD lançam Manifesto



Comunicado do PCP

 


«(...) O Comité Central do PCP dirige-se aos sectores e forças políticas e sociais, a todos os patriotas e democratas, a todas as personalidades que séria e convictamente estejam empenhadas em resgatar o País do declínio e da dependência e em devolver ao País e aos trabalhadores o que lhes foi roubado, para que, com base num conjunto de objectivos e orientações cruciais, unam os seus esforços, conhecimentos e disponibilidade para dar corpo a uma outra política. (...)

Uma política que, sem prejuízo de posicionamentos diferenciados, se baseie em seis opções fundamentais indispensáveis:

A rejeição do Pacto de Agressão e a renegociação da dívida nos seus montantes, juros, prazos e condições de pagamento rejeitando a sua parte ilegítima, com a assunção imediata de uma moratória negociada ou unilateral e com redução do serviço da dívida para um nível compatível com o crescimento económico e a melhoria das condições de vida;

A defesa e o aumento da produção nacional, a recuperação para o Estado do sector financeiro e de outras empresas e sectores estratégicos indispensáveis ao apoio à economia, o aumento do investimento público e o fomento da procura interna;

A valorização efectiva dos salários e pensões e o explícito compromisso de reposição de salários, rendimentos e direitos roubados, incluindo nas prestações sociais;

A opção por uma política orçamental de combate ao despesismo, à despesa sumptuária, baseada numa componente fiscal de aumento da tributação dos dividendos e lucros do grande capital e de alívio dos trabalhadores e das pequenas e médias empresas, garantindo as verbas necessárias ao funcionamento eficaz do Estado e do investimento público;

Uma política de defesa e recuperação dos serviços públicos, em particular nas funções sociais do Estado (saúde, educação e segurança social), reforçando os seus meios humanos e materiais, como elemento essencial à concretização dos direitos do povo e ao desenvolvimento do País;

A assunção de uma política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais nas relações com a União Europeia, diversificando as relações económicas e financeiras e adoptando as medidas que preparem o País face a uma saída do Euro, seja por decisão do povo português, seja por desenvolvimentos da crise da União Europeia.

(Comunicado do Comité Central de 5  de Maio, na integra aqui)

05 maio 2013

Paulo Portas e ..

... a notícia esquecida


No noticiário da TSF das 15 hs., como indiscutivlemnete pode ser ouvido aqui, ou seja   quatro   horas antes de Portas falar, passou a notícia de que uma fonte governamental não identificada mas ligada a estas questões garantia que já tinha sido encontrada alternativa para a taxa adicional sobre as reformas, designadamente através de mais cortes nas «despesas dos ministérios».

Ora Paulo Portas não pode  ter deixado de saber desta notícia (que, ao menos aparentemente, só pode ter sido «plantada» para esvaziar um ponto importante do seu discurso) mas não lhe convinha alterar uma vírgula à sua comunicação e daí que tenha vindo anunciar o que a taxa sobre as pensões «é fronteira que não posso deixar passar».

Tudo considerado, só vejo duas hipóteses: ou a coligação está mesmo pelos arames e as deslealdades e recíprocas golpaças de um parceiro para outro passaram a pão nosso de cada dia, ou isto é tudo jogo combinado entre uma cambada geral de farsantes.

Para o seu domingo

Natalie Maines