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04 abril 2013
Há precisamente 40 anos
3º Congresso da Oposição Democrática
(logotipo de Teresa Dias Coelho)
Aqui no sítio do PCP , um amplo dossiê sobre o 3º Congresso da Oposição Democrática abrangendo designadamente os objectivos e
órgãos; o programa
geral ; a composição da Comissão Nacional e da Comissão Executiva ; as Comissões Coordenadoras das secções; as Teses
apresentadas; as Conclusões (Situação e perspectivas políticas, nos planos nacional e
internacional e a Declaração
final;Textos publicados no «Avante!» de Abril de 1973 e Maio de
1973; Comunicados e outros
elementos informativos sobre a repressão contra o Congresso; Comentários ao Congresso na imprensa afecta ao
fascismo; uma Mesa-redonda de
balanço publicada na «Seara Nova»; os comunicados da Comissão Executiva do PCP de Março de
1973 e do Comité
Central do PCP de Julho de 1973 e fotos.
Adriano em "Canção do Soldado"
Há 45 anos
Ele tinha um sonho
e por isso o mataram
e por isso o mataram
e, como é sensacional tradição nos EUA,
disseram que foi um acto isolado de um tipo
disseram que foi um acto isolado de um tipo
03 abril 2013
Uma grande e significativa diferença !
Imodéstia à parte
«o tempo das cerejas»
como serviço público
como serviço público
Na sua crónica de hoje no Público, Rui Tavares escreve a dado passo :«(...) Também a oposição, de uma outra forma, terciarizou as suas obrigações para o Tribunal Constitucional. Ao serem incapazes de se coordenar para oferecerem uma alternativa de governação, ou declararem ao Presidente que já não se verificam as condições para que a legislatura se cumpra, os partidos da oposição esperam de fôlego suspenso, que sejam os juízes do Tribunal Constitucional a fazer cair o Governo».
Porque não seria de estranhar que muitíssimos portugueses não dominem completamente os mecanismos institucionais e constitucionais da democracia portuguesa, julgo ser de prestar o serviço público que consiste em informar:
1. Deixando agora na penumbra o que em outras ocasiões tenho escrito sobre o assunto, esclareço que mesmo que PS, PCP, BE e Verdes se tivessem coordenado para oferecer uma alternativa de governo nem por isso a sua minoria na AR passaria milagrosamente a maioria;
2. De acordo com a Constituição, o governo só pode cair ou ser derrubado por uma destas quatro vias: apresentar a demissão por motu proprio, ver aprovada uma moção de censura por uma maioria de votos (que ele é que tem neste momento), ser atingido por uma decisão presidencial de demissão do governo ou de dissolução da AR, o que, tudo visto, dá como resultado que os partidos sa oposição não dispõem de meios próprios para fazer cair o governo e provocar eleições.
3. Sem necessidade de postais, mails ou audiências em Belém, o Presidente da República sabe perfeitamente que o PCP, o BE e os Verdes reclamam a realização de eleições antecipadas.
02 abril 2013
Sobre uma frase de José Vítor Malheiros
Falar é bom e eu gosto mas...
Certo de que compreenderá como, nestas circunstâncias, a «frente comum» está algo dificultada, receba as cordiais saudações do
Vítor Dias»
Para que não haja confusões, lembro que já aqui expressei em diversas ocasiões a minha consideração e estima por José Vítor Malheiros e agora acrescento mesmo que ele, Manuel Loff e André Freire são praticamente as únicas vozes de esquerda nas colunas de opinião do Público, o que não é coisa despicienda. Entretanto, isso não me tem naturalmente impedido de formular reservas ao que por vezes escreve ou de lhe lançar desafios como aconteceu aqui (para ir aqui).
É o que hoje volto a fazer assinalando que, no seu texto no Público de hoje, a dado passo e como "alinea d)", integra na «comédia dos enganos da vida política nacional» o seguinte elemento de (sublinhados meus) «um PCP e um BE tão preocupados com a sua identidade que receiam transformar-se em estátuas de sal se fizerem uma frente comum contra o Governo e perderem a pilinha se falarem com o PS».
Ora, se eu ainda fosse dirigente do PCP e sobre isso obtivesse acordo dos meus camaradas, mandaria a seguinte carta a José Vítor Malheiros:
«Caro José Vítor Malheiros:
Tendo em conta uma passagem do seu artigo no Público de hoje, apresso-me a informá-lo de temos um diálogo muito frequente com dirigentes do PS, designadamente em sede de AR, e que ele abrange não apenas as matérias ou iniciativas ali em discussão (sendo públicas as diferenças de comportamento ou atitude dos dois partidos sobre elas) mas também as questões mais globais atinentes à perspectiva política.
E se não temos dado satisfação aos que mostram uma especial predilecção por encontros publicamente anunciados e objecto de cobertura pela comunicação social é precisamente porque, no estado actual das artes, isso seria trazer ainda mais fortemente para a opinião pública uma imagem de falta de entendimento e de graves divergências.
De qualquer forma, posso relatar-lhe que, usando por uma vez palavras de uma violência que não faz parte do nosso estilo e postura, a conclusão que temos tirado desses contactos é, para partir de um exemplo recente, que a ambiguidade deste papel de Sócrates, comentador-que-vai-ser-oposição-mas-sem-ser-oposição-, articula-se com a de Seguro, o-líder-da-oposição [?!!!]- que-não-se-opõe-a-nada, o opositor de triste figura, que se abstém violentamente, que só censura quando não tem saída, que repete banalidades com cara de menino mimado, que se queixa da austeridade mas promete vassalagem à troika, que quer unir a oposição mas tem medo do PCP e vergonha de falar com o BE, que diz que é de esquerda mas só namora a direita.
Certo de que compreenderá como, nestas circunstâncias, a «frente comum» está algo dificultada, receba as cordiais saudações do
Vítor Dias»
E, pronto, agora só me falta acrescentar, sempre com simpatia e cordialidade, que toda a parte anteriormente sublinhada a castanho é da autoria de José Vítor Malheiros e consta do seu artigo de hoje no Público.
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