01 abril 2013

Vale a pena lutar !

Uma homenagem surpreendente



« Em curto comunicado emitido esta madrugada, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho surpreendeu toda a a gente ao anunciar que, no dia 25 de Abril, apresentará ao Presidente da República o seu pedido de demissão com o fundamento da  «crescente degradação da situação económica e social» e das «tensões políticas existentes no seio da coligação».  O comunicado refere ainda que o primeiro-ministro só fará uma comunicação ao país sobre este assunto depois de  se realizar a audiência urgente que já solicitou ao Presidente da República.

Entretanto, as reacções dos principais responsáveis partidários não se fizeram esperar. António José Seguro declarou ser essencial «que os portugueses retenham que «é o primeiro-ministro e não o PS que provoca com toda a probabilidade eleições» e  que vai escrever uma carta à troika e aos mercados (aqui parece haver um problema de falta de moradas) apelando-lhes «a que confiem na solidez das instituições democráticas portuguesas e na sua capacidade honrar plenamente os compromissos internacionais de Portugal». Por sua vez, Paulo Portas declarou reprovar «mais esta atitude unilateral do PSD, anunciada sem consulta ao CDS» e salientou que, havendo eleições, confia que «o CDS não deixará de aparecer aos olhos dos portugueses como um referencial de estabilidade indispensável à formação de uma nova maioria». Em nome do Bloco de Esquerda, João Semedo sublinhou que se trata do «triunfo do bom senso e da vitória da realidade sobre a cegueira governamental». Por fim, Jerónimo de Sousa observou secamente que se trata do «primeiro e único serviço que Passos Coelho prestou a Portugal».

À hora do fecho desta edição, Cavaco Silva ainda não tinha comentado esta decisão de Passos Coelho mas fonte de Belém confidenciou à LUSA que o Presidente já requisitou com urgência ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil um  meticulómetro para poder ponderar «meticulosamente» a nova situação agora criada. » (in Público)

30 março 2013

Não é que eu o desejasse...

... mas aqui fica o título que li
 ontem no i e o título que nunca lerei



já se sabia, o escrutínio quando
 nasce não é para todos

Porque hoje é sábado (319)

Gashcat

A sugestão musical de hoje destaca
 a banda pop norte-americana Gashcat.



29 março 2013

28 março 2013

Mais uma que não pode passar em claro

Uma frase de
Passos Coelho que diz muito



seria mais decente se rezasses do que
andares a fazer chantagem

Segundo o Público de hoje, Passos Coelho disse ontem no Porto, reportando-se aos «tempos históricos» que vivemos que «todos nós temos responsabilidaes na forma como lidamos com isso: tem o governo que não se pode distrair com aspectos menores, as instituições democráticas todas, o Parlamento que tem de ter responsabilidade, o TC que também tem de ter responsabilidade nas decisões que vier a tomar e no impacto que elas possam vir a ter no país»

E hoje, na AR,  a    deputado do PSD Teresa Leal Coelho ( sim. é a «piquena» que disse há tempos que os deputados eram pagos pela troika) acrescentou mais molho ao estufado, salientando que o TC deve ter em consideração  « o contexto econímico, o contexto financeiro, o memorando de entendimento»  e não certamente por acaso em último lugar «o direito europeu, o direito nacional».

Feitas honestamente as citações, só quero observar, recusando-me a detalhadas explicações ou a fazer o boneco, que incluir o Tribunal Constitucional no mesmo plano de responsabilidade do «governo», das «instituições democráticas» e do «Parlamento» é não só não perceber o que é um Tribunal Constitucional e  a especificidade do seu papel como é demonstrar um claro incómodo com princípios básicos do Estado de Direito democrático de que fala a Constituição da República.

E tudo isto desvendando e redundando manifestamente numa óbvia, descarada, ilegítima e repugnante pressão sobre o TC e as suas próximas decisões sobre normas do último Orçamento.


27 março 2013

Por entre coisas erradas e algumas certas...

... o que eu retive de ...





No Dia Mundial do Teatro

Lembrando Fernanda,
Fernanda Alves



Andaram bem o Teatro Nacional de São João e, em sequência, o Público de hoje, ao associarem a celebração do Dia Mundial do Teatro à evocação da extraordinária mulher e grande actriz e encenadora que foi Fernanda Alves (1931-2000). Mesmo que com isso me tenham feito lembrar do devastador desgosto e adeus à vida do Ernesto Sampaio que, antes de partir, ainda escreveu esse sofrido mas luminoso livro com o título «Fernanda».

E hoje o cantor francês

Jean-Louis Murat


t



Si Je Devais Manquer de Toi