06 maio 2013
Comunicado do PCP
«(...) O Comité Central do PCP dirige-se aos sectores e forças políticas e
sociais, a todos os patriotas e democratas, a todas as personalidades
que séria e convictamente estejam empenhadas em resgatar o País do
declínio e da dependência e em devolver ao País e aos trabalhadores o
que lhes foi roubado, para que, com base num conjunto de objectivos e
orientações cruciais, unam os seus esforços, conhecimentos e
disponibilidade para dar corpo a uma outra política. (...)
Uma política que, sem prejuízo de posicionamentos diferenciados, se baseie em seis opções fundamentais indispensáveis:
A rejeição do Pacto de Agressão e a renegociação da dívida nos seus montantes, juros, prazos e condições de pagamento
rejeitando a sua parte ilegítima, com a assunção imediata de uma
moratória negociada ou unilateral e com redução do serviço da dívida
para um nível compatível com o crescimento económico e a melhoria das
condições de vida;
A defesa e o aumento da produção nacional, a recuperação
para o Estado do sector financeiro e de outras empresas e sectores
estratégicos indispensáveis ao apoio à economia, o aumento do investimento público e o fomento da procura interna;
A valorização efectiva dos salários e pensões e o explícito compromisso de reposição de salários, rendimentos e direitos roubados, incluindo nas prestações sociais;
A opção por uma política orçamental de combate ao
despesismo, à despesa sumptuária, baseada numa componente fiscal de
aumento da tributação dos dividendos e lucros do grande capital e de
alívio dos trabalhadores e das pequenas e médias empresas, garantindo as
verbas necessárias ao funcionamento eficaz do Estado e do investimento
público;
Uma política de defesa e recuperação dos serviços públicos,
em particular nas funções sociais do Estado (saúde, educação e segurança
social), reforçando os seus meios humanos e materiais, como elemento
essencial à concretização dos direitos do povo e ao desenvolvimento do
País;
A assunção de uma política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais
nas relações com a União Europeia, diversificando as relações
económicas e financeiras e adoptando as medidas que preparem o País face
a uma saída do Euro, seja por decisão do povo português, seja por
desenvolvimentos da crise da União Europeia.
(Comunicado do Comité Central de 5 de Maio, na integra aqui)
.
05 maio 2013
Paulo Portas e ..
... a notícia esquecida
No noticiário da TSF das 15 hs., como indiscutivlemnete pode ser ouvido aqui, ou seja quatro horas antes de Portas falar, passou a notícia de que uma fonte governamental não identificada mas ligada a estas questões garantia que já tinha sido encontrada alternativa para a taxa adicional sobre as reformas, designadamente através de mais cortes nas «despesas dos ministérios».
No noticiário da TSF das 15 hs., como indiscutivlemnete pode ser ouvido aqui, ou seja quatro horas antes de Portas falar, passou a notícia de que uma fonte governamental não identificada mas ligada a estas questões garantia que já tinha sido encontrada alternativa para a taxa adicional sobre as reformas, designadamente através de mais cortes nas «despesas dos ministérios».
Ora Paulo Portas não pode ter deixado de saber desta notícia (que, ao menos aparentemente, só pode ter sido «plantada» para esvaziar um ponto importante do seu discurso) mas não lhe convinha alterar uma vírgula à sua comunicação e daí que tenha vindo anunciar o que a taxa sobre as pensões «é fronteira que não posso deixar passar».
Tudo considerado, só vejo duas hipóteses: ou a coligação está mesmo pelos arames e as deslealdades e recíprocas golpaças de um parceiro para outro passaram a pão nosso de cada dia, ou isto é tudo jogo combinado entre uma cambada geral de farsantes.
04 maio 2013
Porque hoje é sábado (323)
Stacy Sullivan
A sugestão musical de hoje vai
para a cantora de jazz norte-americana
para a cantora de jazz norte-americana
Stacy Sullivan.
As línguas trapalhonas ou...
No quadro daquela habilidade de dizer que a idade da reforma se mantém aos 65 anos (como se antes da recente proibição não fosse possível uma pessoa reformar-se aos 63 sofrendo a respectiva penalização), o primeiro-ministro acrescentou ontem que o que irá acontecer é que só aos 66 anos se terá direito à «reforma por inteiro», sendo hoje larga e acriticamente secundado pela imprensa no uso dessa expressão. Ora creio haver o sério risco de, sem pensarem muito no assunto, muitos portugueses associarem a ideia de «reforma por inteiro» ao salário completo que auferiam no activo. Por isso, o que o primeiro-ministro e a distraída imprensa deviam dizer é que só aos 66 anos se terá um reforma sem uma penalização adicional pela antecipação de um ano (dos 66 para os 65). É que hoje ninguém tem uma «reforma por inteiro» correspondente ao seu último salário, como é evidente além do mais por, sem a transição temporal que tinha sido acordada e depois foi anulada unilateralmente pelo governo do PS, o cálculo das reformas ter passado a ser feito com base em toda a carreira contributiva.
03 maio 2013
Tradução em curto para português verdadeiro
... o que eu ouvi na
comunicação do primeiro-ministro
só mais um desabafo:
o primeiro-ministro continua desonestamente
a falar como se as pensões e reformas saíssem
por generosidade estatal dos impostos
em vez de saírem, como saem, das contribuições
que os trabalhadores e as entidades patronais
fizeram ao longo de décadas.
a falar como se as pensões e reformas saíssem
por generosidade estatal dos impostos
em vez de saírem, como saem, das contribuições
que os trabalhadores e as entidades patronais
fizeram ao longo de décadas.
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