Calculo que haja democratas e pessoas de esquerda que, por medo de interpretações esquemáticas e ilegítimas, não sejam capazes de me acompanhar no lembrete que vem a seguir mas eu não tenho medo de insistir numa informação que não envolve nenhuma espécie de reabilitação do fascismo: é que juro que, no dia 24 de Abril de 1974, as indemnizações por despedimento já eram pelo menos de 15 dias por cada ano de antiguidade.
Isto não diz nada, repito, sobre qualquer bondade do fascismo mas diz muito sobre a dementada agressão aos trabalhadores a que desonrosamente se vinculam todos os que, de uma ou outra forma e descontadas coreografias verbais, apoiam esta punhalada de alto lá com ela.
aqui em 27.9.2012
Já o disse aqui nesta chafarica mas é necessário e indispensável continuar a repeti-lo muitas vezes: odescabelado programa de agressão e liquidação dos direitos dos trabalhadores que o governo tem em curso não decorre da crise nem é uma consequência desta. Neste ponto, o papel da crise é servir de justificação mentirosa e cínica e de manto protector para impôr aos trabalhadores portugueses retrocessos inadmissiveis, selváticos, brutais em tudo o que conquistaram (às vezes, até antes do 25 de Abril), retrocessos e agressões que, ao mesmo tempo, ofendem, violam e espezinham a fisionomia da democracia portuguesa que está plasmada na Constituição da República.
aqui em 2.11.2012
Repare-se bem nesta evidência dos dias que correm: ainda não digerimos em todo o seu alcance a crudelíssima agressão inscrita e proposta no OE para 2013 nem está ainda consumada a sua entrada em vigor e já estamos debaixo do fogo, real mas ao mesmo tempo distractivo, da campanha para a «refundação» do memorando, do Estado ou do raio que os parta, cujo único objectivo é obviamente acentuar um lastro infame de miséria e desprotecção social a pretexto de cortar com urgência os agora famosos 4 mil milhões de euros na despesa pública.
aqui em 3.11.2012
aqui em 29.11.2012
Foi a pensar em coisas como estas e em muitas outras que, em recente conferência da Seara Nova, me atrevi a formular a ideia de «se esta política não for urgentemenete detida,o que se perfila é muito pior do que a soma das piores previsões parciais porque estas não exprimem a complexa realidade e consequências do encadeamento dos factores económicos e sociais e da suas dramáticas repercussões na vida do conjunto e de cada uma das vítimas desta política, em termos de instabilidade emocional, desespero, raiva, amargura e sofrimento».
Já o disse aqui nesta chafarica mas é necessário e indispensável continuar a repeti-lo muitas vezes: odescabelado programa de agressão e liquidação dos direitos dos trabalhadores que o governo tem em curso não decorre da crise nem é uma consequência desta. Neste ponto, o papel da crise é servir de justificação mentirosa e cínica e de manto protector para impôr aos trabalhadores portugueses retrocessos inadmissiveis, selváticos, brutais em tudo o que conquistaram (às vezes, até antes do 25 de Abril), retrocessos e agressões que, ao mesmo tempo, ofendem, violam e espezinham a fisionomia da democracia portuguesa que está plasmada na Constituição da República.
aqui em 2.11.2012
Repare-se bem nesta evidência dos dias que correm: ainda não digerimos em todo o seu alcance a crudelíssima agressão inscrita e proposta no OE para 2013 nem está ainda consumada a sua entrada em vigor e já estamos debaixo do fogo, real mas ao mesmo tempo distractivo, da campanha para a «refundação» do memorando, do Estado ou do raio que os parta, cujo único objectivo é obviamente acentuar um lastro infame de miséria e desprotecção social a pretexto de cortar com urgência os agora famosos 4 mil milhões de euros na despesa pública.
aqui em 3.11.2012
E, no entanto, deveria bastar conhecer os dados sobre os montantes do salário mínimo ou médio em Portugal e do valor médio das pensões e reformas em Portugal, sobre as centenas de milhares de desempregados que não recebem qualquer subsídio, considerar os já devastadores roubos que vão ser cometidos em 2013 por vias fiscais e outras, e sobre as previsíveis e devastadoras lacerações no tecido económico para se ter a certeza que um corte de 4 mil milhões de euros em funções sociais do Estado nos empurrará inexoravelmente para uma situação de inominável barbárie e tragédia sociais.
É tão simples como isto mas há ainda demasiados que não o querem ver: os portugueses não têm o nível de vida dos alemães que lhes permitisse as reservas para enfrentar um tremendo abaixamento do nível de vida durante dois ou três anos. Somos sim um povo de pobres e de gente que maioritariamente vive à justa ou remediadamente. O que faz toda a diferença.
aqui em 29.11.2012
Foi a pensar em coisas como estas e em muitas outras que, em recente conferência da Seara Nova, me atrevi a formular a ideia de «se esta política não for urgentemenete detida,o que se perfila é muito pior do que a soma das piores previsões parciais porque estas não exprimem a complexa realidade e consequências do encadeamento dos factores económicos e sociais e da suas dramáticas repercussões na vida do conjunto e de cada uma das vítimas desta política, em termos de instabilidade emocional, desespero, raiva, amargura e sofrimento».
(...)é tempo de o Presidente da República afirmar perante o país, com idêntico sentido da responsabilidade, que se torna cada dia mais um formalismo insustentável pensar que está assegurado «o regular funcionamento das instituições democráticas» referido na Constituição quando, no contexto de mais alargados problemas e dificuldades, se torna agora uma grande evidência que não se está a adoptar uma política de sacrifícios temporários que permitam uma próxima recuperação económica e, com ela, uma efectiva consolidação orçamental, mas antes a destruir e dinamitar as bases, os recursos, as energias materiais e humanas sem as quais nem sequer a prazo haverá crescimento económico e uma significativa melhoria das actuais condições de vida da população.
aqui em 2.01.2013
sob a forma de mensagem fícticia do PR